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segunda-feira, 15 de julho de 2013

PARA O MEU MENINO

Esta postagem começou por chamar-se :" Canção para o meu menino." Seria um poema. Mudei de ideia. Poesia hoje em dia? Nunca se viveu um mundo mais apoético. Ninguém mais lê poesia. A poesia perdeu para a sobriedade babaca do politicamente correto. Poucos se emocionam com as capilaridades sentimentais da poesia. Os poetas definham na mais hedionda exclusão por falta de leitores. Só sobrevive essa pseudo e fraca poesia do pé-na-bunda. Essa poesia insuportável do " não posso viver sem você." Que saco! Esses co-dependentes, netos e bisnetos de Roberto Carlos, O MONARCA, não perderam a tara do amor confuso e do romantismo delirante. A Dinastia RobertoCarlosiana pelos vistos, vai prolongar-se no poder durante todo este século.  Tinham que proibir por Lei Federal essas musiquinhas repetitivas e enfadonhas. Esta postagem vai ficar longa. Ninguém lê postagens longas. Vamos ao meu Menino.
O meu menino foi educado ou domesticado na base do PECADO. Não era preciso tanta coisa. O meu menino era um diamante bruto. Não precisavam ameaçá-lo assim, com céus e infernos, diabos e purgatórios. Coitado do meu Menino! Como deus podia ser tão mau com o meu menino? Mais tarde descobri que esse deus não existia, era apenas o alter-ego dos adultos. Inventaram esse ser estranhíssimo para intimidar e controlar crianças e adultos.
E assim cresceu o meu menino. Açoitado por terríveis ameaças, intimidado e agredido por adultos muito filhos da puta. Para continuar vivo no planeta, tive que violentar o meu menino. De tanta violência, o meu menino já esteve várias vezes em coma. Às vezes acho que seria melhor que ele tivesse morrido.(Este mundo é um imenso cemitério de meninos.) Desta forma, eu teria me vingado dos meus algozes com as mesmas armas que eles usaram para me ferir. Mas ainda bem que ele não morreu. Se ele tivesse morrido, não teria escrito nenhum blog e não poderia homenageá-lo como agora faço. Sim, porque acreditar num mundo mais justo, mais verdadeiro, mais solidário, mais aberto e feliz é coisa de menino. Parabéns a todos os meninos que sobreviveram a duras penas e ainda brincam no coração dos que já têm barba branca e muitas histórias comoventes para contar. 

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Não diga besteira