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segunda-feira, 8 de julho de 2013

A PSICANÁLISE NACIONAL

A Psicanálise Nacional está em curso. O Brasil já amadureceu muito. Nos  anos 60 e 70 ser Português no Rio de Janeiro era pior que uma excrescência. Tudo sempre descamba para o domínio da brincadeira, entretanto a brincadeira quase sempre de mau gosto, escamoteia um profundo e repulsivo preconceito.
Parece que o Brasil de alguma forma começa a aceitar os pais que teve. Os pais não foram bons, mas que pais foram ou são tão bons assim? Se vocês conhecerem pais maravilhosos, faço questão de conhecê-los. O Brasileiro, com extrema dificuldade tenta curar-se do complexo de ter sido colonizado por Portugueses. Ele não se perdoa pelo fato de ter pais portugueses. É uma lástima!
Os artistas começaram a Terapia Nacional ao atribuir a seus filhos nomes outrora vilipendiados  como por exemplo JOAQUIM. Quando eu tinha 14 anos o meu nome soava como um palavrão execrável, eu era vítima do mais abjeto Booling (e nessa época essa prática ainda não estava catalogada, mas já era criminosa) e me sentia um Pária. Sem maturidade emocional, como é de supor, sofri horrores com o menosprezo dos meus irmãos. Sofri calado como um cão sarnento. Para onde eu ia, nunca podia me identificar como JOAQUIM.  O escárnio e a chacota eram compulsivos e inevitáveis. Isso não se faz com uma criança.
EU JURO QUE NÃO COLONIZEI O BRASIL e o Colonialismo só pode ser visto no seu contexto como processo histórico. A posteriori , todo mundo acerta na loteria.
Regozijo-me com os progressos feitos pelo povo brasileiro em relação aos seus Genitores. Se não aceitarmos os nossos pais, será quase impossível criar uma Verdadeira Identidade Nacional. 
Não sou minimamente ligado a Nacionalismos. considero-me um Ser Supra-nacional. Pretendo todavia, restabelecer a verdade dos fatos.
O que é risível nos Portugueses é uma característica étnica ou cultural que em linguística se chama IMPLICATURAS. Ora, o português, de uma forma geral, tal como o Belga, não faz Implicaturas e ao levar as coisas ao pé  da letra faz-nos rir. É só isso.

Ampliar esta particularidade e guindá-la ao patamar de grave defeito ignóbil, é inadmissível.
Ainda bem que a Psicanálise Nacional prossegue a passos largos para promover a felicidade do povo brasileiro e o adiado encontro consigo mesmo. Alvíssaras!  

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