.

.

.

.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

QUANDO DEMAIS NÃO É O BASTANTE

Será que não há um ponto limite para a saciedade? Quando se trata de comer, hormônios como a Leptina e a Grelina interferem no processo enviando mensagens ao hipotálamo que determina o momento da saciedade. Os Obesos driblam esses mecanismos, bem como todos os que são vítimas de transtornos alimentares: anorexia, bulimia, ebriorexia, etc.
No que diz respeito ao espírito humano também existem muitos transtornos. A saciedade dos desejos humanos parece que gera FASTIO e apatia.
[Saciedade: Sentimento de indiferença demonstrado por alguém que teve seus desejos e/ou vontades realizados; fastio.]
(Etm. do latim: satietas.atis)
Há algo errado nesse domínio. Se nunca nada é o bastante, estamos diante de uma grave patologia. Patologia Geral da qual padece a alma humana. Acho que tem que haver um momento de saciedade acompanhado de satisfação e não de indiferença e de FASTIO. Se o dinheiro nunca basta, se o sexo nunca basta, se o consumo nunca basta, se o afeto nunca basta, se os amigos não bastam, se o lugar em que moramos não basta, se o trabalho nunca basta porque é preciso sempre trabalhar mais e mais, se nada basta, estamos diante de uma moléstia crônica e contagiosa. Como estar bem sem ter um ponto de saciedade? Se a procura não tem cura é porque é pura obsessão. Como se pode viver bem e obcecado? Creio que deve haver um ponto de saciedade. Reivindico mais saciedade para a Espécie. Na procura insana quase nunca se para para pensar que além de determinado nível não há absolutamente mais nada, só ilusão deletéria.
Para os que nunca estão saciados, só a morte os satisfaz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário


Não diga besteira