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sábado, 7 de dezembro de 2013

A ARROGÂNCIA DOS FEDELHOS


Eles já nascem adultos. Alguns até parece que já têm cabelos brancos e próstata aumentada. Não reverenciam nada. Tudo para eles é "déjà vu". Falam da guerra fria com o entusiasmo de a ter vivenciado. Conhecem todos os ismos: marxismo, socialismo, capitalismo, anarquismo, pretenciosismo e nem falam em mudar o mundo. Eu já me fodi demais nas letras da palavra revolução. Esses caras não tiveram infância, coitados. Saíram diretamente do útero para a sociedade hiper-capitalista de consumo. Torcem o nariz para tudo o que não é super-moderno. Não só desconhecem o passado como o desprezam. Cagam regra. Como pode um fedelho fruto da obstetrícia cesária, cagar regra para um senhor como eu? Saibam que eu nasci pela respeitável boceta da senhora minha mãe. Eu nasci. Não fui intimado a nascer. Exijo respeito porra! Respeitem a minha capacidade de sobrevivência. Respeitem os horrores da educação quase medieval da qual fui vítima inocente. Inocente, eu disse. Vocês nem imaginam o que seja inocência. Eu já estou aqui há muitas décadas suportando a babaquice  planetária. Vocês não trouxeram novas pistas de sobrevivência na selva. O que vocês conhecem do demônio humano? Nada.

O que é que vocês sabem do planeta? Vocês sabem tocar punheta em ipad. Não venham me ensinar a viver. Baixem essa crista de carnisés e escutem o canto do galo velho. Podemos ser amigos, mas não aceito espetáculos barulhentos e incipientes de recém nascidos.

Um comentário:


Não diga besteira