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sábado, 28 de fevereiro de 2015

A SINA DOS PERDIDOS

IMPRESSÕES SOBRE O CAMINHAR
Quem nos ensina a caminhar nem sempre nos mostra o melhor caminho. A tendência geral é seguir os passos dos outros. Se eu tenho uma digital única, como é que o meu melhor caminho é o caminho de todos?
Caminhar só vale a pena para se chegar a ser feliz. Andar por andar é bom para o colesterol, emagrece, mas não serve para mais nada.
Os perdidos até encontram quem não existe e até acham que acharam, mas a perdição só acaba quando conhecemos quem mora em nós. A sina dos perdidos é sofrer e depender.
Sempre odiei caminhos superpovoados. Foram precisas décadas para reunir a coragem de não mais perseguir as avenidas dos outros como um cão vadio. As estradas, as ruas e as alamedas são muito sedutoras. Quase todos estão hipnotizados pelas luzes dos caminhos onde transita a multidão.
O condicionamento pavloviano sempre traiu a minha intuição. Frequentei muitos labirintos apinhados de gente. Dei muitos bons dias, recebi muitos beijos e nem por isso a caminhada me satisfez. 
Ao contrário do que diz Cazuza não são só as mães que são felizes. As mães serão felizes se forem corajosas. A coragem é o atalho mais curto e eficaz para a felicidade. Só os corajosos são felizes.
Olhe pra beira do caminho. A trilha quase apagada, imperceptível e desprezada pela multidão, pode ser o seu caminho perfeito e ideal. Tenha coragem de dar os primeiros passos nessa senda esquecida e proscrita. Nem todos os que vagam estão perdidos.
Não tenha vergonha de andar por onde ninguém anda. Não tenha medo do que todos temem. Felicidade não precisa de banda de música, de burburinho, de alarido, de propaganda e nem de cerveja. A felicidade tem  o ritmo e o som do seu coração.

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Não diga besteira