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sábado, 30 de julho de 2016

Miméticos e proféticos

Os miméticos engrossam as estatísticas da maioria. Deve haver um grande prazer e conforto em imitar. Imitar para usufruir da recompensa enganosa de ser igual. Raros são os proféticos. São poucos os que se contentam com a mudança de cascas e indumentárias.
As massas se comprazem em arremedar e repetir. As massas fazem muito barulho e o barulho da multidão pode iludir os menos sensíveis.
Está tudo na mesma. No essencial, nada mudou. Para seres de superfície, qualquer movimento é sinônimo de mudança. Para quem  se diverte no fundo do poço, não há nada de novo sob o sol. 
Apesar de tudo o que fizemos, ainda somos como os moradores dessa Roma que não nos abandona. Somos Romanos tecnológicos e conectados. 
A verdadeira revolução redentora nunca aconteceu. O que pode mudar o mundo está no coração dos homens. Revolução digna desse nome, é de dentro para fora. Fora de nós acontece muita coisa; dentro de nós, está tudo praticamento intacto.
Os sentimentos têm a idade do homo sapiens. A inveja, o ódio, o egoísmo, a soberba, o orgulho, a vaidade, a ganância, a injustiça e a estupidez remontam à destruição do jardim do Éden.

Um comentário:

  1. Bom dia, Joaquim.
    É realmente isto que acontece. Porém, não penso que "Pau que nasce torto nunca se endireita, vira lenha.". Não. Quanto a isto, penso que só não muda ou não acha, quem não procura.
    Um grande abraço e parabéns por mais este sensível texto, Joaquim!

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