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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

VAIDADE, SEDUÇÃO E CONQUISTA

CARAS E BOCAS

"A vaidade (também chamada de orgulho ou soberba) é o desejo de atrair a admiração das outras pessoas. Uma pessoa vaidosa cria uma imagem pessoal para transmitir aos outros, com o objetivo de ser admirada.
Uma das abordagens da vaidade na literatura é feita por Oscar Wilde no livro O Retrato de Dorian Gray onde o principal tema é a vaidade do personagem Dorian, onde o jovem é ao mesmo tempo velho e o velho é ao mesmo tempo jovem."

Os trabalhadores da vaidade, labutam incansavelmente para criar uma imagem que nunca corresponde ao que de fato são. Ao perverter a sua imagem através da vaidade, os trabalhadores em questão sempre induzem os outros a erro - gato por lebre.
Estamos todos treinados pela nossa cultura ma ra vi lho sa  a "comprar" e consumir imagens falsas. O verdadeiro não nos apraz. Não fosse este planeta um arsenal de mentiras... Nadamos no caldo gosmento do que é FAKE. O falso nos alicia. O falso sempre é mais sedutor que o verdadeiro. Afinal, a verdade nunca foi muito sexy. 
A mulher que se submeteu a várias cirurgias plásticas, que alterou a carcaça, que já não se lembra muito da sua estampa genética original, é muito mais sedutora que a Maria sem Artifícios. Entretanto, Maria sem Avarias pode ser "la crème de la crème". A mulher que gasta horas preciosas do seu dia para cuidar dos cabelos, faz um investimento importante em exclamações, ah! ah!
Esse investimento custa muito caro e qual é a rentabilidade? Será que é só ah! ah!? Claro que não. Outras intercorrências se alevantam.
Considerando a babaquice testosterônica dos machos em cativeiro, esse investimento pode representar um belíssimo cartão de plástico ou uma vassalagem sem limites.
Só de ver a vaidade de certas pessoas, fico completamente exausto.  Vou me arrastando arfante por debilidade e ojeriza. Que canseira! Para estar apresentável socialmente não precisamos nos submeter à tortura medieval estético-cosmética. Nem vou falar da nova pele, da nova espécie do terceiro milênio. Os tatuadores são os novos capitalistas.
Horas e horas insuportáveis a serviço dos outros em busca de uma lisonja ou duas. E tirando as lisonjas, os cartões de plástico e os ah! ah!? Nem só de superficialidade vive o ser humano.
Todo esse ciclópico esforço poderia ser todo utilizado para a auto-realização. Não é autolatria, não. Toda essa energia da vaidade que tem por objetivo seduzir os outros, pode ser usada em proveito próprio porque é muito mais garantido.
O outro, seduzido pela sua roupagem de loja de shopping e clínica de beleza da zona sul, não vai demorar muito e vai se cansar da sua parafernália estética. Ter os Outros como único objetivo, é sempre  estúpido e cruel.
- Mas ela é tão linda! Como ela é linda!
- E o que é que eu vou fazer com essa beleza toda? Contemplar estátuas não é o meu forte. Não gosto mais de museus. Désolé!
O que dizer de um mundo que dá tudo para ter o prazer de seduzir os outros? Que estranho deleite primata e primitivo. Como você pode conviver com aquilo que o outro não é? Se eu não atraio pessoas como eu sou,( e neste caso é preciso saber quem se é, para não enganar o people) então foda-se. Não vou me produzir como dizem por aí. Eu não sou mais um produto racional. Nem permito que os outros admirem uma elaboração fantasmagórica de mim mesmo.
Da minha parte não consinto mais em ser seduzido e não seduzo tampouco, porque estou concentrado em outras formas de abordagem relacional.
A sedução é tão desonesta que até parece comercial das Casas Bahia. Cogito relacionamentos mais planos e menos ruidosos.
Jane explica bem
William também
P.S.- É preciso aprender a sobreviver risonho à pesada indiferença do mundo. Na maioria da vezes, temos diante de nós, uma humanidade cagante e andante. E é só. Agora temos uma novidade. A presidenta é cagante e pedalante.

domingo, 26 de janeiro de 2014

A SALVAÇÃO NÃO RELIGIOSA


SÓ PARA OS QUE AGUENTAM
 O RESUMO CRUEL


É só porque fomos criados por deuses insanos.
Só porque nos fizeram incapazes de suportar nossa solidão e abandono.
É que distribuímos  substantivos vãos que não têm nada de verdadeiro.
É amor, é amizade, é compaixão, é solidariedade, é afeto e não é nada, absolutamente nada.

Somos estacas uns dos outros e uns para os outros quando amparamos e quando golpeamos.
Que espécie é esta que não fica em pé sobre os próprios pés?
A promiscuidade da interdependência responde por vários nomes.
Inventamos palavras solenes e ocas para viver num repetido engodo.

Não há nada além da nossa solidão e abandono na imensidão do Cosmos.
Somos cobaias dos deuses.
Somos experiências galáticas malogradas e esquecidas.

Sofremos, mas o sofrimento não estava previsto na brincadeira dos deuses malucos.

Procuramos e inventamos sentidos onde não há nada.
Apenas um acidente da matéria.

Só está salvo quem conseguiu aceitar a solidão, o abandono e o non-sens.

sábado, 25 de janeiro de 2014

ANIVERSÁRIO DE NA JUGULAR

UM ANO
Há exatamente um ano, dia 25 de Janeiro de 2013 comecei a escrever este blog. Adoro escrever e como há sempre alguém que me lê, melhor ainda.  Tenho sido muito feliz porque como dizia Emil Cioran: "não escrevo porque tenho algo a dizer mas porque tenho que dizer algo." Não escrevo por carência, mas por transbordamento.
Tenho uma curiosidade. Os habitantes dos Estados Unidos são os que mais me leem. Obrigado pelo prestígio. Mas como vocês fazem? Vocês traduzem ou entendem português? E os Malaios? Como fazem? Traduzem? E os Russos? E todos os outros com exceção dos brasileiros e dos portugueses? Escrevam algum comentário a este respeito. Gostaria que se manifestassem. Eu leio bem inglês e escrevo mais ou menos, domino o francês e entendo muito bem espanhol. Obrigado.

Visualizações/Estatísticas

















Estados Unidos  9994
Malásia 6162
Brasil 6089
Rússia 1498
Alemanha 418
Sérvia 155
Ucrânia 139
França 76
Reino Unido 51
Portugal 47














sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A MANIPULAÇÃO DO SUCESSO


" Vincent queixava-se amargamente a Wil a Theo que um punhado de colecionadores endinheirados controlava o gosto artístico do público. No topo da lista vinha o tzar da Rússia, Alexandre III. cuja tendência estética - como a da maioria dos colecionadores da aristocracia europeia - era largamente inspirada pelo esnobismo. Ao lado dos grandes mestres italianos, como Leonardo da Vinci e Rafael, as obras de Courbet, Corot e Millet haviam se tornado colecionáveis logo após a morte desses artistas. Na base da pirâmide  dos colecionadores estavam os novos ricos."
AS MULHERES DE VAN GOGH-Página 112
DEREK FELL
E foi assim que Vincent dançou e muitos outros dotados de um talento inquestionável. Que humanidade é esta que só gosta de nós mortos, enterrados e em decomposição? O sucesso pós-morte é uma espécie de fetiche cruel e injusto. 
Quantas pessoas de grande valor são ignoradas pela grande mídia, pela massacrante multidão e pela história?
São cartas marcadas. É um desfile pomposo de injustiças. Foi assim com todos os gênios do planeta com honrosas exceções. Nem vou me dar ao trabalho de citar todos quantos foram vítimas da manipulação de grupos poderosos.
É assim que funciona: de repente, um cara ou dois caras ou um grupinho de merda que têm muita influência nos meios de comunicação de massa, decidem e determinam que Joaquim das Couves tem grande capacidade, talento, é bonito e é útil. Não dá outra: pode até levar um mês, mas Joaquim das Couves será um sucesso arrebatador. 
Por incrível que pareça, não são as pessoas que escolhem. Elas já não têm mais esse direito. O público, é sugestionado e até induzido pela força da propaganda(que por natureza é extremamente repetitiva e se presta perfeitamente à lavagem cerebral) que Joaquim das Couves é o máximo. E ai de quem tentar refutar esta obviedade!
Estamos carecas de tantos exemplos como o de Joaquim das Couves. Subitamente nasce um um ídolo. Pela qualidade dos ídolos podemos julgar sem medo de errar, o nível dos idólatras.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O OBSCURO PRAZER DE DISCORDAR

A DISCORDÂNCIA GRATUITA

A discordância argumentada é a melhor coisa do mundo. Eu gosto de polêmica. A concordância forçada, puxa-saco, é uma das coisas mais nojentas que existem.
Hoje, quero me referir a mamíferos que discordam de tudo o que você diz sem a mínima argumentação decente. Você diz azul, ele diz preto, você diz A, ele diz B. É um prazer estranho e misterioso, esse de contradizer por nada. É típico de gente que tem o espírito bichado.(Apresso-me em dizer que isto nada tem a ver com homossexualidade.)
Tenho certeza que essa discordância babaca, oculta sentimentos como inveja, má-fé, admiração, tesão e é óbvio, o desejo infantil de chamar a atenção. São obtusos, os atalhos usados por certos primatas quase depilados, para se exprimir. Ao invés de comunicar o mais abertamente possível, eles jogam poeira na comunicação. E você que se vire para entender essas contra-mensagens.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

COMO OS MILAGRES NÃO ACONTECEM

A CURA DO CÂNCER ATRAVÉS DA ÁGUA
MINALBA CURA CÂNCER
A ESCULHAMBAÇÃO DO MILAGRE
Esta é a mais nova campanha da igreja universal. Curar as piores moléstias apenas com água. Fantástico!
Uma pessoa com uma doença grave, fica a tal ponto debilitada, desesperada e desorientada que aceita e acredita em tudo e mais alguma coisa. É muito difícil estar enfermo e manter-se lúcido e forte. É praticamente impossível. E é dessa fragilidade que se aproveitam muito bem, os pastores impostores e outros vigaristas mais.
Ninguém em sã consciência pode acreditar que água mineral Petrópolis ou da Cedae, vá curar o que quer que seja. Para incrementar o grande engodo, os charlatães dizem que à água serão "juntados os elementos." Elementos? Que merda é essa?
Os pastores dizem que a água cura, mas que os tratamentos médicos convencionais devem prosseguir.
Este planetinha em função do sofrimento que inflige aos seres humanos, é o planeta ideal para a proliferação das religiões. Este seguramente é o planeta onde há mais religiões no Cosmos. Homem feliz não reza, nem ora.
O que eu observo nesses programas aos quais assisto religiosamente por curiosidade científica, é que a cura até acontece, mas nunca se deve à água ou ao que quer que seja, mas aos tratamentos da medicina alopática como quimioterapia, radioterapia, cirurgia, etc. Os méritos nunca são da medicina, mas da água mineral Minalba ou da popular e maravilhosa Cedae. E dos elementos, é claro. Que elementos, hein!

sábado, 18 de janeiro de 2014

SAMBA,CARNAVAL,FUTEBOL E JESUS

Samba, tudo bem. Fazer o quê? Carnaval é uma fuga civilizatória programada pra fevereiro ou Março. Há pessoas que precisam de fugir sistemática e periodicamente. Fazer o quê? O melhor é se divertir na prisão, mas nem todos têm essa habilidade. Futebol é o encanto da bola, é coisa de criança. Fazer o quê? Jesus é irresistível. Afinal acreditam que o cara venceu a morte. Porra! Venceu a morte! Agora, samba, carnaval, futebol e Jesus, tudo ao mesmo tempo, é tóxico. Há uma grande toxidade no ar. É muito estupefaciente para  um indivíduo apenas.
E como fica a vida de quem não tem esses vícios todos? A intoxicação coletiva está muito próxima do nazismo. Lembram-me as câmaras de gás. Cara, eu não quero me envenenar com essas drogas. Eu tenho vícios muito mais originais. E o que é que eu faço se a sociedade só tem essa merda para me oferecer? Eu não preciso disso para ser feliz. Nem um pouco. Entretanto eu respiro o mesmo ar cultural. É por isso que este Blog é para todos os reféns da maioria.
O samba é para o corpo, o carnaval é para o corpo, o futebol é para o corpo e Jesus é pra alma. Ou será que tudo é pra alma? Se for como eu disse inicialmente, é três a um.
Nem vou falar da maconha porque maconha por enquanto é droga ilícita. Mas para a intoxicação coletiva completa, faltou a cerveja. Samba, carnaval, futebol, cerveja e Jesus. E vamo nessa! Também existe o horário eleitoral e a política, mas aí já é um caso de Droga Pesada de projeção internacional. Fica pra próxima.
Dia desses, disse a um babaca que não tinha time de futebol e que detestava futebol. Ele quase me obrigou a ter um time para poder me enquadrar. Claro que não se tratava de um intelectual de esquerda, mas ele faz parte da maioria. A maioria se intoxica com as mesmas drogas e se você não tiver a mínima maturidade emocional, você embarca nessa roubada.
A religião não é mais o opium do povo. Cadê o opium? Eu só vejo religião evangélica na minha frente. Nunca vi opium. Nunca.
Na rádio AM é o maior barato. Ou futebol ou Jesus. Experimentem ouvir alguma programação sábado ou domingo. Ou Futebol ou Jesus. Acho que a grande maioria, opta por futebol, toma umas cervejas e come a patroa. Isso é quase um carnaval fora de época.
Com tanto alucinógeno lícito e estimulado, as pessoas começam a ver coisas que eu não vejo e não são consideradas loucas. O maluco sou eu. Claro.

A FELICIDADE É UMA CONQUISTA DEFINITIVA

Esta frase parece ser o maior disparate que alguém já pronunciou. Lembro-me de tê-la dito há quinze anos na estação de metrô da Cinelândia para uma, por assim dizer, garota, que achou esta frase a maior loucura que ela já tinha ouvido na vida. Responsabilizo-me totalmente pela loucura da frase e olha que nessa época, eu ainda não era feliz mas estava a caminho.
Hoje para mim esta frase faz mais sentido ainda. Nada mais precário e falso do que:" Felicidade não existe; existem momentos felizes." Cansei de ouvir esta bobagem. Quanta bobagem!
Felicidade para mim é um pacto terminal, peremptório e incondicional com você mesmo. Felicidade não tem muito a ver com os outros, mas com você. Felicidade tem tudo a ver com você. Você é o grande artífice desse estado de espírito e não os outros. Há pessoas que odeiam ouvir o que acabei de dizer. Lamento muito.
Uma vez celebrado esse pacto, nada nem ninguém poderá abalá-lo. O teste é o seguinte: se você é realmente feliz, as circunstâncias não podem alterar ou ameaçar o pacto com você. Você pode ficar chateado, estressado, decepcionado, nervoso, pensativo, triste, entediado, mas isso não pode de forma nenhuma abalar a relação privilegiada e ímpar que você tem consigo mesmo. Essa relação privilegiada é que é a conquista definitiva. Você passa longos anos, procurando a felicidade onde todo mundo disse que ela estava. É muito babaca acreditar nessa dica tão bandeirosa e furada. A felicidade é como um segredo; só você sabe onde está a sua. Descubra-a.


quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O SOFRIMENTO DOS MACHOS



"A meta existencial masculina é acasalar, fecundar e garantir a transmissão da herança genética contra machos rivais. A meta existencial feminina é a criação da prole, a qual passa diretamente pela formação da família. Para nós o sexo é fim e para elas é meio pois o fim é a criação dos filhotes. Em outras palavras: o amor feminino é destinado aos filhos e não aos machos. Nietzsche afirma que a meta das mulheres é a gravidez."
Quando se fala de sofrimento, parece que a sociedade já elegeu as suas vítimas preferidas: as mulheres. As mulheres são as vítimas perfeitas. É irrefutável que a história das mulheres ao longo dos milênios é quase um genocídio sexual. Acho que elas sobreviveram para se vingar. (risos). 
Ao longo de todos estes séculos desenvolveram sobremaneira o hemisfério direito do cérebro e hoje utilizam melhor do que nunca a sua temível intuição.
Ao ler um pouco sobre acasalamento, descobri o quanto o macho é uma vítima da natureza e das circunstâncias. A fêmea como rainha da procriação, exagera a sua importância e se esquece da participação fundamental e sofrida do macho. Nessa leitura descobri também que todas as fêmeas  são muito estranhas.
O macho do Louva-deus fecunda a fêmea decapitado porque simplesmente a Louva-deus come a cabeça dele antes do ato. A Tarântula macho que não tem pênis e fecunda, é outra vítima que morre após o ato. O Urso polar pode caminhar até setenta quilômetros seguindo a rastro de urina da Ursa. Como a Ursa  tem ovulação induzida, com muita frequência ele fratura o pênis num ato sexual que dura horas.(O Urso Polar tem um osso no pênis para ajudar a manter a ereção. Não é mole não.) Em grupos onde existe o macho alfa, os outros machos ficam a ver navios. É muito sofrimento para quem não é alfa. Entre as Hienas, a Hiena tem um clitóris maior  que o pênis do macho. Ela é que manda. O macho só obedece e para acasalar ele tem que acertar um orifício de cerca de três centímetros que a Hiena chama de vagina. Após ejacular, a Hiena-macho tem que sair correndo porque pode ser agredido pela Hiena avantajada. Vou parar por aqui, senão a postagem fica muito grande e ninguém lê. Afinal eu gosto muito de ser lido.
No reino animal, ser macho é muito complicado. Nem falei das disputas quase mortais por uma fêmea no cio. Por exemplo a Ursa Polar fica no cio de três em três anos. Não é bonitinho? Que coisa linda!
A mulher não tem cio. Pelo menos isso. A mulher está quase sempre apta ao ato sexual. Mas tudo leva a crer que vivemos no sistema Macho Alfa.

"Querem o melhor macho do bando, o melhor reprodutor e protetor: o vencedor, o rico, o famoso, o destacado em relação aos outros machos.
Nesse aspecto, não diferem das macacas, equinas selvagens e outras fêmeas. Assim como entre certos bandos de mamíferos e aves os machos líderes são preferidos pelas fêmeas para o acasalamento e os machos de segunda categoria são rejeitados, entre os grupos humanos os mais destacados são os mais desejados. Os galãs, artistas, milionários, cantores, ídolos etc. são perseguidos e adorados por serem destacados e não pelo que são em si mesmos. "

E os machos que não são Alfa? Há bilhões de machos Beta por aí, se humilhando para acasalar. Como sofrem os machos Beta! Como sofre o macho estéril. Se o cara não procria porque sofre de oligospermia severa pode até ser chamado de broxa.  Nos casos de divórcio, considerando que é a mulher que toma a iniciativa do divórcio em 70% dos casos, como sofre um macho divorciado!
Enfim, o que eu pretendo, é retirar da mulher, o monopólio da coitadinha. Ninguém aguenta mais esta lenda imortal e injusta. Ao contrário do que sempre se pretendeu, macho chora e sofre pra caramba. 

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

COLECIONADORES X ACUMULADORES

Se você procurar a definição do verbo colecionar, alguns dicionários de qualidade duvidosa, vão te dar acumular como sinônimo. Nada a ver. Colecionar é reunir com algum critério em mente. Acumular é amontoar sem critério nenhum. Acumular é apinhar, entulhar, juntar qualquer coisa, quaisquer pessoas, em qualquer lugar para obter uma satisfação difícil de avaliar.
O colecionar foi substituído pelo acumular. Se alguém tem dúvidas a este respeito com certeza tem menos de 50 anos ou muito menos que isso. Eu não tenho a mais tênue sombra de dúvida de que esse fato realmente aconteceu.
Na minha época, a época boa, muita gente colecionava, mas ninguém acumulava. Em primeiro lugar, não vivíamos com a corda no pescoço para atualizar o que quer que fosse. As coisas e as relações duravam. Vivíamos sob a égide da durabilidade. Quando uma lâmpada queimava, todo mundo vinha ver a lâmpada queimada. Era uma coisa inusitada. As lâmpadas eram fabricadas para durar. Os carros, as geladeiras, as máquinas de escrever, os móveis, as pessoas existiam para durar. E quando morriam, havia extrema reverência pelo morto e respeito pela morte. Hoje, a morte está mais do que banalizada. Os americanos do norte contribuíram muito para isso com a sua abominável "violência recreativa".
Sob os auspícios da extrema efemeridade, hoje, as pessoas se apressam em acumular. Devem ter a impressão que tudo pode acabar a qualquer momento. É assim que vivemos atualmente. A qualquer momento, o programa de computador não serve mais, a qualquer momento, o celular não serve mais, a qualquer momento, o carro não tem mais conserto, a qualquer momento, os sapatos não servem mais, a qualquer momento, o emprego pode não mais existir, a qualquer momento, os chamados  amigos podem sumir. A maior prova de que não se acumulam apenas coisas, é o Facebook. No Facebook, acumulam-se o que chamam de amigos. Ele tem 4523 amigos. Como isso é possível? Assistimos inertes e boquiabertos ao triunfo definitivo da quantidade.
Os critérios da ACUMULAÇÃO de amigos são muito duvidosos. Todos podem ser amigos e no fundo, ninguém é verdadeiramente amigo de ninguém. Todo mundo é perfeitamente descartável. O Facebook é a maior pornografia social já criada para favorecer a punheta sem precedentes do ego.
A punheta egocêntrica é quase obrigatória. Se você não toca, onde mais você tem tanta pornografia social? Só no Face. É tudo Face.(A era masturbatória começou com o finado Orkut. Qualquer dia vamos comemorar uma década de punheta.) A não ser que você decrete unilateralmente uma quase abstinência saudável. Com o Facebook reiventou-se patologicamente a sociabilidade e o gregarismo. O Facebook é um atentado à bomba às relações humanas. É uma fonte inesgotável de voyeurismo social, isso para não falar de espionagem e ataque violento à vida privada. O Face criou uma falsa sensação de auto suficiência.
Então, vamos nos excitar no Face, com todas as práticas sociais explícitas. Vamos intumescer os nossos EGOS e gemer sozinhos no silêncio dos nossos quartos vazios.

P.S.- Em oposição ao delírio coletivo do Facebook, proponho uma rede social para achar UM AMIGO. One Friend Book. Inscreva-se já.