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sábado, 13 de setembro de 2014

OS ELEMENTARES

Não me refiro aos elementares ou elementais, espíritos da natureza que é uma bobagem com poucos precedentes.
Hoje vou falar dos seres rudimentares, pré-primários, alunos assíduos do extinto Mobral que cruzam o meu caminho e me deixam à beira de um ataque de nervos.
Os elementares por vezes já têm mais 40 anos, estão neste mundo em passeio errático e não entendem absolutamente nada do que acontece com a sua mísera existência. São peritos em repetir frases desprovidas de qualquer sentido, do tipo: "Crescei e multiplicai-vos", " Você está generalizando." "Vai com deus.", "As coisas vão melhorar." "Deus está vendo." " O importante é a beleza interior." " Só o amor constrói." " Quem espera sempre alcança." " Você tem que se casar." " Vai morrer sozinho, hein!" " Um beijo no seu coração." Vamos ser campeões."Enfim...
Os elementares sofrem da Síndrome do Papagaio- Sem-Penas, repetem, repetem e não refletem nunca. Sentem-se confortáveis em excretar frases que dão poeira na língua. Puta que pariu! Ninguém merece esses caras. Ninguém.
Os elementares vivem como autômatos. São a cópia quase fiel do pai, da mãe ou da avó. Não aprenderam porra nenhuma com a puta da vida  e acham que só os otimistas são felizes. Muito pelo contrário, os pessimistas são mais felizes. Pense bem se você não é elementar. Pense. (Pessimismo nunca foi sinônimo de depressão e negatividade.) Todo o pessimista é no mínimo, bem informado e lúcido. Alienação nunca significou felicidade. Alienação é pasmaceira de doidão inalador de cannabis e tomador de cevada.
Os elementares são politicamente corretos porque está na moda. Não dizem puta porque é feio, mas dizem garota de programa como se isso mudasse a condição da piranha. Como se isso recompusesse a mucosa vaginal da desavergonhada. São pegadores inconsequentes de qualquer onda. O negócio dos elementares é reproduzir com esmero e empenho o discurso de todo o mundo. Os elementares não são nada porque estão diluídos no ácido corrosivo da massa. Os elementares têm um medo desmedido da morte porque não fizeram nada da merda das suas vidas. Não encontraram sentido na vida porque nem o procuraram. Alguns até procuraram, mas procuraram em lugar improvável, no Além. São invejosos compulsivos porque só têm sexo, bunda, bolso e boca. Falta-lhes muita coisa. Falta-lhes entre outras coisas, coragem para sofrer e aprender que só o sofrimento é pedagógico. Nunca ninguém aprendeu nada de relevante tendo orgasmos múltiplos e massagem prostática concomitante. Nunca. 
Os elementares são completamente infantilizados. Deixaram-se infantilizar. Têm cara de adultos e emoção de criancinhas insuportáveis. Detesto criancinhas barulhentas e morbidamente egocêntricas.
E para quem diz que eu sou amargo, que passe a língua na minha alma.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

O EXERCÍCIO EXAUSTIVO DO PERDÃO

Faltou um ponto de interrogação. JUSTIÇA OU MISERICÓRDIA?
Não gostaria de utilizar a palavra perdão. A forma e o peso desta palavra me assustam. Mas como todo o mundo tem uma deformação católica, esta é a palavra mais fácil. O valor do perdão é muito tênue porque pode levar com frequência à repetição  do erro. Para escapar às implicações confusionais  deste substantivo é melhor utilizar o verbo RELEVAR. Se você não relevar as ações dos outros, resta-te a "punheta da ilha deserta."
O ser humano é um engano, um erro cósmico colossal. Só não vê isto quem desfruta irresponsavelmente dos prazeres públicos da alienação. O ser humano foi criado, se é que há de fato um  criador, para fazer merda. Se você não relevar, você não convive com ninguém porque somos todos eméritos cagantes.
Você quase se deixa sodomizar pelo seu patrão. Tudo o que o maldito patrão determina, você faz. Até trabalhar aos domingos, você acha razoável pensando na merreca do final do mês. Permite tudo ao patrão e é implacável com os amigos. Não deixa passar nada. Reconsidere.  Seja mais flexível com os amigos e faça-se respeitar pelo patrão. Afinal a merreca é só uma parte importante da sua  grande servidão consentida.

O ORGULHO REBATIZADO

Auto-estima - O novo nome do orgulho.
De acordo com o escritor italiano Dante Alighieri, em sua obra "A Divina Comédia", os orgulhosos estão no ponto mais distante de deus. Culturas antigas como a greco-romana, consideram o orgulho uma doença da alma. O tempo passou, mas o orgulho do homem permanece nele. Junto a toda essa nossa empáfia existencial, carregamos outros males intrínsecos. É por esta soberba que nos corrompemos com mentiras, enganações, invejas e obsessões. O impacto da soberba no mundo pode ser verificado em toda a história da humanidade, desde muito antes de Cristo, passando pela Segunda Grande Guerra, até os dias de hoje.
Meryl Streepe em " O Diabo veste Prada"
No poema de Dante Alighieri, “A Divina Comédia”, o purgatório principal é composto por sete círculos, os quais representam os sete pecados capitais. No primeiro círculo encontram-se os “orgulhosos” (ou os soberbos). A penitência para eles é o exercício da humildade.
Hoje, o orgulho é o grande objetivo a ser alcançado por todos e mudou de nome, chama-se auto-estima. Acho que fui longe demais ao citar Dante. Nos anos oitenta, as pessoas eram muito mais gentis e cordiais porque não tinham a obsessão da auto-estima para azucriná-los. Hoje, ser orgulhoso é ter uma grande qualidade e ser metido a besta é o máximo.
Todos falam em auto-estima como se fosse a redenção de todos os males. A maioria dos problemas existem porque a pessoa não tem auto-estima, argumentam os idiotas cheios de pretensão. Mas afinal, o que é ter auto-estima? Será que ter auto-estima é pretender chegar à auto-suficiência? Não sei. Sei apenas que com este nível de arrogância, as relações humanas estão cada vez mais emperradas e conflituosas. Ninguém desce do seu pedestal.  Desta forma, os relacionamentos se tornam quase impossíveis e  relacionamentos dignos desse nome, só acontecem abaixo do pedestal. Para quem não quer nunca descer do pedestal, só resta a punheta sexual e existencial. É uma ótima opção mas um tanto ou quanto enfadonha.
O cara está na merda mas nunca confessa porque não é mais uma pessoa. É viciado em representar para os outros e para si próprio. Apesar de todas as evidências em contrário, nunca se salvaguardaram tanto as aparências. Odeio personagens. Eu só consigo gostar de pessoas. Já notaram que gosto de pouca gente.
Atualmente, a caminhada e a auto-estima são boas para tudo, resolvem qualquer problema. Esta é a síntese pós-moderna do bem-estar.

sábado, 6 de setembro de 2014

A VIDA PÓS-GENITAL

"Quanta coisa se faz para continuarmos na mesma."
Joaquim ESTEVES 
 
Não acredito na vida após a morte, nem acredito em vidas múltiplas. Para mim, esta vida já me basta. Acredito entretanto, em vida pós-xereca ou pós-pinto. Sei que não posso lutar contra a cultura pró-pinto. Como diria Chico Xavier quem está muito enredado com os afazeres genitais, nem imagina que também há vida depois da libido. Risos.
Ninguém se dá conta da escravidão libidinal. O indivíduo fica mobilizado a vida inteira pela sua dopamina e testosterona combinadas e nem suspeita que isso não passa de química,  de programação animal e primitiva. Acha que é assim mesmo até morrer. Que química boa, dirão os babacas. Mas há muito mais além dessa programação imbecil. Ou será que você nunca tentou viver feliz fora da libido? Experimente. Seja livre.
Aos escravos do buraco e às escravas da ereção, eu diria que também há muita felicidade fora da junção das coxas. Que gente bitolada! ( Esta é a única sociedade que rejeita a escravidão e ao mesmo tempo faz apologia da escravidão sexual.)
Você que não tem um pingo de vida interior está condenado a gozar até morrer. Que condenação! Goze. Goze. E daí? E depois? Que significa esse ato mecânico e quase involuntário? Você ainda não se cansou ? Você ainda não sabe o que é monotonia.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A ZONA DE DESCONFORTO

Hoje, todo mundo insiste em te tirar da zona de conforto.
É mesmo?! Que raio de vida será essa?

Eu prefiro assim. Este é o meu gurú.
E se eu quiser ficar no porto. O barco é meu, porra!

Esta é a minha zona de conforto.
Não sou tão hedonista quanto gostaria de ser, mas querer me tirar da minha zona de conforto é demais.





Mais uma maluquice da modernidade líquida, sair da zona de conforto. Mas por que cargas d'água sairia eu da  minha zona de conforto? Não tenho a ambição desmesurada dos babacas oficiais de plantão e exatamente por isso sou mais feliz. Não quero conquistar essas merdas todas que dizem trazer a felicidade. Eu já sou feliz. Deixem-me em paz na minha zona de conforto por favor.
P.S.- De onde vocês acham que vem essa ideia mirabolante de sair da zona de conforto? Isso é coisa de capitalista americano infeliz e aloprado. Rigorosamente, o que nós temos a ver com a problemática psiquiátrica americana? E olha que são eles que redigem o DSM, a bíblia dos transtornos mentais. Leiam a DSM5 e vejam como a Associação Psiquiátrica Americana é insana. Não tenho esperanças de aumentar a minha zona de conforto e não quero correr riscos. Estou bem assim, obrigado.

sábado, 30 de agosto de 2014

OS SONHOS PODRES

Há mais de meio século que respiro este ar fétido composto pelas moléculas dos sonhos da maioria. Como é possível que tantas pessoas sejam felizes nos mesmos lugares e nas mesmas circunstâncias? Não acredito na felicidade coletiva do rebanho. Acredito nas ovelhas negras que trilham caminhos próprios. E até acredito nas ovelhas cinza que como eu, descobriram sonhos um pouco mais originais.
É insuportável assistir a este espetáculo patético onde todos disputam um espaço no falso oásis para beber da água barrenta. Todos acham felicidade nos sonhos puídos da maioria. Que lindo! Seria comovente se não fosse uma grande fraude.
Casar, fazer criancinhas, trabalhar muito para ganhar muito dinheiro, ser bonito e sedutor, ter um amor hormonal e acumular milhões de orgasmos, adquirir uma casa na praia à prestação, comprar o carro do ano de cor preta e outras porcarias mais, é sonho ou é pesadelo? É impossível ser feliz nos pesadelos. A maior tristeza do mundo é morrer sem saber quem somos. A grande maioria morre pensando ser o que os outros sugeriram ou determinaram. Acreditar no que os outros dizem a nosso respeito caracteriza uma completa falta de estratégia existencial. É uma lástima, morrer como estranhos de nós mesmos.
Parem de procurar a felicidade onde ela não está. Desejo que tenham a coragem de romper com a maioria. Este é o atalho florido para a felicidade. É uma pena que covardia e infelicidade se unam num matrimônio estúpido e banal.
Chute o pau da barraca, vire a mesa e descubra onde é que sua alma se sente realmente muito bem. Duvido que a sua alma se sinta bem cercada e oprimida por todos estes sonhadores compulsivos e viciados que sonham sonhos gagás com cara de insônia.

sábado, 23 de agosto de 2014

O DANO CIVILIZATÓRIO

Civilizar é entre outras coisas, acostumar através da opressão sistemática seres humanos a fazer o que eles não querem fazer. Muito cedo, somos obrigados sob pena de mil retaliações a vestir a indumentária civilizadora. Orquestrada por uma panóplia de promessas vãs, a dita civilização, seduz os incautos para a sua teia caranguejeira. Já sei. O primeiros críticos das singelas frases que acabei de escrever vão dizer: - Você prefere a babárie? Eu não prefiro porra nenhuma. Eu só quero denunciar o custo civilizatório. Só isso.
Considerando o que nos é dado a usufruir por esta civilização venal, o custo civilizatório é injusto e impagável. E olha que eu ainda usufruo de algumas merdas que esta pseudo-civilização me disponibiliza. Penso nos que não recebem nada desta civilização sórdida e patológica. Não sou muito dado a pieguices, mas a maioria absoluta da população da terra é contemplada com algumas migalhas risíveis que eles chamam demagógicamente de direitos humanos. A safadeza é tão grande que nem esses direitos que constituem  o mínimo a  se oferecer a quem tem o azar de viver em sociedade, são  respeitados.
O dano civilizatório muitas vezes se transforma num baita dano psicológico ou psíquico. É isso o que ganham os que são aceitos cerimonialmente pela civilização desonesta. Não há só vantagens em fazer parte de alguma forma do sistema. Há gente que acha um barato participar desta comédia pastelão. Nem vou falar nos chamados excluídos. Esses nem deveriam ter sido gerados. Acho que já está na hora de se falar de crime procriativo. Certos nascimentos são criminosos. E neste caso os criminosos têm o beneplácito da civilização.  E ainda há babacas no mundo que citam a frase bíblica absurda e anacrônica:-"Crescei e multiplicai-vos"!. Crescei e multiplicai-vos, com mais de sete bilhões de loucos internados neste manicômio das iniquidades? Quanta babaquice!
Ser civilizado por judeus e cristãos é uma falta de sorte monumental. Ninguém merece civilizadores tão traumatizados pela história, tão insanos, tão fracos, tão alucinados pelo improvável Além, tão longe das verdades mais elementares, tão fanáticos pelo poder, tão tiranos, tão impunes e tão primatas. Ninguém merece.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A FAXINA EXISTENCIAL

Quantas faxinas existenciais você já fez? Você não limpa a sua casa com uma certa regularidade? Não me diga que você é porco. Se você nunca limpou a sua alma, você está cagado até não poder mais. Se você nunca questionou e eventualmente se libertou de certos conceitos, ideias, posturas. comportamentos, você é o rei da porcaria.
Faxinar-se existencialmente significa refletir sobre as práticas culturais da maioria que constituem unanimidade. Se tiver disposição e energia para iniciar a faxina, você vai descobrir muita coisa. Você vai constatar que o que chamam de amizade na imensa maioria das vezes é uma grande balela. Amor, balela é. Solidariedade é só mais uma falácia. Justiça não passa de um ideal puído e ridículo.  A família que você tanto reverencia, usa os mesmos mecanismos da máfia. A bondade do ser  humano é uma gigantesca construção cultural porque o ser humano é mau. Ou será que você está tão sujo que não consegue enxergar os diabinhos sem rabo que te cercam?
Igualdade é um delírio da revolução francesa. Deus não passa de uma boa ideia e só. Vida eterna, além de ser um saco é uma maluquice sem tamanho dos que são fracos para enfrentar o absurdo da condição humana. Patriotismo é para gente menor que não consegue ter uma visão planetária. Os seus queridos filhos são vítimas inocentes da sua libido. O capitalismo é a única merda que nos resta. O futebol é uma forma tardia de exercer a sua puerilidade. As drogas são a fuga de quem não tem mais coragem para suportar a doideira geral.
Bom, acho que vou parar por aqui. Esta postagem pode ser uma overdose de verdade e você pode ter um treco. Na realidade, ao mesmo tempo, sou tão lúcido que sei que você nem vai ler esta merda e vai cagar e andar. Mas enfim, quem sabe quando eu morrer você me ache interessante. Sim, porque a humanidade nos adora mortos, enterrados e em decomposição.
Mas voltando à faxina. Se teve o bom senso de fazer a sua faxina e sobraram muitas pessoas, você fez uma péssima faxina. Você continua muito cagado. Se fez a sua faxina e sobraram algumas pessoas, você tem um futuro promissor como faxineiro. Agora, se ao fazer a sua faxina, só tiver sobrado VOCÊ, surpreso e feliz, você ganhou o prêmio nobel da faxina. Parabéns.
P.S.- Só faz faxina quem consegue ver a sujeira.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

ARTILHARIA SEXUAL

Artilheiras - As novas pistoleiras
Eu até entendo a razão pela qual em certas regiões do planeta, a artilharia sexual tem que ser moderada. Se não houver o mínimo de bom senso é fogo sexual para todos os ângulos. Fico abilolado e porque não dizer abestalhado, ao ver essa queima de fogos diária e excessiva. A mulherada não está mais soltando a franga; a franga é um animal frágil, ancestral e ridículo, a mulherada está soltando mísseis eróticos para tudo quanto é lado. Isto mais parece o Hamas Uterino sem fronteiras.
Sempre foi assim, mas na era dos excessos, a mulherada exagera. As mulheres são as maiores fogueteiras da galáxia. E depois de soltarem todos os projéteis, depois de lançarem todos os morteiros carnais, dizem que o negócio é o coração,  os sentimentos,  o afeto e outras presepadas mais. Artilharia, tudo bem, mas vamos assumir o estrondo dos petardos e não atribuir isso a outra coisa que não seja desejo sexual difuso, libido ou puro sexo, porra! Que caras de pau!  O curioso é que essa logística vem dando certo há milênios.
A artilharia está a serviço da  mulher e as indústrias bélico-sexuais faturam bilhões de dólares em armamentos cosméticos, cirúrgicos, estéticos, capilares, vestimentais, etc, etc.
O investimento é quase todo feito em sexo e depois queixam-se que os homens só as veem como objetos sexuais. Surpreendente e paradoxal! Claro que as mulheres também investem no capitalismo. Estão nas faculdades em maior número e como em tudo que fazem capricham na execução. Mas nos bancos escolares, continuam insistindo na única forma de sedução que conhecem: sexo.
Diante deste investimento absurdo em sexo e nas  recompensas sexuais diretas e indiretas, querem ser vistas como grandes intelectuais ou seres dotados de grande sensibilidade e nobres sentimentos. Não dá, né?! Assim fica muito difícil.
Não sei se vocês têm o que merecem, mas parece-me  muito lógico que vocês sejam vistas exatamente como se mostram.
P.S- Ressalve-se que como em tudo na vida, há exceções.