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sábado, 7 de janeiro de 2017

A falta de sentido

Se posso interpretar Facundo Cabral, passeando livremente pelas suas palavras, é mais ou menos assim:
- A vida nos é imposta. (Nada do que nos é imposto pode ser tão bom assim.  Releve-se a propaganda insidiosa do Sistema para quem a vida é um dom, uma dádiva e bela por si só.)
- Apesar do treinamento a que também somos submetidos pela educação dos pais e correlatos, não sabemos muito o que fazer com esse presente de grego chamado "vida".
- Estamos presos à vida por laços fortes e instintivos, de forma que a morte é uma saída muito radical e difícil de seguir.
- Em suma, o ejaculador e o seu recipiente,  propuseram-nos com irresponsabilidade e tirania uma armadilha muito sofisticada.
Em termos gerais, a vida não faz nenhum sentido. Que cada um procure no seu íntimo, com urgência e coragem, um sentido para a própria vida. 

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O novo autoconhecimento

Estamos quase sempre muito distraídos em busca de alguma coisa exterior e nada nos estimula a fazer percursos mais internos. No mundo ocidental, há um excesso de janelas abertas para vasculhar o alheio.
O olhar sobre o outro poderia ser útil e louvável, mas quase sempre é superficial, irresponsável  e fugidio. Não adianta muito olhar para fora. O que vemos, é na maioria das vezes, desagradável; isso para para quem tem olhos de ver. Aprender com o  adverso é uma senda budista que pode trazer muita felicidade.
No novo autoconhecimento, deveríamos juntar às práticas meditativas já apregoadas, as descobertas das neurociências e da medicina. Saber às quantas anda  a nossa serotonina e demais neuro-transmissores é fundamental para um autoconhecimento mais preciso e pragmático. A taxas hormonais não devem ser esquecidas, principalmente a testosterona que molda de forma decisiva o temperamento humano. O colesterol, a glicose e todas as outras informações hemogramáticas, também não devem ser negligenciadas.
As elocubrações da psicanálise deram lugar a informações mais precisas que determinam o nosso humor e o nosso comportamento. Não devemos nunca esquecer que somos uma programação química e cultural e que já é possível escapar a ambas, se quisermos.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Um mundo assustador

Daria muito para ser otimista, mas parece que o mundo não colabora nada comigo. Não bastassem as questiúnculas de praxe, agora temos novas questões graúdas que tornam este mundo ainda mais assustador.
Primeiro, a liberdade de expressão está seriamente ameaçada pela praga incontrolável do politicamente correto que se alastra como moléstia fatal. Não se pode mais dizer nada. Quase todos estão preparados para se ofender gravemente. Pouca coisa não melindra esta humanidade cada vez mais sensível e susceptível. Mas a sensibilidade de toda essa gente nunca chega a Alepo, na Síria, onde morrem centenas de crianças por semana. Quanta frescura! Quanta hipocrisia!
Para piorar o meu espanto, fervilham pensamentos incipientes e deveras confusos sobre o que chamam de gênero. De tanto ler sobre o assunto, eu não sei mais o que é gênero? O que é gênero, afinal?
Junte-se a este caos empobrecido, o ciberismo. Hoje, o pessoal ainda não tem sete vidas, mas já possui duas: a real e a virtual. Todo mundo extremamente conectado, num relacionamento suspeito com criaturas igualmente suspeitas e muito distantes. É tudo muito suspeito e esquisito
Nem queria falar do sentido de humor que também está muito comprometido, mas já que é para não ser lido, aqui vai um texto bem longo em homenagem especial a você.
Para piorar este quadro feérico e digno de Hieronymus Bosch, sobra-nos a arrogância, principalmente dos adolescentes. Todos sabem de tudo e um dos responsáveis é o Google e eu adoro o Google, mas não o uso como uma ferramenta de arroto e pretensão.
O epílogo deste livro de horrores, é o feminismo chiita. Qualquer coisa, por mais espontânea e desprovida de significado que seja, atinge mortalmente as mulheres. Eu não sou culpado das humilhações e dos maus tratos a que submeteram as mulheres ao longo de séculos. Eu não mereço esta vingança.
Hoje, querem fazer justiça instantânea e urgente a todas as minorias e não só, com ares de retaliação e revide. Não é assim que se faz justiça. Neste caso, o buraco nem chega a ser mais embaixo; o buraco é lateral
Cara, eu não tenho nada a ver com isso. Sou inocente nessa história de desforras, revanches e desagravos.
Aumentaram os predadores neste mundo inóspito. Os predadores sempre existiram. As seguradoras sabem muito bem o que é um mundo predatório e você também.
Falta inventarem um seguro novo para as novas ameaças. Reivindico um seguro contra a pós-modernidade.

sábado, 15 de outubro de 2016

7 costumes brasileiros reprovados em outros países

Hábitos culturais e regras de comportamento diferentes fazem muita gente queimar o filme em outros países. Veja algumas das mancadas mais comuns dos brasileiros que vão para o exterior!
1. Usar a mão esquerda para cumprimentar os outros
País – Índia

Aviso aos canhotos: nada de cumprimentar os indianos com um efusivo aperto de mãos. Ou melhor: se for fazer isso, utilize sempre a mão direita. Tudo porque, em muitos lugares da Índia – muitos mesmo, incluindo hotéis de boa qualidade –, não há papel higiênico. Bem, aí o jeitinho que os indianos inventaram para se limpar é usando a canhota a seco mesmo… Então, não pega bem estender a mão esquerda para alguém. Até mesmo pagar uma conta com ela é a maior sujeira… E é bom se acostumar, que na Índia ninguém usa muito talher para comer. A galera ataca o rango com a mão. Bem, pelos menos é com a mão direita!
2. Mostrar a sola dos sapatos
País – Iraque

Nesta época de guerra, gastar a sola dos sapatos no Iraque já é um mico… Mas a situação pode ficar mais explosiva se você exibir a sola. Deixá-la à mostra enquanto conversa com alguém é uma grande falta de educação entre os iraquianos. Se você for louco o suficiente para curtir as próximas férias por lá, nada de sentar com as pernas cruzadas naquele estilão despojado, com uma delas aberta, o que deixa a sola do sapato à mostra. O costume local pede que você mantenha as pernas unidas, como as mulheres fazem. Seus “companheiros lá de baixo” vão se sentir mais sufocados, mas é melhor ir se acostumando com o aperto…
3. Ficar tocando em alguém durante uma conversa
País – Bélgica

Se você faz o tipo superextrovertido, amigão de todos, procure controlar um pouco o entusiasmo quando for à Bélgica. Aqueles cumprimentos do tipo: “Como é que você tá, rapaz!”, seguido de um tapão nas costas, simplesmente não têm a ver com o estilo dos belgas. É um gesto incompreensível, porque não faz parte do costume dos caras. E sabe aquele colega de escola que insiste em pegar no seu braço enquanto conta uma história superchata? Fazer isso na terra dos melhores chocolates do mundo é pior ainda. Os belgas não gostam de ser tocados ou apalpados enquanto conversam.
4. Desfilar pelas ruas com um belo bronzeado no corpo
País – China

Exibir o bronzeado pode ser o máximo nas praias brasileiras. Mas pense duas vezes antes de pegar sol se você vai à China. Aparecer todo bronzeadão vai acabar com o seu moral. É que os chineses prezam a cor de pele mais “branca” possível. Racismo? Bem, tá mais para um lance de status social. Lá, ter a pele menos bronzeada é um sinal de prosperidade, pois indica que você não tem de trabalhar exposto ao sol, como muitos camponeses pobres. Imagine como os chineses ficariam confusos ao conhecer os “emergentes” da Barra da Tijuca…
5. Servir bebida alcoólica a si mesma (mulheres)
País – França

Haja machismo! As mulheres que são chegadas a um vinho, ou a qualquer outra bebida alcoólica, precisam segurar a onda na França quando tiverem vontade de se servir. Mesmo em encontros informais, em bares ou restaurantes, é considerada uma tremenda falta de educação pelos franceses a mulher abastecer o próprio copo de bebida. A missão cabe a algum marmanjo que a acompanhe ou que esteja por perto. Tá certo que costume é costume, mas não deixa de ser uma contradição isso ainda rolar no país da intelectual Simone de Beauvoir, uma das maiores feministas da história…
6. Passar a mão na cabeça de uma criança
País – Tailândia
Ao desembarcar na Tailândia, os brasileiros precisam controlar o sangue latino. Os tailandeses não se tocam quando se encontram. Eles apenas unem as mãos espalmadas e inclinam levemente o tronco, abaixando a cabeça. E por falar em cabeça… Evite arrumar uma confusão ao cruzar com uma criança na rua: lá, passar a mão na cabeça dos pimpolhos é uma ofensa. Isso porque o budismo – principal religião do país – considera que a cabeça é o lugar onde fica guardada a alma da pessoa. E nem adianta consertar dizendo que aquela belezinha é a cara da mãe. Os pais da criança já vão estar fulos da vida com você!
7. Chegar atrasado ou levar um amigo extra a uma festa
País – Suécia
Se você for convidado para uma festa na Suécia, não pense em levar um amigo junto para se sentir mais à vontade. Os suecos são bem formais e especificam no convite se você pode ou não levar alguém – simplesmente não haverá lugar na mesa para um penetra… E é bom manter o relógio adiantado. Para qualquer compromisso recomenda-se chegar cinco minutos antes. Os suecos também são duros com vizinhos barulhentos. Certa vez um diplomata brasileiro convidou um vizinho para a sua festa só para evitar reclamações. Não é que o cara foi, curtiu a festa, voltou pra casa e… chamou a polícia!
Estrangeiros também têm hábitos culturais que pegariam mal aqui no Brasil
Imagine você passar pelo pior boteco do seu bairro e ver dois rapazes alegres, de mãos dadas e com um sentado no colo do outro. Será que a birosca virou um point GLS? Bom, pode ser apenas um encontro de dois amigos nepaleses. Macho que é macho senta no colo um do outro no Nepal…
Na rua, do nada, um senhor de idade lhe mostra a língua. Antes de tirar satisfação, cheque se ele é do Tibete, região sob domínio da China. Lá, os mais velhos se cumprimentam desse jeito, pois uma crença diz que o diabo tem a língua azul. Ou seja, o velhinho pode ter só lhe mostrado que é uma pessoa do bem…
Recém-chegado à sua casa, o estudante do programa de intercâmbio devora o rango que sua mãe fez e solta um arroto monstro na frente dela… Se o visitante for um coreano, ele não quis fazer desfeita nenhuma. O arroto na Coréia é sinal de que a pessoa gostou e ficou satisfeita com a refeição…

MSN - Adaptação

sábado, 8 de outubro de 2016

Bastidores

Bastidores é um pluralia tantum que nomeia os corredores que contornam a cena, as coxias.
A coxia é o lugar situado dentro da caixa teatral - mas fora de cena - no palco italiano, em que o elenco aguarda sua deixa para entrar em cena em uma peça teatral. Trata-se de uma armação móvel de cenário, feita de madeira e pano, montada nas partes laterais do palco, para delimitar em conjunto com as bambolinas, o espaço cênico.
Por metonímia, chamam-se "bastidores" quaisquer espaços situados fora de cena, no qual os atores aguardam sua entrada na cena.
Sempre achei muito mais instigante o que não é dado ver, mas que existe. Sou fascinado por origens e etimologias.
No esconde-esconde social, de uns tempos a esta parte, deixei de acreditar nos meus sentidos e passei a crer na minha experiência. 
Para todos os que temem as inconveniências do envelhecer, eu declaro enfáticamente que foi a melhor coisa que me aconteceu na vida. Que bom que eu sobrevivi para usufruir do meu budismo informal  deste ínicio de pôr do sol da minha existência. E quando eu me extinguir, será com certeza uma extinção feliz com um lamento. Gostaria de continuar sempre até ficar muito, muito cansado.
Voltando aos bastidores, o que eu quero dizer, em síntese, é que se tomassemos conhecimento dos bastidores, se conhecessemos verdadeiramente a vida privada das pessoas e das instituições, não pararíamos nunca de nos surpreender e poderíamos chegar ao asco e até ao vômito.
E não me venham com a pseudo intimidade das redes sociais. Intimidade editada, é falsa, ridícula, tendenciosa e profundamente cansativa. Eu não aguento mais ser espectador da vida alheia sem pedir e sem querer. Está para breve o meu abandono do Facebook.
No Google+ ainda se lê. Salve os meus amigos de cultura hispânica do Google +. 

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Dos microorganismos a Einstein

O pudor é um sentimento em extinção, todavia, peço um pouco de pudor aos que deliram por compulsão. Em 3,5 bilhões de anos de pura, maravilhosa e óbvia evolução, o protozoário, o fungo, a bactéria e o vírus, tornaram-se Albert Einstein. "C'est simple comme bonjour."
O pessoal do Jardim do Éden, também não tem pudor. Adão e Eva, são protagonistas de uma das maiores  alucinações coletivas do ocidente. Sugiro menos desespero e mais aceitação para o que não tem sentido.
É possível flanar pelas avenidas do non-sens, se se aprendeu a viajar budisticamente pelas veredas reveladoras de si mesmo.

sábado, 1 de outubro de 2016

Texerofobia

Texto, vem do latim texere (construir, tecer), cujo particípio passado textus também era usado como substantivo e significava "maneira de tecer" ou "coisa tecida" e ainda mais tarde, "estrutura". Foi só lá pelo século 14 que a evolução semântica da palavra atingiu o sentido de "tecelagem ou estruturação de palavras" ou "composição literária" e passou a ser usada em inglês, proveniente do francês antigo "texte."
Inauguro mais uma fobia com um neologismo de minha autoria, nesta época de psicopatas e muitos transtornos. Num mundo em que o não gostar de alguma coisa ou de alguém é rotulado como fobia, acho que a fobia a textos é uma das mais deletérias. 
Aliás, como os pós-modernos podem ser tão arrogantes e pretensiosos se não leem absolutamente nada? De onde provém tanto "conhecimento"? Vivemos um momento histórico de muito orgulho e exacerbada vaidade onde sobram vácuos e flatos.
É deprimente, mas eu não quero antidepressivos; também quero poder ter o direito de lamentar e ficar triste. Abaixo os Tiranos da moda e do momento.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

10 Estratégias de Manipulação

 COMO MANIPULAR PESSOAS
Noam Chomsky é um linguista, filósofo, cientista cognitivo, comentarista e ativista político norte-americano, reverenciado em âmbito acadêmico como “o pai da linguística moderna“, também é uma das mais renomadas figuras no campo da filosofia analítica.
“Em um estado totalitário não se importa com o que as pessoas pensam, desde que o governo possa controlá-la pela força usando cassetetes.
Mas quando você não pode controlar as pessoas pela força, você tem que controlar o que as pessoas pensam, e a maneira típica de fazer isso é através da propaganda (fabricação de consentimento, criação de ilusões necessárias), marginalizando o público em geral ou reduzindo-a a alguma forma de apatia” (Chomsky, N., 1993)
Inspirado nas idéias de Noam Chomsky, o francês Sylvain Timsit elaborou a lista das “10 estratégias mais comuns de manipulação em massa através dos meios de comunicação de massa“
Sylvain Timsit elenca estratégias utilizadas diariamente há dezenas de anos para manobrar massas, criar um senso comum e conseguir fazer a população agir conforme interesses de uma pequena elite mundial.
Qualquer semelhança com a situação atual do Brasil não é mera coincidência, os grandes meios de comunicação sempre estiveram alinhados com essas elites e praticam incansavelmente várias dessas estratégias para manipular diariamente as massas, até chegar um momento que você realmente crê que o pensamento é seu.
1. A Estratégia da Distração
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração, que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio, ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes.
A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de interessar-se por conhecimentos essenciais, nas áreas da ciência, economia, psicologia, neurobiologia e cibernética.
Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real.
Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais.
2. Criar problemas e depois oferecer soluções
Este método também é chamado “problema-reação-solução“. Se cria um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja aceitar.
Por exemplo: Deixar que se desenvolva ou que se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas desfavoráveis à liberdade.
Ou também: Criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos. (qualquer semelhança com a atual situação do Brasil não é mera coincidência).
3. A estratégia da gradualidade
Para fazer que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos. Foi dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas, neoliberalismo por exemplo, foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990.
Estratégia também utilizada por Hitler e por vários líderes comunistas. E comumente utilizada pelos grandes meios de comunicação.
4. A estratégia de diferir
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como “dolorosa e necessária“, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura.
É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente.
Depois, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “amanhã tudo irá melhorar” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5. Dirigir-se ao público como crianças
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse uma criança de pouca idade ou um deficiente mental.
Quanto mais se tenta enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante.
Por quê? “Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como as de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade.”
6. Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e finalmente no sentido crítico dos indivíduos.
Por outro lado, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos.
7. Manter o público na ignorância e na mediocridade
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão.
“A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível de ser revertida por estas classes mais baixas.
8. Estimular o público a ser complacente com a mediocridade
Promover ao público a crer que é moda o ato de ser estúpido, vulgar e inculto. Introduzir a idéia de que quem argumenta demais e pensa demais é chato e mau humorado, que lhe falta humor de sorrir das mazelas da vida.
Assim as pessoas vivem superficialmente, sem se aprofundar em nada e sempre ter uma piadinha para se safar do aprofundamento necessário a questões maiores.
A idéia é tornar qualquer aprofundamento como sendo desnecessário. Pois qualquer aprofundamento sério e lúcido sobre um assunto pode derrubar sistemas criados para enganar a multidão.
9. Reforçar a auto-culpabilidade
Fazer com que o indivíduo acredite que somente ele é culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, suas capacidades, ou de seus esforços.
Assim, no lugar de se rebelar contra o sistema econômico, o indivíduo se auto desvaloriza e se culpa, o que gera um estado depressivo, cujo um dos efeitos é a inibição de sua ação. E, sem ação, não há questionamento.
10. Conhecer aos indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem
No transcurso dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dominantes.
Graças à biologia, à neurobiologia, à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado sobre a psique do ser humano, tanto em sua forma física como psicologicamente.
O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos, maior que dos indivíduos sobre si mesmos.

Yogui.co
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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Qual é o seu nível de trauma?

O seu nível de trauma é fundamental para determinar a sua fé na humanidade ou a total incredulidade nos símios enlouquecidos.
São conhecidíssimos os traumas de infância fruto do contato com os nossos pais e com a família. Seguem-se outros traumas porque o contato com humanos pode traumatizar profundamente. Não pense que  a vida em grupo é inócua e gratuita. Tudo depende da quantidade de traumas que você acumulou.
Se alguém da sua família já foi vítima de uma bala perdida, de um erro médico, se você já foi traído pelo "amor da sua vida", se o seu colega puxa-saco já o delatou injusta e estupidamente, se os seus amigos já mentiram descaradamente e trouxeram com as suas mentiras, graves prejuízos emocionais, se você já viveu uma guerra civil e se tornou refugiado, se você já foi vítima de algum assalto, se você já caiu em alguma arapuca financeira, se o seu patrão já o humilhou diante de todos, se o seu irmão morreu no SUS por falta de atendimento, se o seu sócio o roubou indecentemente e você não tem como provar, se você já foi extorquido pela polícia, se já foi difamado pelo vizinho, se você trabalha demais, paga muitos impostos e vive na merda, se já foi a piada preferida dos seus maravilhosos companheiros de escola, se o preconceito já o atingiu com violência por ser diferente, tudo isso traumatiza mortalmente.
Qualquer forma de vida em grupo é uma furada. Continuará no meio do bando ou não ou mais ou menos, tudo depende de quanto a manada o feriu.
Saiba no entanto, que se o trauma for insuperável, você não é obrigado a conviver com os membros da sua espécie. Existem outras espécies no planeta. Os canários belgas, por exemplo, dizem que são muito amistosos.

sábado, 10 de setembro de 2016

O desejo sexual das mulheres

Muitos conflitos têm a sua origem na diferença. O desejo sexual feminino é de uma sofisticação desconcertante. São pouquíssimos os homens capazes de abarcar tamanha complexidade.
Podemos começar pela fisiologia que é crucial. Os 64 nanogramas de testosterona produzidos pelas mulheres nunca poderão ser comparados aos 800 ou mais, produzidos pelos homens. No meu ponto de vista, começa por aí o quiproquó. E nem vou falar do estrogênio que só as mulheres produzem porque dizem que esse é o hormônio da chatice.
Se à fisiologia adicionarmos toda a parafernália cultural que nos cerca, temos os dois elementos desta equação. (A cultura como já disseram por aí, é a nossa segunda natureza.)
No desejo feminino cabe quase tudo. Ela é capaz de erotizar qualquer coisa. Erotiza a inteligência do macho, o poder que ele detem, o dinheiro, o charme, etc. A mulher é a  virtuose do sexo. Ela é que entende do assunto. (Quase não existem sexólogOS. As sexólogAS praticamente monopolizam o mercado da sexologia.) ( Quase tudo o que existe nos porno-shops destina-se às mulheres.) O homem, ao contrário do que se pensa, é um ser muito pouco erótico. O primitivismo do desejo masculino pode levar os homens a situações de pura estupidez sexual. Já uma mulher muito primária nos seus instintos pode ser chamada de puta.
Sabedora do caráter elementar e do estado quase puro do desejo dos homens, as mulheres negociam como ninguém o prazer erótico. 
O desejo feminino custa mais a manifestar-se e para isso também existem razões biológicas, mas quando se manifesta  chega a ser surpreendente para homens educados, doutrinados e acostumados a supor  que eles são os reis do sexo. 
É conhecido o fato de que as mulheres custam mais a ir para a cama, mas uma vez instaladas nesse móvel mítico, de lá não querem mais saír.
É muito difícil para quem tem um brinquedo fácil e que arma muito rápido, entender a preguiça de um brinquedo que por ter tantas firulas deixa de ser brinquedo e passa a parecer uma coisa muito séria.