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domingo, 2 de fevereiro de 2020

Os investigadores do óbvio

Não suporto pessoas que diante das evidências cruéis da maldade insistem em averiguar o fato para tentar desesperadamente achar algo de positivo.

A grande farsa

Todos fingem não saber que o celibato com abstinência sexual na igreja católica é uma grande farsa.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

O assédio sexual implícito

Uma mulher que se apresenta em público praticamente desnuda está assediando sexualmente. Isto até acontece em ambientes ditos formais.
Ninguém fala desta forma sutil de assédio sexual que eu denomino assédio implícito, sabendo-se  que a intenção sedutora é explícita.
É óbvio que ela é dona do seu corpo e faz dele o que bem entender. Em contrapartida, o homem, grande produtor de testosterona, não tem acesso, nem consegue controlar as centenas de nanogramas do hormônio que produz independentemente da sua vontade. Que fique claro.

sábado, 4 de janeiro de 2020

Vísceras conscientes rodando no espaço

Gostaria muito de saber qual foi o demônio que deu consciência às vísceras e as fez vagar no espaço?

Eu não pertenço a este mundo

Eu não pertenço a este mundo de gente carbo hidratada que não diz bom dia nem boa noite. Não pertenço a um mundo de gente que não me vê  e olha patologicamente para uma lanterna acesa que não ilumina nada.
Não pertenço a este mundo de gente punheteira que prefere a obscenidade da arrogância e da estupidez.  
Não pertenço a este mundo de gente que não entende porra nenhuma da arte de viver e virou coach existencial. Não pertenço a um mundo onde todos são brandos e iguais.
Não pertenço a um mundo de estética duvidosa de orelhas alargadas, roupas rasgadas, tatuagens e ferros no focinho. Eu não pertenço a um mundo de pessoas irrequietas, tristes e retardadas que riem  compulsivamente para uma platéia fantasiosa e falsa.
Eu não pertenço a um mundo de gente que não lê, que me obriga a mutilar a minha criatividade e me faz parar por aqui.

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Go for the jugular

Go for the jugular
To make a serious effort to defeat someone, usually by criticizing or harming them in a hard way.

Ex: Cunningham went straight for the jugular, telling him that his work was a complete disaster.
Tradução
Fazer um esforço sério para derrotar alguém, geralmente criticando ou prejudicando-o de maneira árdua.
Ex: Cunningham foi direto na jugular, dizendo que seu trabalho foi um desastre completo.

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Contra o inseticídio

Na onda insana do politicamente correto, pode surgir por aí uma ONG para defender veementemente os direitos inalienáveis dos insetos domésticos.
Todos os inseticidas serão proibidos e exaltar-se-à a dignidade insofismável da barata. Temos uma dívida histórica para com a barata porque sempre a dizimamos cruel e impiedosamente. Isso para não falar dos injustiçados pernilongos que têm direito legítimo à vida, ainda que seja às custas do nosso sangue.
E as moscas! Que ser elevado e profundo! Abaixo os Serial Killers de moscas! Cadeia para esses bandidos!
Na grande revolução da modernidade líquida, sonha-se com um mundo limpo, saudável, perfeito ,cheio de moscas, baratas e outras criaturas sublimes.

sábado, 7 de dezembro de 2019

Retrotopia

De volta ao passado na era da nostalgia, em decorrência da crise dos Estados-nação e do abismo cada vez maior entre poder e política, a retrotopia é a utopia do passado. Vivemos a perda completa da esperança de alcançar a felicidade em algum lugar idealizado no futuro - como a famosa ilha Utopia imaginada por Thomas More - o que leva a uma glorificação de práticas e projetos de tempos passados. Este é o último livro de Bauman, o grande pensador da modernidade líquida, falecido em janeiro de 2017. Retrotopia disseca o fenômeno atual de busca por um mundo melhor não mais no futuro a ser construído, mas em ideias e ideais do passado, como nacionalismos exacerbados e fechamento de fronteiras. Assim, a nostalgia se transformou em um mecanismo de defesa nos últimos tempos. Grandes planos do passado - abandonados, mas não mortos - estão sendo ressuscitados e reabilitados como possíveis caminhos para um mundo melhor.

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Trabalhar não é viver

O ex-presidente e atual senador uruguaio José “Pepe” Mujica participou do seminário Democracia na América Latina, promovido pelo Laboratório de Cultura Digital da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba. Na ocasião, Mujica defendeu uma mudança na cultura para que a democracia vá além da discussão sobre gerar empregos, crescimento econômico e competitividade.
“O que temos que lutar é por uma sociedade diferente, por transformar a civilização, em que a prioridade seja viver e não trabalhar”, disse Mujica em palestra de cerca de 40 minutos.
Segundo ele, os grandes problemas da humanidade são causados pelo fato de a cultura consumo ser o foco das prioridades políticas. “O homem tem os recursos para varrer a miséria de todo o mundo. Basta que esta seja a prioridade. Já tem os recursos. Não há problema ecológico, há problema político”, disse.
Mujica aponta que a “democracia do consumo” leva os indivíduos a viver para trabalhar. “As pessoas dedicam toda a sua vida ao trabalho, a produzir riqueza, para poder consumir, para gerar esse crescimento econômico. Mas a vida não é só trabalho. É preciso viver, é preciso amar, é preciso ser feliz, precisa-se de tempo para viver amar e ser feliz. Ninguém compra cinco anos de vida no supermercado”, disse. “Ou você luta para mudar a sociedade, construir uma civilização para a felicidade e que se torne o motor principal e não o mercado, ou será cooptado por uma multinacional”, complementou.
O senador ainda conclui afirmando que o cidadão foi transformado em uma “máquina de consumismo”. “A acumulação capitalista necessita que compremos, compremos e gastemos e gastemos. Vendem mentiras até que te tiram o último dinheiro. Essa é a nossa cultura e a única saída é a contracultura”.
*Com informações do Paraná Portal

sábado, 2 de novembro de 2019

Os mendigos do afeto

Tanta arrogância, tantas peripécias, tantas acrobacias, tanto circo, tanta dissimulação, tanta mentira e o que as pessoas querem de fato é só um pouquinho de afeto.
Tanta fúria, tanto ódio, tanta luta e o que as pessoas querem é só um pouquinho de afeto. 
Tanto sofrimento, tantas brigas, tanta estupidez e o que as pessoas querem é só um pouquinho de afeto.
Tanto tempo desperdiçado, tanto sofrimento, tantas guerras, tanta inveja e o que as pessoas querem mesmo, é só um fragmento de afeto.
E o mais dramático é que são poucos os que têm um grão de afeto para doar.