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sábado, 29 de janeiro de 2022

As autorizações culturais para homens e mulheres

Estão quase todos enganados. A humanidade digere a blue pill há séculos e o resultado é uma grande disenteria mental.
Nunca se reprime o que é pobre e nunca se estimula o que é rico. Esta é uma premissa óbvia e essencial.
As mulheres são mais seletivas por natureza. A seleção de genes está muito além da racionalidade. Nos homens a disseminação de genes está muito além do viagra.
Independentemente disso, as mulheres não têm autorização cultural para manifestarem abertamente a sua sexualidade. Nas mulheres, existem dois controles para a exibição desembaraçada do sexo: o natural e o cultural.
O que poucos sabem é que as mulheres são verdadeiras super potências sexuais. A parafernália sexual feminina é espetacular.
Apesar dos impedimentos, as mulheres são as senhoras do sexo. Têm orgasmos múltiplos e com duração de 12,4 segundos. É mirabolante.
A sociedade só lhes deu autorização para mostrar sentimentos e emoções suspeitas. Associam às mulheres uma pieguice que não existe. As mulheres são iminentemente  pragmáticas.
No que diz respeito aos homens é o contrário. Portadores de uma sexualidade pobre e deplorável, a sociedade deu-lhes a autorização de ostentarem uma sexualidade muito poderosa. Isso é falso. Desgraçadamente, também os impediu de chorar e isso é um crime.
Vivemos um ledo engano. Homens sexuais e mulheres sentimentais. Só falácias.
Os argumentos aqui explanados e desenvolvidos são válidos mesmo na pós modernidade.
As autorizações culturais e a biologia estão muito aquém da verdade.

sábado, 22 de janeiro de 2022

Com carinho e com sachê

Esta onda pet coincide com o maior desencanto pela espécie humana de que se tem notícia. Nunca vi tantos pets na casa das pessoas.
Na modernidade líquida, o ser humano que já era muito complicado e inviável, tornou-se insuportável e inviável.
Em todas as épocas, longitudes e latitudes, as relações humanas sempre foram e são relações de poder. Hoje, com os empoderamentos e coisas que tais, as arrogâncias desmedidas, os egocentrismos exacerbados e as masturbações em todos os níveis, vivemos o fim de uma vida social com o mínimo de sanidade.
A mim, por tudo isso e um pouco mais, coube-me a felicidade extrema de encontrar Felícia vagando triste pelas ruas da cidade.
Trouxe-a para casa e sem nenhum medo de lhe dar amor, delineei devagarinho um laço delicado de pura doçura e cuidado.
Passamos dias que deveriam ser monótonos, plenos de paz, meiguice e atenção. 
Deixei para trás a desconfiança e o temor que os humanos me produzem quando se trata de estimar e gostar.
Com Felícia vivo momentos de brandura e afeto contínuo porque em nós não há o sobressalto da dúvida, da covardia, do receio e da maldade pura e simples.
Felícia é feliz quando se esparrama no chão e me mostra a sua barriga linda e peluda e eu sou feliz, escrupuloso e sensato quando a acaricio e lhe dou mais um sachê.

sábado, 15 de janeiro de 2022

Os verdadeiros culpados

O criacionismo chega a ser ridículo e o evolucionismo não consegue ficar em pé. O que nos resta são novas especulações.
Quem foram os irresponsáveis que criaram o ser humano? Quem foram os levianos insensatos que conceberam um erro que não acaba nunca? Estou colocando no plural porque um ser único seria incapaz de tamanha trapalhada.
Simpatizo com as tábuas sumérias em escrita cuneiforme. Só alguém muito imprudente e insensível podia implantar um cérebro tão sofisticado num corpo primitivo e animalesco. O cérebro é incompatível com o corpo dos humanos.
Eu sei que vocês não prestam atenção nessas coisas. Eu presto e isso me interessa muito. 
Estou cansado de falar mal do ser humano que no final das contas, é a maior vítima desses deuses enlouquecidos.

sábado, 11 de dezembro de 2021

Os otimistas compulsivos

Esse otimismo a qualquer preço transpira desespero. Até o desespero para quem é otimista patológico, tem outros ares e outras cores. Os malucos do otimismo, alicerçados na mais pura doença mental, nunca leram a história da humanidade e muito menos avaliaram as evidências do cotidiano.
Os otimistas não param. Reproduzem o erro porque são inferiores. O mundo é o que é por causa dos otimistas.
Só a lucidez do que é real pode nos levar a  conter esta torrente de equívocos.

Aos procriadores


sábado, 4 de dezembro de 2021

A era da presunção


A presunção está na base de quase todas as asneiras. Atualmente, não faltam sabichões que conhecem a receita exata para ter sucesso em tudo.
Há por toda a parte na internet quem saiba rigorosamente o que fazer para emagrecer de forma definitiva, quem ensine como investir e enriquecer, quem conheça a cura para a pior doença, quem dê as sugestões mais precisas e infalíveis para conquistar uma mulher, quem trace o melhor itinerário para a viagem dos sonhos, quem possua truques mágicos para aprender com profundidade uma língua em apenas um mês e até quem revele como ter talento para escrever um inesquecível best-seller.
Eu poderia continuar esta lista de sandices, mas poupo os poucos que me leem de tamanhas brutalidades. Ah, tudo se realiza em passos. Passo 1, passo 2, passo 3, etc.
A mentalidade vigente é tóxica e provoca muitos infortúnios e eu só escapo deles porque me afasto para sorver o pouco oxigênio que ainda nos resta.

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

O caminho insano das vinganças impossíveis

Todos, sem exceção, já foram golpeados nas suas almas. A alma ferida só precisa de curativos. Não se pode reverter uma ferida através de vinganças quiméricas. A vingança não pode demorar muito tempo a ser executada. Acredito piamente no poder redentor da réplica, da refutação e da desforra.
Quando já não se sabe onde estão os carrascos ou se já morreram, é muito melhor tentar curar a ferida. Se não houve coragem para uma resposta imediata e à altura, só nos resta acariciar e embalar a nova chaga. Aprimore também a sua capacidade de revide e não tenha medo de ficar só.
Desenvolva a habilidade de tratar de lesões anímicas porque são muito frequentes, considerando que o mundo é uma máquina de dilacerar.
Há os que não levam desaforo pra casa. Você até pode levar alguns desaforos pra casa, mas procure nunca deixá-los entrar na sua alma.

sábado, 6 de novembro de 2021

Os prazeres da modernidade

A pós-modernidade perdeu o refinamento, as nuances e as sutilezas de outras eras. Sinto saudades de sentimentos mais sofisticados. É chocante depararmo-nos com o animal humano em estado puro.
A voracidade no comer e a crueza no sexo caracterizam este momento que teima em não desaparecer. É o horror dos MasterChefs e a pornografia a céu aberto.
Parece que as almas feneceram e só sobrou a besta fera escondida no politicamente correto. Todas estas práticas culturais associadas às novas tecnologias, dão-me ânsias incoercíveis de vômito. Desculpem, acabei de vomitar e não pedirei licença para vomitar outras vezes.

A super utopia

Já fomos enganados por várias utopias. A utopia não tem a intenção de iludir, entretanto, descobrimos a posteriori que fomos redondamente ludibriados. Quando a utopia é criada parece possível e até real.
Desde a República de Platão, passando pelo cristianismo, pela revolução francesa, pelo romantismo, pela revolução Bolchevique, não cansaram de nos enganar.
Hoje, com as profecias distópicas de Aldous Huxley e George Orwell praticamente confirmadas, paradoxalmente nasce um super utopia, a maior de todos os tempos. 
Pretende-se que numa atmosfera distópica se realize uma hiper utopia. Pretendem os ignaros que o mundo seja justo e livre de preconceitos na marra.
Vive-se uma espécie de tirania da ultra utopia. Quem discordar desse devaneio perigoso está condenado à execração pública.
Para os super utópicos o mundo não pode ter uma réstia de racismo, de misoginia, de machismo, de homofobia, etc. É lindo, porém é falso, assustador e impossível.

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

As vísceras expostas do mundo

Vísceras não são bonitas. Sempre apalpei as vísceras hediondas do mundo. Sabia que eram acessíveis ainda que a maioria as negasse. 
Sou apaixonado pela anatomia do mundo  e agora nem preciso imaginar. As redes sociais e esse despudor da modernidade expõem os bastidores metabólicos do bando. Que nojo! 
Pra disfarçar sobram utopias extemporâneas. A cambada desvairada diz que sonha e luta por um mundo perfeito, sem racismo, sem machismo, sem misoginia, sem homofobia, sem injustiças e sem  preconceito nenhum. É próprio das legiões violentas, sonâmbulas e variadas impor fanaticamente aos ajuizados as suas demências mais terminais.
P.S. - Antes de ser contra os preconceitos, sou contra os delírios sem decoro nem decência.