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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Tolerar não é respeitar

Comecemos pelas definições.
Respeito é um substantivo masculino oriundo do latim respectus que é um sentimento positivo e significa ação ou efeito de respeitar, apreço, consideração, deferência.
Na sua origem em latim, a palavra respeito significava "olhar outra vez". Assim, algo que merece um segundo olhar é algo digno de respeito.  Por esse motivo, respeito também pode ser uma forma de veneração, de prestar culto ou fazer uma homenagem a alguém, como indica a expressão "apresentar os seus respeitos". Ter respeito por alguém também pode implicar um comportamento de submissão e temor.
Tolerar - Verbo Transitivo - Permitir de forma tácita, deixar passar. Suportar,  admitir, consentir.
Há muita coisa que eu gostaria de respeitar, mas não consigo; eu só tolero. Raramente se respeita uma opinião dissonante. O máximo que as pessoas conseguem fazer, neste caso, é tolerar, embora, digam respeitar, por vício, imitação, convenção e falta de originalidade.
Apesar da palavra respeito, ser a primeira que vem à boca da grande maioria, com muita frequência, não passa de tolerância. Conseguir tolerar já é bom, mas respeitar é muito mais que tolerar.
Eu não consigo respeitar a virgindade de Maria, os que são induzidos ao suicídio para usufruírem  de 72 virgens no paraíso, (que coisa cansativa e grotesca!) a ressureição de Jesus, a reencarnação, as vidas passadas e as vidas futuras, a salvação existencial através do amor romântico, a noção pequena de pátria, a busca da felicidade pelo consumo, a superioridade intelectual dos acadêmicos, etc,etc.
Estas e muitas outras coisas, eu não respeito, eu apenas tolero. Então, que se use a palavra correta e que se continue a tolerar.

Egus monumentalis

O latim é por minha conta e risco. Ego, aqui, não tem nenhuma conotação psicanalítica. 
A competição nunca parou. Desde que se nasce não se faz outra coisa senão competir. A competição é intrínseca e inexorável. Entretanto, mudaram muito, as formas e os conteúdos da competição.
Eu já fui obrigado a competir no campeonato da humildade, da generosidade, da sinceridade, da autenticidade, da honestidade, da verdade, do altruísmo, da abnegação e do amor.  Não alcancei as primeiras posições nesse campeonato obsoleto, mas foi razoável. Egus inflatus, tudo bem. Egus monumentalis, eu não aguento. É demais.
Hoje, em face dos arquitetos profissionais do ego, ocupo as últimas posições. Hoje, o campeonato é outro. Compete-se em hipocrisia, orgulho, presunção, mentira, preconceito, frivolidade, irreflexão, superficialidade, estupidez e mediocridade. Neste campeonato, faço esforços hercúleos para não cair na zona de rebaixamento.
Os que nasceram por estes dias são peritos na construção de monumentos ao Ego. Todos são os melhores em tudo. Quem ouve um adolescente falar, pode ter a impressão que está diante de um especialista em quase tudo. Os consulentes de oráculos tecnológicos, assumem destaques de semi-deuses e não sabem porra nenhuma.
Nessa olimpíada de monumentos, não vou fazer o jogo da maioria porque desprezo a maioria, não vou construir um monumento, vou fazer um puxadinho e não vou valorizar nem um pouco essa empáfia ridícula.
Monumentos não se relacionam. Monumentos, se alisam, se lustram,  se enganam, se estranham e nada mais.
Egos monumentais nos condenam à solidão, à masturbação e ao delírio psicopata de que somos muito importantes quando não somos merda nenhuma.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Os 10 livros brasileiros mais lidos

Os livros brasileiros mais lidos de todos os tempos
O Menino Maluquinho 

O escritor, jornalista e ilustrador Ziraldo é muito querido pelas crianças e um dos mais importantes autores infantis, com uma série de livros publicados e premiados. Suas histórias são divertidas e mexem com a imaginação. Sua criação de maior sucesso é "O Menino Maluquinho", com mais de 100 edições e 3 milhões de exemplares vendidos. A história de um menino traquina que é muito amado e se torna um adulto feliz virou filme, material escolar, especial para a TV, jogos e originou novos livros.

O Alquimista

Paulo Coelho é o autor brasileiro mais lido no exterior. "O Alquimista", lançado em 1988, é seu maior sucesso e entrou para o Guinness Book (Livro dos Recordes), por ser o livro mais traduzido (em 69 idiomas). A obra conta a história de um jovem pastor e sua longa viagem da Espanha ao Egito à procura de um tesouro perdido, anunciado a ele através de um sonho. O percurso acaba sendo uma busca de respostas para mistérios existenciais. O livro incentiva a não desistir dos sonhos e a identificar os sinais que aparecem ao longo da vida.

Iracema

"Iracema", a "virgem dos lábios de mel", é o romance histórico-indianista do escritor brasileiro José de Alencar, publicado em 1865. O livro aborda o amor entre uma índia e o colonizador português Martim, que simboliza a origem do Ceará, terra natal do autor. Dessa união de raças nasce Moacir, que representa o primeiro cearense. A história se passa no início do século 17 e caracteriza a fase nacionalista de José de Alencar, que ainda lançou mais dois romances indianistas: "O Guarani" e "Ubirajara".

Memórias Póstumas de Brás Cubas

Outro clássico da literatura brasileira é "Memórias Póstumas de Brás Cubas", escrito pelo mais consagrado autor brasileiro de todos os tempos: Machado de Assis. A história foi publicada em capítulos, durante 10 meses em 1880, numa revista. No ano seguinte, Machado transformou a obra em livro, narrado em primeira pessoa pelo personagem Brás Cubas, um homem já falecido, mas que escreve suas memórias póstumas do túmulo. O autor usa da isenção de um personagem morto para fazer uma crítica à sociedade do século 19.

Dom Casmurro

Outro livro de autoria de Machado de Assis que continua atraindo inúmeros leitores é "Dom Casmurro". A primeira edição foi lançada em 1899, mas sua narrativa é tão instigante que até hoje se discute o grande enigma: Capitu traiu ou não Bentinho? O casal tem um filho que se parece mais com Escobar, melhor amigo de Bentinho, do que com o próprio pai. Na obra não fica claro se tudo não passa de imaginação do personagem ou se Capitu realmente cometeu adultério, já que o autor mantém essa interrogação até o final.

Gabriela, Cravo e Canela

Jorge Amado é um dos nossos escritores modernistas mais lidos, com várias obras adaptadas para o cinema e a televisão. Um de seus livros mais conhecidos é "Gabriela, Cravo e Canela", publicado em 1958. A história se passa nos anos 1920 e mostra a hipocrisia da sociedade da época e as disputas políticas dos coronéis do cacau. O personagem Nacib se encanta por Gabriela, uma retirante que chega a Ilhéus. Mas ela também atrai a atenção dos senhores influentes da cidade. Traição, machismo, opressão da mulher, amores proibidos e intolerância são aspectos abordados na narrativa.

Reinações de Narizinho

Monteiro Lobato criou através de suas obras um mundo onde as crianças podem viajar na imaginação. Durante as férias no sítio da avó (Sítio do Picapau Amarelo), Narizinho e Pedrinho vivem muitas aventuras, que incluem Emília, uma boneca falante, a Cuca, o Saci e outros personagens ligados à cultura brasileira, mesclados com princesas como Cinderela e Branca de Neve. As histórias são tão interessantes que foram transformadas em seriado na televisão. Um de seus livros mais lidos foi "Reinações de Narizinho" (1931), a menina do nariz arrebitado e neta de Dona Benta.

A Moreninha

Joaquim Manuel de Macedo escreveu o romance "A Moreninha" em 1844, e a repercussão foi tão grande que o fez abandonar a carreira de médico. O livro faz parte do Romantismo brasileiro e conta a história da visita de quatro estudantes de medicina à casa da avó de um deles (Felipe), na Ilha de Paquetá. O rapaz aposta com um dos amigos (Augusto), que se algum deles se apaixonasse durante a permanência em Paquetá, ele escreveria um livro contando a história. E justamente Carolina, sua irmã, despertará a paixão do colega.

Senhora


José de Alencar escreveu o romance urbano "Senhora", publicado pela primeira vez em 1875. Esse é um dos livros mais lidos da literatura brasileira e foi também adaptado para a televisão. Trata-se da história de Aurélia que após ser rejeitada por ser pobre, recebe uma herança e realiza uma transação comercial para "comprar" justamente o homem que a rejeitou. O livro mostra os costumes da Corte durante o Segundo Reinado no Rio de Janeiro e faz uma crítica à sociedade norteada pelo dinheiro.

Capitães da Areia


O escritor baiano Jorge Amado tem uma vasta obra de sucesso, que o faz ser o segundo autor brasileiro mais vendido de todos os tempos, ficando atrás apenas de Paulo Coelho. Em 1937, publicou "Capitães de Areia", seu sexto livro e um dos mais lidos. A história se passa em Salvador nos anos 1930 e retrata a vida dura de um grupo de menores abandonados conhecidos por "Capitães da Areia", que sobrevivem de furtos e trapaças. Jorge Amado mostra a realidade dessa população marginalizada, tecendo uma crítica social e política.
Fonte: eHOW - Brasil

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A oficialização do preconceito

"Quem não tem preconceitos não tem cuidados linguísticos."
Joaquim Esteves 
O preconceito já foi um sentimento privado e inconfesso. Hoje, com esta onda avassaladora e mundializada do "politicamente correto", o preconceito passou à esfera pública, oficial e quase institucional.
Se o caro leitor, não tiver nenhum preconceito em relação a uma determinada condição por que razão irá usar de tantos e tão variados melindres lexicais para se referir a ela?
A nossa civilização é um viveiro de preconceitos. Quem se diz sem preconceitos está mentindo vergonhosamente. O combate ao preconceito é um trabalho interior, cerebral, íntimo e racional. Fiscalizar as palavras não resolve nem atenua o problema. O que pode mitigar o problema é corrigir os pensamentos, os comportamentos e as atitudes. Atacaram o mais acessível e o mais fácil: as palavras. Este ataque só engrendrou uma caça às bruxas subliminar, com censura, cortes e sanções estúpidas. Falta coragem, sanidade, lucidez, bom-senso e muito esforço para atacar as visões estúpidas de mundo, a ignorância que é o melhor sinônimo para mal e um apurado senso de justiça. Que se eduquem os preconceituosos. Modular a expressão é elementar, ineficaz, ridículo e hipócrita.
No que diz respeito ao preconceito o buraco é muito mais acima.

À espera do espetáculo redentor

Está todo mundo "conectado" à espera do grande acontecimento que trará calma, tranquilidade, paz, conforto, segurança, sucesso e sobretudo muita felicidade. Isso é tão improvável quanto o fim da corrupção no Brasil.
Por grande acontecimento, entenda-se casamento, procriação, promoções no trabalho, grandes viagens, festas de arromba, imbatíveis performances sexuais, popularidade, aventuras, etc.
A minha experiência pessoal, aponta para outras realizações. O que realmente me fez feliz e mudou a minha vida, foram pequenos gestos, momentos de solidão, frases curtas, certas entonações, imperceptíveis reflexões e ligeiras alterações de rota; nada de muito espetacular. 
O espetáculo se consome a si próprio. É só para ver.  É só para matar o tempo e o tédio. Não tem substância e serve apenas para impressionar os incautos.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

A história acabou

Quem ouve um jovem adulto ou um adolescente falar, tem a impressão que o mundo começou exatamente quando ele nasceu. Nada o precede. Ninguém o antecede. Ele é o marco indelével na história da espécie humana no planeta afável. 
Na nova criação do mundo, Adão mudou de nome e  se chama Bill Gates. E Eva? Não há notícias de Eva no Gênesis pós-moderno. Será que era o Steve Jobs?
As crianças produzem frases com inflexões de adultos. Discursam com autoridade e impressionam  toda a burguesia. Fico atônito com tantas certezas disseminadas no ar.
Eu, não sou quase nada. O que pode saber quem já viveu tantas décadas? O que pode saber quem já percorreu tantas léguas? E o que pode saber quem fez do sofrimento a sua melhor escola? Nada. Não sabe nada.
Os mancebos tomaram a sabedoria de assalto e realizam a proeza de pisar e dominar sem ter dinheiro, no reino do capitalismo indomável. É um feito digno da miracologia evangélica.
Antiguidade é posto, dizia-se no passado. Hoje, não há mais passado. A antiguidade é um estorvo e uma ignomínia. Só valem os músculos e a tez aveludada com Asepxia da Ultrafarma.
Só vale o que existe. Só interessa o que é. Poucas coisas preexistiram e o que foi, já era. "Deletaram" o percurso dos pioneiros e dos visionários "sinistros". "Deletaram" o respeito e a reverência. O poder são várias teclas ou uma só. A história acabou.

sábado, 26 de setembro de 2015

ELAS PENSAM MAIS EM SEXO

Pesquisas realizadas em vários países confirmam: as mulheres têm pensado e falado cada vez mais sobre sexo. O que mostra que esse assunto já não é mais um tabu, pelo contrário, elas estão compartilhando opiniões sobre o tema também com seus parceiros. Com isso, a ida ao sex shop, por exemplo, deixou de ser pecaminosa para ser uma visita agradável e divertida e que vai trazer novas experiências à rotina sexual. Aliás, elas compram muitos mais produtos eróticos e assistem, sim, a filmes com conteúdos eróticos. Tudo sem pudor. O direito ao prazer ninguém mais tira delas e pesquisas revelam bem o cenário. Mulheres já são maioria entre os assinantes de canal pornô.
Segundo uma pesquisa do canal Playboy TV, marca que controla seis canais de conteúdo erótico, as mulheres representam mais da metade dos assinantes dos canais da programadora. Divulgado em novembro de 2014, o levantamento mostra que elas representam 54% dos 450 mil assinantes. Em 2010, esse número era de 49%. Para 78% das 1.660 pessoas entrevistadas, a ideia de consumir conteúdo erótico é "colocar bastante pimenta na relação sexual", além daqueles que desejam aprender com os profissionais da tela (68%).
Masturbação
Apesar do assunto ainda ser tabu para muitas mulheres, a masturbação, de acordo com uma pesquisa realizada com pessoas do sexo feminino, acima de 18 anos, e que utilizam iPhone no Brasil mostrou que 70% das brasileiras se masturbam. Além disso, 81% delas conseguem atingir o orgasmo se tocando. A pesquisa, respondida por aplicativo em celular em julho de 2014, foi feita pela Hibou, uma empresa especializada em pesquisa e monitoramento de consumo.
Com a revolução feminina, opina a psicóloga e especialista em sexualidade Juliana Bonetti, elas inserem na sociedade uma nova identidade que ainda está em transformação. "As mulheres, por causa de fatores sociais e culturais, têm mais dificuldades em expressarem-se sexualmente. Mas, na medida em que leem e vivenciam por meio da literatura ou filmes o lado erótico e pornográfico, vão, pouco a pouco, se permitindo vivenciar as próprias fantasias", afirma.
A psicóloga e terapeuta sexual Paula de Montille Napolitano recorda ainda a repressão sexual contra as mulheres para explicar como algumas ainda tratam o conteúdo erótico como tabu. "O direito ao prazer sexual foi socialmente conquistado pelas mulheres há pouco tempo. Antigamente este desejo não era permitido nem mesmo em pensamentos. O importante é não deixar com que esses tabus impeçam a mulher de aproveitar esses recursos para aumentar o prazer", avalia.
Pornografia
A pornografia pode trazer vantagens para a vida a dois. "Dependendo do casal, a pornografia pode trazer benefícios. Mas, claro, quando os dois gostam e aprovam. Esse tipo de conteúdo pode ser incrementado junto às preliminares, por exemplo, trazendo à tona também a comunicação de outras fantasias sexuais", reforça a psicóloga Juliana Bonetti. A sexóloga Karina Brum conta que o próprio mercado de filmes eróticos tem feito filmes com roteiros mais trabalhados, realistas e naturais, diferentes das cenas cruas de sexo explícito dos filmes tradicionais.
"Mulheres não gostam do pornô tradicional. Por isso, algumas empresas de conteúdos pornográficos têm diretoras no lugar de diretores, hoje. Sem contar que os roteiros têm mais enredo do que só as cenas cruas de sexo explícito. A visão de uma mulher, enquanto diretora da cena, torna tudo mais excitante e divertido. Toda mulher gosta e precisa sentir-se desejada, mas este desejo não deve ser mecânico, como nas cenas dos filmes tradicionais. E o mais impressionante é que esta geração feminina procura se motivar e se autoconhecer, cada vez mais, por meio dos filmes", afirma Karina.
Fonte: MSN - Brasil

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A frescura revisitada



Na minha época maravilhosa que não volta mais, esse negócio de susceptibilidades, chama-se FRESCURA e era totalmente ridículo.
Hoje, todo mundo ficou muito sensível. Não podemos mais falar. Tudo ofende, tudo fere, tudo é forte, tudo contem alguma forma de preconceito e tudo é passível de processo criminal. A humanidade está à flor da pele. 
De repente, todos ficaram importantes demais ao mesmo tempo. O que eu mais ouço é esta frase insuportável e viciada que sempre denota alguma forma de autoritarismo: " Não pode". Não pode e não pode. 
As pessoas não se dão conta da censura, da ditadura e do "cala a boca" generalizado que vivemos. Só os que têm parâmetros de comparação porque encelheceram, podem constatar este fenômeno. A geração Y e a geração Z acham que descobriram a pólvora sem fumo, mas estão vendidos a um sistema pavoroso que eles aplaudem. Pobres criaturas!
Um sinônimo perfeito para as susceptibilidades da modernidade era viadagem. Lá pelos anos oitenta, era muito comum dizer-se, quando alguém extrapolava a esfera do admissível em termos do egocentrismo pomposo, "para com essa viadagem!".
Então é isso, extrapolamos o que seria admissível em termos de egocentrismo pomposo, hipocrisia, teatralidade, vaidade e presunção. E quase tudo permanece com antes, só não se diz, mas pensa-se e faz-se.
É F........., meu véio! F....... não pode e nunca houve na história do planeta tanta difusão de pornografia e tanto eufemismo.
P.S.-  Se eu escrever a palavra toda, o meu blog vai ser bloqueado pelo Bing, pelo Google, pelo Facebook  e companhia limitada. Isto não é uma forma de inquisição?

A abstinência do poder

A fisiologia do poder
O poder age no organismo humano como certos psicotrópicos e a maioria das drogas ilícitas. Não sou neurocientista, mas parece-me evidente que o exercício do poder também provoca uma descarga torrencial de dopamina (A dopamina é uma substância química liberada pelo cérebro que desempenha uma série de funções, incluindo prazer, recompensa, movimento, memória e atenção.)
O contato com qualquer forma de poder aciona o sistema de recompensas do cérebro e induz ao vício.
O maior castigo para qualquer deputadozinho é não se reeleger. O pior sofrimento para todos os que detêm alguma forma de poder é estarem privados dele. A fissura do poder sobre os outros é o grande barato desse pessoal. Fica explicado o fascínio que o poder exerce sobre todos nós. 
Ter poder é como estar drogado por uma substância cultural, abstrata e lícita. Todos os que estão no poder agem de maneira estranha, surpreendente e suspeita porque estão completamente drogados.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Espionagem em tempos de paz

A GUERRA GELADA

A espionagem segundo Sun Tzu, em Arte da Guerra, é um ato só permitido entre beligerantes, nações, grupos guerrilheiros em guerra e/ou guerrilha e consiste na prática de obter informações de caráter sigiloso relativas a governos ou organizações, sem a autorização desses, para conseguir vantagem militar, política, econômica, etc.
Quando disseram que acabou a guerra fria, logo começaram a preparar a guerra gelada. Estamos apenas no início  da guerra gelada.
A minha espécie, desgraçadamente, é incompatível com a paz. A nossa espécie é um projeto inconcluso e malogrado. Sempre me considerei e considero os que me cercam como acidentes cósmicos. E não fosse o caráter trágico desse projeto, até dava para relevar. 
A minha espécie é beligerante. Quase todos os hinos nacionais incitam ao embate e à guerra. Afinal, viver é lutar, não é repousar. Repousar é morrer. Neste contexto, o Brasil, para mim, é um país um pouco estranho.
Se vivemos num mundo onde imperam a denúncia e a espionagem de todos, de todas e de tudo, em larguíssima escala, é evidente que não estamos em paz. Acabei de apresentar-lhes o espetáculo relaxante do óbvio.
A paz que respiramos é falsa e tóxica. Não gosto de surpresas desagradáveis por isso estou preparado.