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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Felicidade com hora marcada

Hoje é um dia para ser feliz. É natal. Quem ousaria ser infeliz neste dia maravilhoso. O cara nasceu. O cara mudou o mundo e o mundo não mudou nem milímetro no que há de essencial. Vamos comemorar este mundo paralisado há milênios. Vamos comemorar  este ser humano que insiste em não mudar absolutamente nada. Alegria!
Aliás, quantas vezes você é feliz por ano? A sociedade de controle determina tudo, até os dias em que você tem a obrigação de ser feliz. Vamos contar então. Você é feliz no natal, no réveillon, no carnaval, no dia do seu aniversário, no dia da promoção no trabalho, no dia em que os outros te elogiam, no dia do seu casamento, no dia do nascimento do seu filho, no dia que seu time ganha. Vou parar por aqui. São muitos dias, sem dúvida, mas dá pra contar. Isto é um péssimo sinal. Se os seus dias de felicidade são tão previsíveis assim, você está no caminho da maioria, você está no caminho mais árduo e insano.
Tenho outra perspectiva da felicidade e de ser feliz.  A felicidade jorra dentro de mim a despeito das movimentações exteriores. A agitação exterior pode turvar a minha felicidade, mas nunca consegue destruí-la. Nunca, jamais, em tempo algum. A minha felicidade é um pacto secreto com o meu menino e com as minúcias da minha história que só eu conheço.
Então,  que bom! Você consegue ser feliz no natal, no carnaval ou quando toma umas e outras. Que bom! Fico feliz, mas a sua felicidade não chega a me contagiar porque amanhã de manhã, você estará de novo perdido, sem saber quem é, o que quer e o que faz neste planeta lindo e infecto.

Os demônios risonhos

Gostei de ter nascido aqui neste lugar. Que lugar bonito! Gosto de quase tudo o que vejo. Gosto muito de chuva e felizmente não sou mais romântico.
Por vezes, tudo vira de cabeça para baixo. O planeta lindo em que eu nasci, fica doido. As tempestades, as inundações, os vulcões e toda a sorte de catástrofes me fazem pensar que é a loucura que comanda o multiverso. Mas tudo se ronova, tudo se transforma e reconstitui. A beleza de outros movimentos do planeta vivo compensa o predomínio momentâneo da insanidade. (Tenho muita pena de quem acha que há sentido para todas as coisas.)
Está tudo bem com o planeta, mas há algo de muito errado com o ser humano. A filosofia surgiu por causa dessa percepção óbvia. Que ser estranho é esse que dominou tudo? Que ser bizarro é esse que tomou conta de tudo?
Estanco aqui as minhas divagações para dizer o que me interessa dizer. 
Conheço uma categoria de pessoas que sorriem enquanto te sodomizam. (Não posso mais usar as palavras exatas sob pena de ser execrado.) Em geral, têm poder hierárquico, político ou econômico, mas também podem não ter nenhuma ascendência sobre você. Quanto ainda terei que padecer por não suportar a teatralidade do cotidiano?
Essa categoria de pessoas finge o tempo todo. Quando será que essa gente para de representar? Será que conseguem mentir para o próprio travesseiro? Na minha época, travesseiro não aceitava grandes mentiras, mas as coisas mudaram tanto que ninguém molha mais os travesseiros com lágrimas de introspecção.
O que mais me intriga é que essa gente ri. Será que fazer o mal é engraçado ou será fazer o mal dá muito prazer? Tenho quase certeza que ferrar os outros deve dar um prazer mórbido, muito superior ao do orgasmo. A prova disso é a explosão demográfica dos demônios sorridentes. 
P.S. - Em alemão, esse prazer inefável chama-se Shadenfreude.

sábado, 19 de dezembro de 2015

A cilada existencial

  Illusions perdues
Para mim, atualmente, é muito fácil e muito claro.  Primeiro, temos o concurso dos hormônios e a procriação só acontece por causa deles. Sem testosterona não há vida humana. As pessoas procriam porque são instadas a isso pela carga hormonal acachapante.
Feita a besteira, é preciso remediá-la. O pobre infeliz sem consulta prévia, de repente, aparece no planeta azul. Por aqui, quase nada faz sentido. Como justificar a concepção? Como tornar o planeta  aliciante? Como convencer a vítima a continuar viva? Como tornar o absurdo lógico? Como? Como explicar o mau jeito? Como? Enchendo o pobre coitado de ilusões e não só. 
A educação é um processo em que o individuo é cevado de mitos, ilusões e meias verdades. E quando ele está bem gordo, está no ponto, está pronto pra se ferrar.
Hoje, a juventude é bem mais magra de ilusões. Eu e a minha geração sofremos de obesidade ilusória. Quanta babaquice nos enfiaram goela abaixo!
Se a vida não conseguiu te desiludir, ela não terá cumprido o seu papel principal. A função principal da vida é te livrar das ilusões. Se tu tens mais de quarenta anos e não te desiludiste, também não viveste, vegetaste à sombra das tuas ilusões. Os indianos já sabem disso há milênios. Para os ocidentais, isso ainda não está nada claro.
Só despido de ilusões e existencialmente nú, podes começar a ser feliz. Só quando perdes grande parte dessa parafernália cultural de sobrevivência mental, te recuperas da cilada e podes eventualmente te encontrar.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Sem mentira não há vida social

A mentira é a senha para se viver em sociedade. Nunca se mentiu tanto. Com o advento das redes sociais, não temos mais  a voz com todas as suas modulações, não temos mais o corpo que sempre é muito eloquente, temos apenas palavras escritas e as palavras servem muito mais para mentir do que para dizer a verdade.
Aparentemente, todos sabem disso, mas fingem não saber. Sempre me pergunto, por onde andam os mentirosos se todos dizem dizer a verdade e somente a verdade. Por onde andam os ladrões, se todos se dizem profundamente honestos. Por onde andam os maus, se todos são irrepreensívelmente bons. Por andam os culpados, se todos são inocentes.
Se as pessoas fossem o que dizem ser, com certeza teríamos um mundo bem melhor. Todos se queixam e ninguém se enxerga.
Estou cansado do circo e não tenho vocação para palhaço, embora tenha sido palhaço a maior parte da minha vida. Adoram nos fazer de palhaços. Sempre acalentei a ideia secreta de fugir do circo. Também cheguei a pensar em tacar fogo no circo, mas nunca tive fósforos suficientes. O circo tem o tamanho de tudo. 
Haverá vida sem circo? Haverá vida, sem palhaçada? O que acontece com quem se recusa a participar da palhaçada?
Em tempo, todos já sabem, mas não custa repetir que persona em latim significa máscara.
Aproveito a oportunidade para oferecer a quem me lê, algumas frases sobre este tema que eu achei muito pitorescas e divertidas.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A doença boa

 A doença mental epidêmica
O trabalho cuja etimologia está ligada a um instrumento de tortura medieval chamado "Tripalium", hoje é guindado à categoria de melhor atividade para o ser humano normal.
Sou dono de uma das imaginações mais férteis de que se tem notícia, não obstante,  jamais poderia supor que alguém um dia se viciaria em trabalhar. Isto ultrapassou sobejamente todos os limites da minha capacidade de devanear.
Todos os viciados em trabalho, acham sem exceções que são as pessoas mais saudáveis do mundo porque trabalhar é bom, é digno, enobrece, engrandece e outras baboseiras culturais repetidas à exaustão.
Se um determinado indivíduo não consegue viver e ser feliz sem trabalhar, se até aos domingos trabalha, se também trabalha nas férias e se apenas o trabalho lhe faculta bem-estar, esse cara está enfermo. E o pior desta patologia esdrúxula é que esses doentes por exercerem na grande maioria das vezes, cargos de mando, condenam toda a instituição à enfermidade. Em outras palavras, se o chefe é maluco, todo mundo tem que se tornar maluco urgentemente para agradar ao chefinho doidão. É um círculo vicioso e uma bola de neve. Parece que o Aedes aegypti do trabalho picou todo mundo.
Atualmente, só se fala em corpo. Como alimentar o corpo, como cuidar do corpo, como embelezar o corpo, como usufruir do corpo e como ser um corpo que tem um sistema nervoso central. Fala-se também, exagerada e obsessivamente em trabalhar porque o neoliberalismo nos roubou o tempo livre, o tempo de viver. Há uma relação óbvia entre o capitalismo cruel e desalmado e o trabalho-doença. E no meio desta relação está sentada a dona ganância.
As pessoas fazem uma confusão enorme entre trabalhar e viver porque estão doentes. Trabalhar  também passou a fazer parte da vida, mas viver não é trabalhar. Há milhões de coisas muito mais interessantes e saudáveis a fazer e com pouco dinheiro. Só um doente muitíssimo grave pode extraír do trabalho que estressa, desgasta, extenua, humilha, maltratada e violenta, a única e maior fonte de prazer. 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Só usamos 10% do cérebro: verdade ou mito?


Nós só usamos 10% da capacidade do nosso cérebro: verdade ou mito?
A voz de Morgan Freeman faz com que qualquer coisa pareça verdade, seja ela cientificamente plausível ou não. No filme Lucy, o personagem de Freeman cita o “fato” de que os humanos usam apenas 10% dos seus recursos cerebrais. E isso não poderia estar mais errado. Mas se está errado, por que esse mito continua sendo divulgado? E quanto da capacidade do nosso cérebro nós realmente usamos?
As origens do mito dos 10%
A ideia que os seres humanos operam com apenas um décimo de uma capacidade cerebral está por aí desde a Era Vitoriana, quando a medicina moderna ainda estava cambaleando entre ciências como a frenologia (o estudo dos crânios) ou a medicina manipulativa osteopática (holística). E como acontece com muitas das lendas urbanas, a raiz do mito dos 10% tem nada menos que meia dúzia de possíveis inventores.
A fonte em potencial mais antiga vem do trabalho de Jean Pierre Flourens, um dos pais fundadores da ciência cognitiva moderna, inventor da anestesia e o homem que provou que a consciência reside no cérebro, e não no coração. Seu trabalho pioneiro em demonstrar as funcionalidades regionais dos hemisférios do cérebro frequentemente chama uma grande parte da massa cinzenta de “córtex silencioso”, o que pode ter influenciado os pesquisadores que vieram depois a acreditar que essa região, agora conhecida como córtex associativo, não tinha função alguma.
Outra fonte do mito poderia ser o charlatanismo da Teoria da Reserva de Energia, apresentada pelos psicólogos de Harvard William James e Boris Sidis na década de 1890. A pesquisa deles, que consistiu em elevar a prodígio o filho de Sidis, William (a criança tinha um QI relatado entre 250 e 300, quase o dobro dos 160 pontos de Einstein) num ambiente de desenvolvimento acelerado. Os pesquisadores levaram o enorme intelecto da criança como prova de que todo ser humano deveria ter algumas reservas escondidas de energia mental e física. Em um ensaio chamado The Energies of Men, James afirma: “Nós só estamos fazendo uso de uma pequena parte dos nossos recursos mentais e físicos”. Essa ideia foi popularizada mais tarde por Lowell Thomas no prefácio do livro Como fazer amigos e influenciar pessoas: “O Professor William James de Harvard costumava dizer que o homem comum desenvolve apenas dez por cento de sua habilidade mental latente”.
O mito dos 10% acabou ganhando ainda mais credibilidade nas décadas de 1920 e 1930, por conta do trabalho psicólogo americano Karl Lashley. Através de suas tentativas de quantificar a relação entre massa e função no cérebro, Lashley descobriu que ratos poderiam reaprender tarefas específicas depois de terem sofrido danos no córtex cerebral. No entanto, nosso entendimento da função cerebral naquela época ainda era muito verde e as conexões que ele sugere entre a ação de massa (o aprendizado é governado pelo córtex cerebral como um todo, e não há regiões específicas para ele) e equipotencialidade (a percepção sensorial pode ser reaprendida por outras regiões do cérebro depois do dano) podem ter dado origem ao mito.
Como nós sabemos que usamos mais de 10% do nosso cérebro?
Felizmente, o campo da neurociência avançou aos trancos e barrancos desde a primeira metade do século passado e nós aprendemos que, assim como acontece com o esperma, cada célula cerebral é extremamente importante.
O cérebro humano constitui 1/40 da massa total de um ser humano, em média, mas consome um quinto das calorias que ingerimos. Do ponto de vista evolutivo, no qual todos os nossos órgãos foram criados e naturalmente selecionados ao longo de eras para a eficiência, ter um cérebro que suga 20% de nossas reservas energéticas diárias para ter uma eficiência de 10% simplesmente não faz nenhum sentido.
Pesquisas clínicas feitas nos últimos 80 anos têm trazido evidências similares. Mesmo um pequeno dano a qualquer região da sua massa cinzenta — causado por um AVC, por uma lesão ou doença — pode resultar em declínios neurológicos catastróficos. “Vários tipos de estudos de imagem cerebral mostram que nenhuma área do cérebro é completamente silenciosa ou inativa”, dizem a Dra. Rachel C. Vreeman e o Dr. Aaron E. Carrol em um estudo sobre os mitos médicos. “Uma sondagem detalhada do cérebro não foi capaz de identificar os 90% que não funcionam”.
Por outro lado, as terapias de estimulação elétrica ainda precisam descobrir quaisquer reservas de intelecto, embora a prática venha mostrando promessas para o tratamento de epilepsia e de um pequeno número de outras doenças neurológicas. Um estudo de 2008 publicado na Scientific American por Barry Gordon, um neurologista da Escola John Hopkins de Medicina, afirma inequivocamente que “virtualmente, nós usamos cada parte do nosso cérebro, e [a maior parte] do cérebro está ativa quase o tempo todo”. De fato, pesquisas com ressonância magnética e outras tecnologias de imagem têm mostrado que todo o cérebro está ativo quase o tempo todo — mesmo quando estamos fazendo tarefas de rotina.
“Vamos colocar dessa forma”, ele disse à Scientific American. “O cérebro representa 3% do peso do corpo humano e usa 20% da energia do corpo”.
Então o que aconteceria se nós realmente só usássemos 10% dos nossos cérebros?
Digamos que remover 90% do seu cérebro não fosse te matar de imediato. O que aconteceria? De acordo com a Universidade de Washington, os resultados não seriam nada legais.
Em média o cérebro humano pesa cerca de 1.400 gramas. Se 90% dele fosse removido, sobrariam cerca de 140 gramas de tecido cerebral, o que é mais ou menos do tamanho do cérebro de uma ovelha. É sabido que o dano causado a uma área relativamente pequena do cérebro — como o que acontece quando alguém tem um derrame –, pode causar deficiências devastadoras. Algumas doenças neurológicas, como o Parkinson, também afetam áreas específicas do cérebro. O dano causado por essas doenças é bem menor do que a remoção de 90% do cérebro, é óbvio.
Então é isso: elimine 90% do cérebro e você pode ser oficialmente reclassificado como uma ovelha.
Então quando você assistir a esse filme com a Scarlett Johansson ganhando poderes telecinéticos enquanto ela vai “destravando” mais e mais de seu potencial cerebral, saiba que isso é só mais uma lenda que um roteirista resolveu usar como parte de um roteiro.
Scientific American - John Hopkins University

Não gosto de conselhos nem de conselheiros

A maioria dos conselheiros e conselheiras de plantão que conheço, resolvem a vida dos outros com meia dúzia de frases. Todavia, escamoteiam uma vida privada de grandes agruras, dúvidas, perdição e infelicidade. No meu entender, trata-se de mais um transtorno, desses que ainda não foi catalogado pela DSM da Associação Americana de Psiquiatria.
O que mais me causa indignação é que o conselheiro compulsivo não está no meu lugar, físico, mental, emocional, existencial e temporal. Com que direito, uma pessoa que desconhece completamente o meu lugar ou o imagina, pode tecer comentários solenes sobre os passos do meu caminho? Seria uma forma de arrogância se não fosse já uma agressão.
O conselheiro de uma forma geral, se promove às custas das dificuldades alheias. Ao dar conselhos aos borbotões, ele se sente fortalecido, afinal, ele tem a capacidade de resolver todos os problemas do outros.( Só que os dele....) 
Os conselhos dados, ativam o sistema do seu recompensas do cérebro e o sábio de araque se beneficia com a dopamina que produz.
Mas o conselheiro tem boas intenções. Pode tê-las, mas isso não muda nada no essencial da questão.
O conselheiro compulsivo não espera que lhe peçam conselhos, ele os oferece sempre e em qualquer circunstância.
Podemos fazer comentários sobre os mais diversos assuntos. Podemos expressar sempre o nosso ponto de vista. Isto é bom e desejável.
Fazer dos comentários e opiniões emitidas, pérolas de grande saber definitivo, é o que caracteriza o conselho e é por esta razão que ele é detestável. Uma outra característica que o torna execrável é que ele é genérico, geral, comum, banal, baseado nos pressentimentos do Status Quo e por isso mesmo, ineficaz.
Há pessoas que são viciadas em conselhos porque adoram viver por procuração e têm a falsa sensação de estar usufruindo de riscos em grande promoção. Não há Black Friday para riscos existenciais. A vida dessas pessoas, geralmente é uma merda.
Com frequência, as pérolas de grande saber dos conselheiros não conseguem cair no lugar em que eu me encontro - o meu lugar.
Descobri o meu lugar no mundo ou descobri os meus lugares no mundo e a partir desta premissa, decidi o que fazer e paguei o preço do risco e continuarei a pagá-lo. Os conselhos não tornam o risco mais barato; isso é mais uma ilusão.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Ninguém se importa muito com você

Cada um de nós carrega esta culpa. Desde o momento em que acordamos, passamos os dias das nossas vidas nos importando muito mais com o que os outros pensam do que com aquilo que realmente queremos. O resultado disso é deixar de fazer muitas coisas de que gostamos, adiar sonhos ou simplesmente esquecê-los, no intuito único de agradar aos outros.
Ninguém se importa com você e isso é libertador
Em muitos momentos, nossas vidas se tornam moldadas pela forma como nós pensamos que outras pessoas nos enxergam. Será que esta roupa vai agradar aquela garota? O que meus colegas vão achar do que eu disse no Facebook? Por que será que aquelas pessoas estão falando mal de mim pelas costas? Se eu deixar este emprego, o que minha esposa, amigos e família pensarão de mim?
Com esta verdade libertadora em mãos, você precisa parar de se importar. Viver uma vida que segue padrões ideais do que as outras pessoas acham é uma péssima maneira de viver.
Isso transforma você num espectador covarde que espera as outras pessoas agirem primeiro. Faz com que você se torne um seguidor. E o pior de tudo, faz você se tornar alguém que não consegue tomar uma posição face ao que quer que seja.
Que tal transformar este dia, no último dia em que vive uma vida ditada pelos outros. A partir de hoje, você precisa seguir você mesmo. Hoje, é o momento ideal para tacar um foda-se para o que os outros pensam. Quer saber o porquê?
Por que ninguém realmente se importa com sua vida?
Você não é um cara especial. Já disse por aqui que você não foi, não é e nunca será o centro do universo; nem eu. Passamos nossos dias pensando  como outras pessoas podem estar nos julgando. Mas a verdade é que você não é tão relevante assim para atrair a atenção e os pensamentos das pessoas por muito tempo.
Um estudo feito pela National Science Foundation – dos Estados Unidos, comprovou isto. Ela descobriu que as pessoas têm, em média, 50 mil pensamentos por dia. Isto significa que, mesmo se alguém pensou em você dez vezes em 24 horas, isto representaria apenas 0,02% dos seus pensamentos diários.
Além disso, uma pessoa normal filtra seu mundo através do seu ego, o que significa que ela pensa na maioria das coisas relativas ao “eu” ou “meu”. A menos que você tenha feito algo que afete diretamente a outra pessoa, ela não vai gastar muito tempo com você em mente.
Esqueça todos e pense em alguns
É impossível viver de acordo com as expectativas de todos. Haverá sempre pessoas que iremos agradar e outras que estarão prontas a julgar nossas atitudes. Você nunca será capaz de impedir que as pessoas te julguem, mas você pode não se afetar por esses julgamentos.
Faça o prático exercício de levantar causas e opiniões sobre qualquer coisa. Você vai encontrar, em seus grupos de conhecidos, pessoas que discordam de você sempre e de qualquer maneira. Então por que não expressar o que você sente verdadeiramente?
É melhor ter o amor e o respeito de algumas pessoas de quem você gosta, do que buscar uma pseudo-unanimidade. Quem realmente te quer bem, te apoiará pelo que você é e não porque você tem a mesma opinião que ela. No fim das contas, são apenas essas pessoas que importam.
A pior estratégia
Quanto mais você se preocupar no que os outros estão pensando, mais todo mundo vai pensar alguma coisa de você. E mais, você vai se tornar obcecado por uma aprovação alheia para agir. Além de se tornar alguém complacente e conivente com todo mundo, achando que isso vai impedir que façam qualquer tipo de julgamento sobre você. E isso nunca vai acontecer.
Agora que você viu as consequências, pare de se importar com o que as outras pessoas pensam. Pode parecer difícil, mas é bem possível.
Inspirado em The Collective Intelligence