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sábado, 22 de maio de 2021

Errata

Vivemos enredados nas loucuras uns dos outros. Somos insanos por natureza. Somos um acidente da matéria. Somos um descuido cósmico. Somos um tropeço metafísico perturbador e enigmático.
Vivemos o abandono e a sofrida orfandade de quem não conhece os seus pais.
Somos uma máquina de sofrer. Somos um absurdo teimoso que insiste em achar sentidos.
Somos os patrões da inutilidade. Tantas estradas, atalhos e encruzilhadas para acabarmos podres e fétidos. Somos a erva daninha gigante e racional que devasta os lírios do mundo inteiro.

domingo, 2 de maio de 2021

Os titeriteiros

O esplêndido profeta George Orwell acertou em muita coisa, mas errou num detalhe: não é o Big Brother, são os Big Brothers.
Gostaria muito de conhecer pessoalmente os funcionários do Google, da Microsoft, do Facebook, etc.
Os gigantes das novas tecnologias se apropriaram de um poder jamais visto. Nunca ninguém teve tanto poder nas mãos. Pessoas de todas as nacionalidades, de todos os matizes, de todas as faixas etárias, imploram para ser manipuladas.
A comunicação com esses gigantes é complicada e muitas vezes, impossível. Sentimo-nos impotentes diante das façanhas dos nossos bonequeiros. Submetemo-nos de bom grado e agradecemos a dominação e o controle   com um grande sorriso nos lábios.

A guerra não é mais furtiva

Com raras exceções, os "soi-disant" sentimentos, propalados em verso e prosa, entre homens e mulheres, não passam de resíduos químicos da testosterona.
De uma forma geral, salvaguardados os casos atípicos, a relação entre homens e mulheres é uma situação de dependência química e psíquica devidamente dissimulada e orquestrada pelo folclore cultural.
Hoje, essa guerra ortodoxa e tácita não é mais furtiva. A guerra foi declarada pela terceira onda do feminismo.
Neste exato momento, os homens estão acuados, sangrando e muito assustados. As mulheres vencem e têm certeza da vitória. Todavia, a  verdadeira guerra explícita começou há pouco tempo. Que vença o mais forte.