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quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Trabalhar não é viver

O ex-presidente e atual senador uruguaio José “Pepe” Mujica participou do seminário Democracia na América Latina, promovido pelo Laboratório de Cultura Digital da Universidade Federal do Paraná, em Curitiba. Na ocasião, Mujica defendeu uma mudança na cultura para que a democracia vá além da discussão sobre gerar empregos, crescimento econômico e competitividade.
“O que temos que lutar é por uma sociedade diferente, por transformar a civilização, em que a prioridade seja viver e não trabalhar”, disse Mujica em palestra de cerca de 40 minutos.
Segundo ele, os grandes problemas da humanidade são causados pelo fato de a cultura consumo ser o foco das prioridades políticas. “O homem tem os recursos para varrer a miséria de todo o mundo. Basta que esta seja a prioridade. Já tem os recursos. Não há problema ecológico, há problema político”, disse.
Mujica aponta que a “democracia do consumo” leva os indivíduos a viver para trabalhar. “As pessoas dedicam toda a sua vida ao trabalho, a produzir riqueza, para poder consumir, para gerar esse crescimento econômico. Mas a vida não é só trabalho. É preciso viver, é preciso amar, é preciso ser feliz, precisa-se de tempo para viver amar e ser feliz. Ninguém compra cinco anos de vida no supermercado”, disse. “Ou você luta para mudar a sociedade, construir uma civilização para a felicidade e que se torne o motor principal e não o mercado, ou será cooptado por uma multinacional”, complementou.
O senador ainda conclui afirmando que o cidadão foi transformado em uma “máquina de consumismo”. “A acumulação capitalista necessita que compremos, compremos e gastemos e gastemos. Vendem mentiras até que te tiram o último dinheiro. Essa é a nossa cultura e a única saída é a contracultura”.
*Com informações do Paraná Portal

sábado, 2 de novembro de 2019

Os mendigos do afeto

Tanta arrogância, tantas peripécias, tantas acrobacias, tanto circo, tanta dissimulação, tanta mentira e o que as pessoas querem de fato é só um pouquinho de afeto.
Tanta fúria, tanto ódio, tanta luta e o que as pessoas querem é só um pouquinho de afeto. 
Tanto sofrimento, tantas brigas, tanta estupidez e o que as pessoas querem é só um pouquinho de afeto.
Tanto tempo desperdiçado, tanto sofrimento, tantas guerras, tanta inveja e o que as pessoas querem mesmo, é só um fragmento de afeto.
E o mais dramático é que são poucos os que têm um grão de afeto para doar.