15. SÍNDROME DA REDUÇÃO GENITAL
Também conhecido como koro, esse distúrbio mental deixa a pessoa
convencida de que seus genitais estão desaparecendo. A maioria dos casos
até hoje foi relatada em países da Ásia ou da África, e em muitos deles
a síndrome parece ter sido contagiosa! Um dos episódios mais estranhos
ocorreu em Cingapura, em 1967, quando o serviço de saúde local registrou
centenas de casos de homens que acreditavam que seu pênis estava
sumindo. Um único caso da síndrome da redução genital foi registrado até
hoje no Brasil, no Instituto de Psiquiatria da USP. Convencido de que
seu pênis estava sumindo, o doente tentou se matar com duas facadas no
abdômen!
14. SÍNDROME DE ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS
Doença que provoca distorções na percepção visual da vítima, fazendo
com que alguns objetos próximos pareçam desproporcionalmente minúsculos.
O distúrbio foi descrito pela primeira vez em 1955, pelo psiquiatra
inglês John Todd, que o batizou em homenagem ao livro de Lewis Carroll.
Na obra, a protagonista Alice enxerga coisas desproporcionais, como se
estivesse numa “viagem” provocada por LSD. As vítimas da síndrome também
vêem distorções no próprio corpo, acreditando que parte dele está
mudando de forma ou de tamanho.
13. PICA
Esse nome também estranho não tem nada de pornográfico: pica é uma
palavra latina derivada de pêga, um tipo de pombo que come qualquer
coisa. E a pica a síndrome, é claro… faz exatamente isso: a pessoa sente
um apetite compulsivo por coisas não comestíveis, como barro, pedras,
tocos de cigarros, tinta, cabelo… O problema atinge mais grávidas e
crianças. Após comerem muita porcaria involuntariamente, os glutões
ficam com pedras calcificadas no estômago.Em 2004, médicos franceses
atenderam um senhor de 62 anos que devorava moedas. Apesar dos esforços,
ele morreu. Com cerca de 600 dólares no estômago…
12. MALDIÇÃO DE ONDINA
O nome bizarro é uma referência a Ondina, ninfa das águas na
mitologia pagã européia. A doença, mais estranha ainda, faz com que as
vítimas percam o controle da respiração. Se não ficar atento, o sujeito
simplesmente esquece de respirar e acaba sufocado! A síndrome foi
descoberta há 30 anos e já existem cerca de 400 casos no mundo.
Pesquisadores do hospital Enfants Malades, de Paris, acreditam que a
doença esteja relacionada com um gene chamado THOX2B. O sistema nervoso
central se descuida da respiração durante o sono e o doente precisa
dormir com um ventilador no rosto para não ficar sem ar!
11. SÍNDROME DE CAPGRAS
A Síndrome de Capgras (ou Delírio de Capgras) é um raro distúrbio no
qual uma pessoa sofre de uma crença ilusória de que um conhecido,
normalmente um cônjuge ou outro membro familiar próximo, foi substituído
por um impostor idêntico. A síndrome de Capgras é classificada numa
categoria de crenças ilusórias envolvendo erros de identificação a
respeito de pessoas, lugares ou objetos. Pode ocorrer de forma aguda,
passageira ou grave.
A ilusão é mais comum em pacientes com
diagnóstico de esquizofrenia, embora possa ocorrer em variadas
condições, como dano cerebral e demência.[1] Embora seja comumente
chamada de síndrome por poder ocorrer com ou paralelamente a várias
outras desordens e doenças, alguns pesquisadores argumentam que deveria
ser considerada mais um sintoma de algo do que uma síndrome em si mesma.
10 TOC: TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO
Quem não tem a sua mania? O TOC atinge boa parte da população,
entretanto em um nível moderado onde as manias não passam a interferir
significativamente na vida das pessoas. Mas, o que é o TOC?
O
Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) consiste na combinação de
obsessões (pensamentos recorrentes e insistentes que se caracterizam por
serem desagradáveis, repulsivos ou contrários à índole do paciente) e
compulsões (comportamentos estereotipados, repetitivos, desagradáveis e
inúteis).No Transtorno Obsessivo- Compulsivo as obsessões vêm
acompanhadas de compulsões, pois as pessoas com TOC tentam afastar suas
obsessões pondo em prática algumas compulsões, como por exemplo:
Lavar as mãos constantemente, a ponto de torná-las avermelhadas e inflamadas;
Verificar incessantemente se desligou o fogão ou o ferro, devido a um temor excessivo de incendiar a casa;
Contar certos objetos sem parar, por uma obsessão de vir a perdê-los.
Uma vez que sabe do absurdo ou exagero de seus comportamentos os
pacientes podem tentar evitar os pensamentos intrusivos e as compulsões,
o que causa uma tensão insuportável, motivo pelo qual acabam cedendo às
compulsões.
Os sintomas do TOC provocam angústia, consomem tempo e
podem interferir de maneira significativa no trabalho, na vida social e
nos relacionamento pessoais do portador. Como não sabem o que está
acontecendo, muitos temem estar enlouquecendo, sentem vergonha e por
isso são discretos com relação aos seus sintomas obsessivos e
compulsivos, preferindo ocultá-los a procurar ajuda especializada.
Existem
diversos relatos de pessoas com essa doença na internet. Boa parte das
pessoas tem vergonha de falar sobre esse transtorno e por isso a doença
alcança o estágio avançado, como no caso da senhora que não dormia
porque tinha que olhar embaixo dos móveis e atrás das portas ou do homem
que se jogou do segundo andar do prédio porque tinha medo dos possíveis
micróbios na fechadura da porta o que o impedia de sair de seu
apartamento. Outro caso interessante foi o do sujeito conhecido como
“Homem Lixo”, que tinha a mania de recolher todo o lixo que encontrava
em seu caminho e levar para seu apartamento: depois de 2 anos, os
moradores do prédio não agüentavam mais o “odor agradável” saindo do
residência do individuo e conseguiram um mandato para invadir a mesma.
Encontraram uma montanha de lixo por todas as repartições da casa e
segundo os laudos da polícia, já fazia dois anos que o sujeito recolhia o
lixo e trazia para seu lar.
9. Paramnésia Reduplicativa
A paramnésia reduplicativa é a crença de que um local foi duplicado,
existindo simultaneamente em dois ou mais lugares, ou que foi movido
para algum outro lugar. Por exemplo, uma pessoa pode não acreditar que
está no hospital no qual foi internada, mas sim em um outro hospital,
idêntico ao primeiro, mas localizado em outro lugar do país.
8. Síndrome da Explosão na Cabeça
Quem sofre da Síndrome da Explosão na Cabeça leva sustos
avassaladores com ruídos que ninguém mais ouve. A Síndrome da Explosão
na Cabeça geralmente é causada por estresse ou fadiga.
A pessoa, sem
mais nem menos, passa a ouvir explosões que só ela escuta porque as
explosões em questão só acontecem dentro da cabeça delas. Não existe dor
no processo, mas que dá medo, dá.
Principalmente porque as crises têm a tendência a começar depois da segunda ou terceira hora de sono.
Imagina você acordar com a explosão de uma bomba que estourou só na sua cabeça?
7. Síndrome de Cotard
Quem sofre dessa doença tem o hábito de achar que é um morto-vivo. As
pessoas que sofrem da síndrome do cadáver ambulante tem a peculiaridade
de acharem que estão mortas. Eles também têm o hábito de achar que
estão apodrecendo, acham que todo mau cheiro do mundo vem deles e que
partes de seu corpo – internas ou externas – se perderam. Tirando isso,
são gente boa. Claro: nas ocasiões em que eles admitem que existem,
porque, na maioria das vezes, eles pensam que não existem não.
É
conhecida como Síndrome de Cotard por causa de Jules Cotard, o
neurologista francês esta é uma síndrome que é resultante de dano
cerebral ou de distúrbio mental.
6. Síndrome da Excitação Sexual Persistente
Recentemente reconhecida como tal pela literatura médica, a Síndrome
da Excitação Sexual Persistente é justamente isso: uma excitação que não
acaba mais e que não tem absolutamente nada a ver com desejo sexual.
Foi documentada em 2001 pela médica norte-americana Sandra Leiblum.
Como
se não bastasse ela ser uma síndrome raríssima, as pessoas que sofrem
com esse problema raramente procuram ajuda. Há dois anos, uma inglesa
chamada Sarah Carmen, de 24 anos, declarou publicamente sofrer da
Síndrome da Excitação Sexual Permamente e saiu em todos os jornais do
mundo – ela diz ter 200 orgasmos por dia e que isso é chato.
Ela não
pode beber, não pode ir a lugar onde toque música alta e, durante a
entrevista que deu ao jornal News Of The World, ela diz ter tido oito
orgasmos.
5. Sindrome da Mão alienígena
Por causa do filme de Stanley Kubrick, estrelado por Petter Sellers,
esta síndrome também é conhecida como Síndrome do Doutor Strangelove.
Parece brincadeira, mas a pessoa que sofre dessa desordem neurológica
pode, do nada, começar um quebra pau contra uma de suas mãos. A coisa
chega em um nível tão inacreditável que a tal mão alienígena pode,
inclusive, tentar estrangular o seu dono. Ela pode ser causada por um
derrame, por aneurisma ou trauma. Seus sintomas podem ser combatidos,mas
o distúrbio, em si, não tem cura.
4. Delírio de Fregoli
A síndrome caracteriza-se como uma condição na qual a pessoa acredita
que um ou mais pessoas que lhe são familiares (conhecidas), usualmente
perseguidores, repetidamente modificam sua aparência e passam a ocupar
outros postos, por exemplo: de médico, carteiro, vendedor, etc.
Portanto, para o portador da síndrome justificando como é possível ao
seu perseguidor estar nos diversos ambientes dele, disfarçado.
É claramente uma idéia delirante de perseguição. Portanto espera-se
encontrá-la em pessoas que estejam psicóticas: transtorno delirante
persistente e principalmente esquizofrenias.
A síndrome recebeu este nome em homenagem ao ator italiano Leopoldo
Fregoli, (1867-1936) capaz de em suas apresentações encenar desde um
monólogo até uma ópera, sendo ele o único ator e cantor do espetáculo.
Deu origem ao transformismo no teatro, tamanha a sua habilidade para
interpretar diversos personagens como ator e cantor.
É importante estabelecer um diagnóstico diferencial entre a Síndrome
de Fregoli e a Intermetamorfose. Enquanto na primeira as pessoas
modificariam apenas sua aparência física, seria um disfarce externo, na
Intermetamorfose a transformação seria completa, isto é, também interna,
transformando a personalidade também.
3. Prosopagnosia
Prosopagnosia é uma deficiência da percepção que afeta o sistema
nervoso. Basicamente, as pessoas que sofrem com esse problema têm
dificuldade em reconhecer os rostos de pessoas ao seu redor – já que
essa tarefa seria responsabilidade de uma área específica do cérebro
que, nos doentes, estaria danificada.
A doença foi estudada no século
XVIII por vários cientistas, e o termo prosopagnosia foi criado em 1947
pelo neurologista alemão Joachim Bodamer. É a junção das palavras
gregas prosopon (que significa lado) e agnosia (que significa
conhecimento). Desde aquela época centenas de casos foram reportados.
Pessoas que sofrem com essa doença normalmente têm dificuldade em
reconhecer
outros, mesmo que os tenham encontrado várias vezes. A maioria dos
casos acontece depois de um trauma na cabeça, derrames ou doenças
degenerativas.
“O homem que confundiu sua esposa com um chapéu” é o
nome de um livro sobre a prosopagnosia escrito pelo neurologista Oliver
Sacks. O caso mais trágico retratado no livro é sobre um músico que não
sabia que possuía esse defeito. Ele realmente confundiu sua esposa com
um chapéu e tentou colocá-la na cabeça (como, só é possível imaginar).
Também
conhecida como cegueira facial, a prosopagnosia é, normalmente,
acompanhada de outros tipos de dificuldade de reconhecimento (plantas,
carros, expressões faciais e emoções). A doença pode criar vários
problemas sociais e, em casos mais extremos, os pacientes têm
dificuldades até para reconhecer a própria imagem em um espelho.
2. Sindrome de Korsakov
A síndrome de Korsakov (ou Korsakoff) é uma neuropatologia associada à
carência de Vitamina B1 (tiamina), traumas cranianos,encefalite
herpética, intoxicação pelo monóxido de carbono e indiretamente mas
muito comumente ao alcoolismo agudo, pois o álcoolprejudica a capacidade
do organismo de absorver a Vitamina B1. Essa vitamina está associada à
transformação do ácido pirúvico, que por sua vez realiza transformações
bioquímicas de proteínas, gorduras e especialmente hidratos de carbono,
sendo que em sua ausência as células nervosas são as mais afetadas.
Os
sintomas da Síndrome de Korsakov são a amnésia anterógrada, amnésia
retrógrada e muito comumente a confabulação e uma desorientação
temporoespacial. Acompanham esses sintomas uma severa apatia e
desinteresse por parte do doente, que muitas vezes não é capaz de ter
consciência de sua condição.
A amnésia anterógrada está relacionada
com o comprometimento da memória de curto prazo, ou seja, o doente se
torna incapaz de formar novas memórias a partir do momento em que
desenvolve a doença, e a amnésia retrógrada está relacionada à memória
de longo prazo, assim o doente perde grande parte da memória que havia
se formado antes da doença. É baseado nessa severa condição que o
neurologista Oliver Sacks (em “O homem que confundiu sua mulher com um
chapéu”) relaciona a síndrome de Korsakov à perda da identidade, pois
vítima de uma amnésia retro-anterógrada o doente perde por inteiro sua
linha biográfica, sua história, e permanece incapaz de construir outra,
sendo obrigado a viver como uma pessoa sem história de vida. Essa linha
seria fundamental para a formação do senso de identidade na consciência.
Como
conseqüência desse severo quadro é que ocorre a confabulação, que seria
uma tentativa do doente de preencher suas lacunas mnemônicas com
imaginações e ficções aparentemente verossímeis, nas quais ele próprio
poderia acreditar. Outra conseqüência seria a desorientação
temporoespacial, claramente causada pela incapacidade da pessoa de
marcar sua existência no tempo.
Há casos avançado, porém raros , onde
o comportamento dessa doença se assemelha a doença fictícia “Sindrome
de Goldfield” que é base do filme estrelado por Adam Sandler e Drew
Barrymore, “Como se fosse a primeira vez”.
1. Coprolalia
Coprolalia é a tendência involuntária de proferir palavras obscenas
ou fazer comentários geralmente considerados socialmente depreciativos
e, portanto, inadequados. Coprolalia pode fazer referência a excremento,
genitais ou atos sexuais.
Coprolalia é uma característica rara de
pessoas afetadas pela síndrome de Tourette e pela síndrome de
Lesch-Nyhan. Coprolalia é um termo emprestado do idioma grego (ou
κόπρος) que significa “fezes” (dejetos fecais) e λαλία, que significa
“tagarelas, conversa sem sentido”. Coprolalia comporta todas as palavras
e frases que são consideradas tabus sociais ou que são tidas como
inaceitáveis fora de certos contextos. O termo coprolalia não é
utilizado para descrever xingamentos contextualizados. Coprolalia
geralmente é expressada fora de contexto social e emocional. A cadência,
o tom e o nível da voz podem ser mais diferentes do que ocorre
normalmente na pessoa afetada por essa condição.
A verbalização de
palavras tidas por obscenas em grande maioria dos casos tem que ver com o
contexto psìquicoemocional a que o indivíduo acometido pelo distúrbio
possa estar inserido.
Em certos casos a pessoa com coprolalia
consegue repetir as palavras características de sua condição em sua
mente. No entanto, essas subvocalizações podem ser extremamente
angustiantes.