O sagrado direito ao autoelogio

Considerando que o bando é bandido e que existem milhões para fazer a tua caveira, tu tens todo o direito de fazer elogios a ti mesmo.

O bando detesta autoelogios porque ao enalteceres-te, tu retiras todo o poder que o grupo acha que tem sobre ti.

Sem esse poder de te engrandecer ou de te destruir com palavras, o bando fica desnorteado e enraivecido.

Todos sabem que a crítica tem a velocidade da luz e o apreço tem a lentidão e a demora de um cágado.

Então, caro amigo, sempre que achares que mereces manifesta sem pudores toda a estima que tens por ti e ponto final.

É tudo muito simples e muito descomplicado

Existem diversas identidades de gênero. Os mais conhecidos são  o masculino e o feminino. Além desses, ainda temos o transgênero, o gênero neutro, o não-binário, o agênero, o pangênero, o genderqueer, o two-spirit, o terceiro gênero e todos, nenhum ou uma combinação dos anteriores.

Afinal quem são os loucos?

A grande maioria da população mundial vive em um mundo criado por Deus e à luz dos livros sagrados.( Mais de 90%). 

O mundo é um lixo, ainda que esse Deus seja verdade, amor e misericórdia. Todo mundo sabe disso.

Como um Deus onisciente, onipresente e onipotente compactua com tamanha podridão? Segundo dizem, ele sabe de tudo, está em toda a parte e detém todo o poder e não se manifesta; um Deus injusto e estranho. Há também os que se refugiam no mistério para explicar e justificar todo este lodaçal.

O espertinho do Santo Agostinho inventou o livre-arbítrio para colocar a culpa nos humanos. Só que livre-arbítrio não existe; é uma falácia gigantesca.

Este mundo com Deus, Jesus, Maomé, a Virgem e toda a multidão de entes "espirituais" não faz muito sentido.

Em contrapartida, temos um mundo sem Deuses, sem entidades espirituais que é o mesmo lixo do mundo supra citado.

À luz da história da humanidade, sem o auxílio dos livros sagrados, é possível concluir que se Deus criou o ser humano, Ele criou um demônio heterodoxo.

Leiam a história do ser humano neste planeta com vontade de ver e de enxergar e digam alguma coisa.

A burocracia digital

O ser humano, minha maior obsessão, não consegue mudar. No essencial é sempre a mesma coisa.

Escapamos da burocracia analógica e despencamos na burocracia digital. São códigos de identificação, senhas, logins, inteligências artificiais burras, robôs, sequências numéricas, gravações, filmes, provas de que você é você mesmo, desconfianças sem fim e muito estresse.

O mundo não se dá conta que envernizar a merda não a torna uma obra-prima revolucionária e transformadora.

Complementares e suplementares

Desde muito cedo nos incutem a ideia de que somos incompletos. Essa é uma das maiores mentiras difundidas no planeta. Mais falsa do que isso só a frase: "Gentileza gera gentileza".

Consumimos a nossa existência em dependências infindáveis. Procuramos o que tanto nos falta.

Esse pensamento infame de incompletude inexorável, já foi fomentado há 2400 anos no Banquete de Platão. O célebre discurso de Aristófanes faz a apologia do inconcluso, do mutilado, do deficiente. Essa passagem também é conhecida como o mito das almas gêmeas.

Que não se confunda nunca complemento com suplemento. Complemento é uma parte essencial que falta. Suplemento é algo mais, é um extra.

Perdi décadas da minha vida em busca de complementos, em busca da companhia que não existe porque sou só. 

Hoje, não quero mais ser complementado. Eu sou completo como sempre fui. E isto não é arrogância nem auto-suficiência, isto é um libelo contra as dependências e a infelicidade.

Eduquem os seres humanos para a autonomia. Instruam as pessoas para refletirem e para se descobrir. Convençam os habitantes deste planeta que a felicidade tem a nossa impressão digital e se fabrica no nosso próprio âmago. A felicidade não vem a nós; a felicidade vem de nós.

Se as pessoas são incapazes de produzir felicidade genuína nas suas mentes ímpares e singulares, isso é outra história.

Amores e amigos são suplementos e suplementos eu sempre aceito.