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domingo, 21 de junho de 2015

VIVEMOS O FIM DO FUTURO

Zygmunt Bauman: "Vivemos o fim do futuro"
O sociólogo polonês denuncia a perda de referências políticas, culturais e morais da civilização e diz que só os jovens, com sua indignação, poderão resistir à banalização
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Em 1963, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman foi censurado e afastado da Universidade de Varsóvia por causa de suas ideias, consideradas subversivas no comunismo. Hoje, aos 88 anos, imigrante em Londres, é considerado um dos pensadores mais eminentes do declínio da civilização. Ele ainda dá aulas na London School of Economics, ministra palestras pelo mundo inteiro e publicou quatro dezenas de livros que viraram best-sellers. Seus 32 títulos lançados no Brasil venderam 350 mil exemplares. O mais recente é Vigilância líquida (Zahar, 160 páginas, R$ 36,90). Bauman é autor do conceito de “modernidade líquida”. Com a ideia de “liquidez”, ele tenta explicar as mudanças profundas que a civilização vem sofrendo com a globalização e o impacto da tecnologia da informação. Nesta entrevista, ele fala sobre como a vida, a política e os padrões culturais mudaram nos últimos 20 anos. As instituições políticas perderam representatividade porque sofrem com um “deficit perpétuo de poder”. Na cultura, a elite abandonou o projeto de incentivar e patrocinar a cultura e as artes. Segundo ele, hoje é moda, entre os líderes e formadores de opinião, aceitar todas as manifestações, mas não apoiar nenhuma.
ÉPOCA – De acordo com sua análise, as pessoas vivem um senso de desorientação. Perdemos a fé em nós mesmos?
Zygmunt Bauman – Ainda que a proclamação do “fim da história” de Francis Fukuyama não faça sentido (a história terminará com a espécie humana, e não num momento anterior), podemos falar legitimamente do “fim do futuro”. Vivemos o fim do futuro. Durante toda a era moderna, nossos ancestrais agiram e viveram voltados para a direção do futuro. Eles avaliaram a virtude de suas realizações pela crescente (genuína ou suposta) proximidade de uma linha final, o modelo da sociedade que queriam estabelecer. A visão do futuro guiava o presente. Nossos contemporâneos vivem sem esse futuro. Fomos repelidos pelos atalhos do dia de hoje. Estamos mais descuidados, ignorantes e negligentes quanto ao que virá.
ÉPOCA – Segundo o senhor, a decadência da política acontece desde o século passado. A situação piorou agora?
Bauman – A decadência da política é causada e reforçada pela crise da agenda política. As instituições amarram o poder de resolver os problemas à política. Ela seria capaz de decidir que coisas precisariam ser feitas. Nossos antepassados conceberam uma ordem que dependia dos serviços do Estado-nação. Mas essa ordem não é mais adequada aos desafios postulados pela contínua globalização de nossa interdependência. Com a separação do poder e da política, a gente se encontra na dupla situação de poderes livres do controle político e da política que sofre o deficit perpétuo do poder. Daí a crise de confiança nas instituições políticas, uma vez que a política investiu nos parlamentos e nos partidos para construir a democracia como atualmente a compreendemos. Mais e mais pessoas duvidam que os políticos sejam capazes de cumprir suas promessas. Assim, elas procuram desesperadamente veículos alternativos de decisão coletiva e ação, apesar de, até agora, isso não ter representado uma alteração efetiva.
ÉPOCA – As redes sociais aumentaram sua força na internet como ferramentas eficazes de mobilização. Como o senhor analisa o surgimento de uma sociedade em rede?
Bauman – Redes, você sabe, são interligadas, mas também descosturadas e remendadas por meio de conexões e desconexões... As redes sociais eram atividades de difícil implementação entre as comunidades do passado. De algum modo, elas continuam assim dentro do mundo off-line. No mundo interligado, porém, as interações sociais ganharam a aparência de brinquedo de crianças rápidas. Não parece haver esforço na parcela on-line, virtual, de nossa experiência de vida. Hoje, assistimos à tendência de adaptar nossas interações na vida real (off-line), como se imitássemos o padrão de conforto que experimentamos quando estamos no mundo on-line da internet.
ÉPOCA – Os jovens podem mudar e salvar o mundo? Ou nem os jovens podem fazer algo para alterar a história?
Bauman – Sou tudo, menos desesperançoso. Confio que os jovens possam perseguir e consertar o estrago que os mais velhos fizeram. Como e se forem capazes de pôr isso em prática, dependerá da imaginação e da determinação deles. Para que se deem uma oportunidade, os jovens precisam resistir às pressões da fragmentação e recuperar a consciência da responsabilidade compartilhada para o futuro do planeta e seus habitantes. Os jovens precisam trocar o mundo virtual pelo real.
"Para mudar o mundo,
os jovens precisam trocar
o mundo virtual pelo real"

ÉPOCA – Como o senhor vê a nova onda de protestos na Europa, no Oriente Médio, nos Estados Unidos e na América Latina, que aumentou nos últimos anos?
Bauman – Se Marx e Engels escrevessem o Manifesto Comunista hoje, teriam de substituir a célebre frase inicial – “Um espectro ronda a Europa – o espectro do comunismo” – pela seguinte: “Um espectro ronda o planeta – o espectro da indignação”. Esse novo espectro comprova a novidade de nossa situação em relação ao ano de 1848, quando Marx e Engels publicaram o Manifesto. Faltam-nos precedentes históricos para aprender com os protestos de massa e seguir adiante. Ainda estamos tateando no escuro.
ÉPOCA – O senhor afirma que as elites adotaram uma atitude de máximo de tolerância com o mínimo de seletividade. Qual a razão dessa atitude?
Bauman – Em relação ao domínio das escolhas culturais, a resposta é que não há mais autoconfiança quanto ao valor intrínseco das ofertas culturais disponíveis. Ao mesmo tempo, as elites renunciaram às ambições passadas, de empreender uma missão iluminadora da cultura. A elite deixou de ser o mecenas da cultura. Hoje, as elites medem sua superioridade cultural pela capacidade de devorar tudo.
ÉPOCA – Essa diluição dos valores explica por que artistas como Damian Hirst e Jeff Koons buscam mais fama do que reconhecimento artístico?
Bauman – Prefiro não generalizar sobre esse tema. Os artistas, suas performances e produtos são hoje em dia muitos e diferentes, e os veredictos apressados são equivocados. Pessoalmente, detesto e me aborreço com os Damiens Hirsts, Jeff Koons e similares. Mas eles são ostensivamente sustentados pelas correntes e modas guiadas pelo mercado. Os mercados usurparam o mecenato das artes das igrejas e dos Estados. Por isso, o meio é realmente a mensagem da arte contemporânea.
ÉPOCA – Como diz o crítico George Steiner, os produtos culturais hoje visam ao máximo impacto e à obsolescência instantânea. Há uma saída para salvar a arte como uma experiência humana importante?
Bauman – Bem, esses produtos se comportam como o resto do mercado. Voltam-se para as vendas de produtos na sociedade dos consumidores. Uma vez que a busca pelo lucro continua a ser o motor mais importante da economia, há pouca oportunidade para que os objetos de arte cessem de obedecer à sentença de Steiner...
ÉPOCA – O senhor diz que a cultura se tornou dependente da moda. Por que isso ocorre?
Bauman – Modas vêm e vão e são tão velhas quanto a cultura, tão antigas quanto o homo sapiens... O que a fez tão espetacularmente presente em nossa vida diária é o impacto combinado da comunicação digital em tempo real e da produção em massa com a associação entre butiques de alta-costura e grandes redes de lojas. As manifestações culturais e artísticas são arrastadas pelo motor da moda.
ÉPOCA – A moda pode dar sentido à vida das pessoas?
Bauman – A moda tem seus usos e uma demanda enorme e crescente. Ela fornece um modelo para a constante troca de identidades de nosso mundo. Funciona também como antídoto contra o horror de falhar num mundo em alta velocidade e contra o resultante abandono e degradação social. Não há nada de inútil na moda. Pelo contrário, é uma necessidade num mundo de flutuação e desorientação.
ÉPOCA – Seus livros parecem pessimistas, talvez porque abram demais os olhos dos leitores. O senhor é pessimista? Ou busca a alegria de alguma forma, apesar de todos os problemas?
Bauman – A meu ver, os otimistas acreditam que este mundo é o melhor possível, ao passo que os pessimistas suspeitam que os otimistas podem estar certos... Mas acredito que essa classificação binária de atitudes não é exaustiva. Existe uma terceira categoria: pessoas com esperança. Eu me coloco nessa terceira categoria. De outra forma, não veria sentido em falar e escrever...


Fonte: Revista Época

sexta-feira, 19 de junho de 2015

ACABARAM COM A TRISTEZA

 O PADRÃO ALEGRIA, ALEGRIA
Logo agora que eu até gostaria de curtir uma tristeza legal, numa nice.... Não posso mais  ficar triste. Os malucos de sempre e de plantão, medicalizaram e patologizaram a tristeza.  A tristeza virou doença grave.
Odeio a psiquiatria. Sempre fui anti-psiquiatra. Como ousa a psiquiatria perverter e corromper um dos sentimentos mais naturais e legítimos da espécie humana? Quanta audácia! A ciência e a religião competem em arrogância.
O Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais 5.ª edição ou DSM-5 da Associação Americana de Psiquiatria, pontifica que se você ficar mais de DUAS SEMANAS "triste" por causa da morte de um ente querido, você passa a fazer parte do espectro dos deprimidos. O luto também foi medicalizado. Quem esses caras pensam que são? Então existem padrões para os sentimentos humanos? Que loucura hedionda!
Tudo pode ser curado. As dores da alma já têm cura. A alma já não é a mesma. Hoje, a alma é um laboratório manipulável de reações químicas. A que ponto chegou a insensibilidade dos meus contemporâneos!
E se eu quiser chorar dias a fio? Não posso? E se o meu espírito for um manto gigantesco de névoas sobrepostas? E se o meu coração tiver mudado de cor e for cinza escuro para sempre? Não pode? Há muita coisa bela nas adjacências da tristeza. Mas isso é só para poetas e similares. Os cientistas não alcançam isso, coitados!
Tenho que sentir, respeitando e seguindo os padrões da psiquiatria pós moderna.
A ciência quer nos obrigar a ser alegres ainda que essa alegria seja medicamentosa e falsa.  A alegria de laboratório é ridícula e vergonhosa! Esta é uma das desvantagens da longevidade. Viver muito, pode não valer muito a pena. Acabaram com a tristeza.  
De repente, acabam com o amor e com todos os sentimentos nobres que ainda restam. Estão acabando com a nossa capacidade de sentir livremente. Vivemos a ditadura do bobo alegre.
É muito mais negócio morrer cedo. O que será que ainda me espera neste mundo de psicóticos? Maluco com autoridade institucional é um dos piores delinquentes que existe. Pior que o maluco institucional, só o maluco armado de metralhadora. Não podemos fazer quase nada contra a loucura institucional.
É assim, Joaquim! Quando bater aquela tristeza dilacerante e já familiar, liga para o psiquiatra e descobre que estás apenas deprimido. Nada  demais. 
A morte do teu pai já tem solução. Toma um remedinho que passa. Senhores malucos americanos, constato que o imperialismo já chegou à esfera da loucura de manicômio. Fiquem sabendo no entanto, que a saudade e a tristeza que sinto pela perda do meu pai não passará jamais. Exijo muito respeito pelos meus sentimentos. Quanto aos comprimidinhos, existem orifícios fisiológicos alternativos para consumi-los que não seja a boca.  Alegria, alegria....

quinta-feira, 18 de junho de 2015

A MENTIRA DO LIVRE-ARBÍTRIO

Existem centenas de tratados escritos sobre o livre- arbítrio. É um dos temas favoritos dos teólogos. A invenção do livre-arbítrio é uma tentativa exitosa de culpar o indivíduo pelas desditas da existência.
Se bem analisado, o arbítrio nunca é livre. Arbítrio, sim. Livre, nunca. Ninguém escolhe e delibera em condições ideias de pressão, temperatura, oxigênio e umidade. Logo o arbítrio não é livre; é condicionado (amarrado) a múltiplos fatores, muitas vezes trágicos e dramáticos.
Qaundo eu nasci, já estava tudo pronto. Todos os códigos, regulamentos e convenções já haviam sido criados. Que arbítrio tenho eu para contestar essa quantidade incomensurável de práticas culturais asquerosas que se sedimentaram na sociedade humana? A extensão da liberdade do meu arbítrio é ínfima e precária.
Os defensores do livre-arbítrio querem que eu assuma toda a responsabilidade pelas desgraças que eventualmente se abaterem sobre mim. Eu refuto esta responsabilidade. Eu não responsável ou culpado sózinho. Muito mais culpada é esta parafernália de valores confusos, condutas infelizes, códigos absurdos e regras idiotas contra as quais eu não tenho nenhum arbítrio; muito menos livre- arbítrio.
Os nossos companheiros de infortúnio também chamados de nossos "semelhantes", enchem a boca para falar de livre-arbítrio e com este argumento ridículo pretendem encerrar qualquer polêmica. A polêmica está muito longe  de acabar.
A nossa capacidade de decidir raríssimas vezes é livre. Que se mude a expressão e que se passe a denominar esta faceta da atividade humana de "arbítrio condicionado ou arbítrio acorrentado."

segunda-feira, 15 de junho de 2015

O PRAZER DE SER PISADO POR UMA GOSTOSA

Acho que estava em lugar inadequado. Estava namorando alguns arranjos florais. Arranjos florais para macho? Acho que isso não existe. O que pode existir é abandonar de vez os estereótipos. A minha vida se resume nisso; uma luta renhida e inglória contra os clichés. E até acho que vou perder essa guerra, mas como eu sou o herói da minha própria história, vou continuar na batalha.
Mas então, estava eu na rua Buenos Aires, apreciando arranjos florais made in china, (reconheço as evidências da minha decadência, mas no fundo é coisa de menino) quando de súbito, levei uma pisada olímpica no meu velho sapato estilo anos 70. Eu só não urrei de dor para salvaguardar obediente as exigências culturais do macho resistente.
Diante de mim estava ereta, altiva e atrevida, nada mais nada menos que "a gostosa". Usava um short sumaríssimo. Com um pouco de imaginação dava para ver os contornos da virilhas. Na coxa direita, exibia uma tatuagem gigantesca que ocupava quase toda aquela estrutura inflada, musculada, anabolizada, talvez. Os seios pareciam que iam tentar a qualquer momento, uma fuga espetacular daquela blusa prisional. Os peitos de uma mulher assim, só param quietos numa blusa de segurança máxima.
Olhei pra aquilo tudo e indaguei:
- Você não vai me pedir desculpas?
- Desculpa? Por quê?
- Porque você me pisou e me machucou
- Hum, tadinha da bichinha!
- Bichinha? Mas eu não sou viado, não.
- Não é viado....... vendo as florzinhas?!
- Florzinhas?
- É. Você viado. Você não gosta de mulher seu filho da puta! - disse aos brados
- Eu não sou viado, não. 
O escândalo era de tal monta que as donas do estabelecimento pediam para que ela se calasse. Ela gritava tanto que eu só conseguia dizer em minha defesa que não era viado.
Não adiantou nada. Macho que é macho mesmo, adora uma pisada com salto e tudo, bem em cima de todos os dedos, incluindo o mindinho.

sábado, 13 de junho de 2015

PALAVRAS LIMPAS E MENTES VAZIAS

OS LUSTRADORES DE PALAVRAS
Vivemos uma época final. Esgotadas todas as tentativas  de mudança verdadeira de pensamentos e comportamentos, resolveu-se não sei por que cargas d'água, atacar as palavras.
Imagina-se que ao mudar uma palavra ou expressão, muda-se por milagre e automáticamente o  pensamento e/ou comportamento atrelado a esse vocabulário.
Encontraram a solução mais fácil, infantil e falsa. A palavra afro-descendente não é capaz por si só de atenuar ou aniquilar o preconceito racial. Delira quem acha o contrário. E o delírio não só é permitido como é estimulado. A expressão " portador de necessidades especiais" não altera absolutamente nada na mente e na memória de quem discrimina gente diferente. Há centenas de exemplos como estes, mas vou ficar por aqui.
O cúmulo da loucura é pretender revolucionar pelo invólucro. Estamos em plena "Revolução da Embalagem". ( E esta revolução fajuta não atinge apenas as palavras. Atinge quase todo o campo da atividade humana.) 
Querem nos obrigar a aceitar que não existe mais nada além do papel de presente. E  importa muito pouco se o papel de presente esconde a merda.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

terça-feira, 9 de junho de 2015

OITO COISAS BIZARRAS SOBRE O AMOR

8 pesquisas descobriram coisas bizarras sobre o "amor"
Ah, "o amor"… Ao contrário do que a maioria dos filmes e livros indicam, não é sempre bonito, não é sempre duradouro, não é sempre satisfatório e muitas vezes é simplesmente bizarro.
Obs: A palavra amor é aqui utilizada como designação geral convencional. Na realidade, trata-se de desejo e sexo com as suas inexoráveis implicações afetivas. As pesquisas que se seguem testam comportamentos sexuais, afetivos e amorosos.
8. O apelo da lingerie
experimentos científicos bizarros amor 8
Assim como lingerie pode ser muito atraente para humanos, pequenas “jaquetas” excitam ratos machos. Como sabemos disso?
Em um estudo estranho da Universidade de Montreal (Canadá), pesquisadores deixaram ratos machos virgens terem relações sexuais com fêmeas vestindo “jaquetas” especiais para roedores. Mais tarde, quando os cientistas deram aos machos a oportunidade de acasalar novamente, os animais preferiram as fêmeas vestindo jaqueta do que as despidas.
Os resultados sugerem que podemos aprender a associar sexo com uma variedade de pistas contextuais, incluindo roupa.
7. Amor de mãe
experimentos científicos bizarros amor 7
O Dr. Harry Harlow ficou conhecido por ser um cientista que absolutamente não ligava para animais. Sendo assim, conduziu uma série de testes com eles, sem se preocupar com seu bem-estar ou conforto. Apesar de não justificar os maltratos, alguns desses estudos foram importantes para nossa compreensão da psicologia humana.
Por exemplo, quando na Universidade de Wisconsin (EUA), Harlow decidiu determinar se e como macacos eram emocionalmente ligados a suas mães. Em um experimento, ele colocou os animais com duas “mães”: um robô que lhes dava leite, mais era frio e mecânico, e outra “mãe” de textura mais suave, que lembrava mais um macaco, mas não dava comida.
A mãe de pano não tinha leite, por isso, quando os jovens tinham fome, corriam até a mãe mais dura e, em seguida, corriam de volta para a segurança da mãe macia.
Harlow estabeleceu, assim, que o amor vem do toque e não do sustento, por isso que, quando o leite materno seca, a criança continua a amar sua mãe. Esse amor é reformulado de modo que cada interação é uma repetição e uma revisão deste contato precoce.
Seguindo essa linha, outro de seus testes mostrou que, se um macaco bebê é separado da mãe durante os primeiros nove meses, seu vínculo emocional pode nunca mais ser o mesmo.
6. Interesse sexual mínimo
experimentos científicos bizarros amor 6
Perus machos, quando apresentados a um modelo realista de uma fêmea, tentam acasalar tão avidamente quanto fariam com a coisa real. Esta observação intrigou Martin Schein e Edgar Hale, da Universidade da Pensilvânia (EUA), que resolveram estudar qual o estímulo mínimo necessário para excitar um peru. Eles embarcaram em uma série de experimentos que envolveu a remoção de partes de um modelo de peru fêmea, um por um, para determinar quando o macho perderia o interesse no acasalamento.
Eles removeram o rabo, pés e asas do modelo, mas ainda assim o pássaro gingava até ele, fazia sons e tentava conquistá-lo. Por fim, apenas uma cabeça em uma vara permaneceu. E, para a surpresa dos pesquisadores, o peru macho ainda mostrou grande interesse na “fêmea”. Na verdade, ele preferiu a cabeça em uma vara do que o corpo sem cabeça. ??
5. A fantasia masculina mais fantasiosa
experimentos científicos bizarros amor 5
A fantasia sexual de muitos e o tema mais recorrente de pornôs é um completo estranho vindo em direção a você e lhe pedindo para fazer sexo com ele ou ela. Mas há alguma chance de isso acontecer na vida real?
Pesquisadores tentaram descobrir. Em 1978, o psicólogo Russell Clark pediu a um homem e uma mulher atraentes para caminhar pelo campus da Universidade Estadual da Flórida (EUA), ir até um membro do sexo oposto e dizer: “Eu tenho observado você pelo campus. Te achei atraente”, para em seguida adicionar uma das três perguntas: “Você quer sair comigo?”, “Quer ir até meu apartamento?” ou simplesmente “Quer ir pra cama comigo esta noite?”.
Enquanto homens e mulheres tinham ambos probabilidade de 50% de aceitar ir em um encontro romântico, apenas 6% das mulheres concordaram em ir para o apartamento ao contrário de 69% dos homens. E gritantes 75% dos homens disseram sim à oferta sexual imediata, enquanto exatamente zero mulheres concordaram. Surpresa? Nenhuma.
4. Como se apaixonar
experimentos científicos bizarros amor 4
O Dr. Arthur Aaron queria descobrir a mecânica de se apaixonar. Para isso, realizou uma experiência em 1996 envolvendo 33 homens e mulheres que não se conheciam, emparelhados aleatoriamente. Cada par teve que responder a 36 questões que iam desde perguntas mundanas até umas muito pessoais, divididas em três sessões de 45 minutos. Depois, foram instruídos a olhar o outro nos olhos por quatro minutos. Enquanto a maioria dos participantes disse que sentiu uma sensação de proximidade ou intimidade com esta nova pessoa que mal conheciam, houve uma feliz surpresa: um dos pares se casou seis meses mais tarde e até convidou o pessoal do laboratório para o casamento.

3. Amor humano-animal

experimentos científicos bizarros amor 3
Em 1965, o cientista John C. Lilly queria ver se era possível ensinar um golfinho a compreender e se comunicar em inglês. Para fazer isso, pediu a sua assistente de 23 anos de idade Margaret Howe para viver com Peter, um golfinho, no Caribe durante 10 semanas.
A casa foi inundada com água do mar no primeiro andar, para que eles pudessem interagir o tempo todo. No começo, Margaret tentou ensinar Peter a imitar palavras, com muito pouco sucesso. No entanto, ao longo do tempo, ela e o golfinho ficaram muito próximos, e ele começou a demonstrar “interesse sexual” pela professora, tentando conquistá-la. Eventualmente, Peter mostrou seu pênis ereto para Margaret, que mais tarde (muito mais tarde, décadas depois) admitiu ter tido um “encontro íntimo” com o animal.
O financiamento para o projeto foi encerrado e Margaret seguiu com sua vida. Peter, no entanto, morreu de coração partido. Ele foi transferido para um tanque em Miami onde rapidamente sua saúde se deteriorou. Depois de algumas semanas, Margaret recebeu a notícia chocante que o golfinho tinha cometido suicídio ao se recusar a respirar, afundando até o chão do seu tanque.

2. Cheiro e atração

experimentos científicos bizarros amor 2
Em 1995, o geneticista Dr. Claus Wedekind queria descobrir como o odor de homens excitava ou atraía mulheres.
Vários homens diferentes dormiram com a mesma camiseta por 2 noites sem usar desodorante. Em seguida, esses odores foram apresentados às participantes, convidadas a escolher o mais agradável. O estudo mostrou que as mulheres selecionavam cheiros de homens que eram geneticamente diferentes aos seus próprios cheiros (isso pode significar maior variação genética e, portanto, mais chances de uma prole saudável e forte). No entanto, quando essas mulheres começaram a tomar pílulas anticoncepcionais, suas preferências mudaram, o que pode indicar que químicos interferem em odores naturais.
1. Amor e medo
experimentos científicos bizarros amor 1
O Dr. Arthur Aron também fez outro experimento incomum sobre o amor, desta vez envolvendo uma mulher sexy e uma ponte, a Capilano Suspension Bridge (foto acima), localizada em British Columbia (Canadá).
A mulher atraente pedia a homens que tinham acabado de cruzar a ponte cênica superalta para escrever uma breve história baseada em uma imagem dada a eles. Depois, a mulher oferecia ao cara seu número de telefone para uma discussão mais aprofundada. Em seguida, os pesquisadores repetiram o experimento em uma ponte menor e mais resistente nas proximidades.
Nove dos 18 homens que cruzaram a Capilano ligaram para o número mais tarde, enquanto apenas dois dos 18 que atravessaram a ponte menor ligaram. Os cientistas também notaram mais sugestões sexuais nas histórias dos atravessadores da ponte Capilano.
O experimento sugere que os homens – cansados do esforço físico e/ou com medo de atravessar a ponte de suspensão – substituíram esses sentimentos negativos por excitação sexual pela mulher. “Se você quiser que alguém fique atraído por você, pode funcionar fazer com ele ou ela algo que seja um pouco excitante ou assustador”, concluiu o Dr. Aron.  
Fonte: Hype Science

domingo, 7 de junho de 2015

A ORIGEM DE TODO O MAL

 THE ROOT OF ALL EVIL
Já detectei há muito tempo a origem de todo mal. Compartilho com vocês agora a minha quase velha percepção.
Se as pessoas fossem minimamemte felizes, minimamente, eu disse, parariam de encher o saco umas das outras e de infernizar este belo planeta.
Há pessoas infelizes de todas as matizes: casadas, solteiras, ricas, pobres, bonitas, feias, inteligentes, burras, obesas, anoréxicas, presidentas, deputadas, do hemisfério norte, do hemisférios sul, etc, etc. A configuração exterior não é pré-requisito de felicidade.
Já escrevi muito sobre felicidade. Vou repetir para vocês as minhas convicções. Para mim, isto faz sentido. É provável que não faça nenhum sentido para outras pessoas.
Em primeiro lugar, mude os seus paradigmas. Oponha-se ao PENSAMENTO OFICIAL, seja incrédulo. Não acredite nas conclusões absurdas dos outros. Não siga os estapafúrdios conselhos de felicidade do Fantástico e do Globo Repórter. É relativamente fácil. Mude o itinerário. Abandone definitivamente o caminho das receitas prontas e oficializadas e da comparação com os outros. Rigorosamente, você é único e não tem nada a ver com ninguém.
Não é lá fora que tem que procurar, nem no Google +, muito menos no Facebook. Procure dentro de si. Mude um pouquinho. Abandone o vício da outrolatria. Não tente despertar pena ou amor porque o segundo sentimento é ainda muito mais improvável que o primeiro. Não solicite solidariedade porque está em falta. Está  quase tudo em falta: fraternidade, misericórdia, compreensão e muita coisa linda. Aceite e ria do que realmente sobra pra você: uma colossal indiferença.
Queria muito que a humanidade fosse um pouco feliz para que eu pudesse viver ainda melhor, para que a minha felicidade fosse completa. Estou cansado de ser obrigado a conviver com gente infeliz e completamente perdida e que ainda tem a pretensão de achar que eu é que estou no caminho errado. É demais! É dose pra leão de circo que já passou pelo zoológico! É dose pra leão com enredo de novela!
Seguem algumas frases escritas sobre felicidade para refletirmos juntos a respeito do tema.
Para quem puder entender, esta, eu considero a frase mais profunda que já foi escrita sobre o assunto. Admiro Albert Camus. Li muita coisa que ele escreveu e esta frase pode parecer pessimista e sem sentido para quem só sabe respirar na superfície. A esperança é prima-irmã da ilusão. Reduza o número das suas esperanças, expectativas e ilusões a 10%. Você vai viver muito melhor sem o peso insuportável desses ícones culturais. O pensamento oficial sobrevaloriza e sacraliza a esperança e o resultado está aí para quem tiver a honestidade e a capacidade de enxergar e ver: uma humanidade mergulhada na mais robusta infelicidade.
Seguem outros 14 pensamentos.























sábado, 6 de junho de 2015

A INSUFICIÊNCIA DO CONFORTO GREGÁRIO

 AS SUBSTÂNCIAS DA ALMA
Para quem sofre do instinto gregário, estar próximo do outro, desencadeia o sistema de recompensas do sistema límbico e provoca descargas de dopamina, o neurotransmissor associado às sensações de prazer. Acontece que esse formidável conforto gregário não é uma saída existencial. A saída existencial pressupõe muito mais do que estar confortavelmente instalado na pseudo-placenta dos amigos, dos quase amigos ou dos habitantes da sociedade virtual.
Eu, muitas vezes abdico de altas doses de dopamina, abstenho-me do conforto que o grupo pode me proporcionar e prefiro encontrar outras  "drogas" menos ortodoxas de prazer e bem estar que eu mesmo fabrico em contato com a minha história pessoal. Este turismo íntimo habitual redunda em auto-reconhecimento e é muito mais duradouro e confiável que as dopaminas.
No contato viciado com o grupo, além dos conflitos de praxe, a sua alma nunca vai secretar absolutamente nada. As substâncias inefáveis da minha alma são a minha dopamina muito própria e peculiar. Mais neurocientífico do que isto, é impossível.
P. S. - Não sou misantropo. Apenas entro em contato com outros com moderação e parcimônia.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

A PERSEGUIÇÃO IMPLACÁVEL

UM ESPIÃO CHAMADO SMART
COM O ESPIÃO NA MÃO
ACARICIANDO O ESPIÃO
Vou começar pelo epílogo. Acabou a bateria. Quando acaba a bateria é o Apocalipse de João, capítulo zero, versículo último. O alegre perseguido tem a sensação de abandono e desamparo. Como é que ele vai continuar vivo sem todos aqueles "amigos"? Tem que carregar imediatamente o celular. Não há vida sem bateria. 
O perseguido adora a perseguição. Paga para ser perseguido e sente uma felicidade estranha em ser espionado. Aliás, se não for espionado pelo SMART, sente-se vazio e relegado.
Hoje, a vida  transita muito mais no espaço da espionagem e das mensagens automáticas do que na esfera presencial onde o outro é de fato uma pessoa e não um espectro.
O Voyeurismo não sexual está institucionalizado. O voyeur social foi adicionado ao voyeur sexual. Vivemos num mundo de voyeurs de toda a sorte.
O voyeurismo sexual era considerado uma perversão sexual. Atualmente, no jargão do politicamente correto, usa-se o vocábulo Parafilia. E o voyeurismo social? Não será também uma parafilia da sociedade? Não vos passa pela cabeça que uma grave perversão assolou a nossa civilização? 
Como é que alguém pode fazer questão de ser espionado e perseguido e encarar isso como uma manifestação celebrada de grande  consideração e afeto? 
No mundo da perseguição e da espionagem, há espiões light e espiões barra pesada. Os barra pesada, não fazem um único comentário, nem um +, nem uma curtida, nem adicionam, nem nada. O deleite do espião virtual é gozar desbragadamente sem testemunhas. É o punheteiro social por excelência.
A solidão que seria uma espécie de abstinência social, ninguém quer. Todo mundo acha horrível. O contato tête-à-tête ninguém pode porque não tem tempo. O tempo já está todo vendido para o capitalismo a preços módicos. O que nos resta então? Tocar punheta social?
O Facebook é o maior monumento tecnológico à masturbação social made in U.S.A. Eu ainda não tive coragem de me masturbar no Facebook. Por enquanto, vou ficando aqui pelo Google+ onde me parece que o pessoal até toparia a inominável aberração de me conhecer pessoalmente.

terça-feira, 2 de junho de 2015

COMUNISTAS COMEM CRIANCINHAS


VOCÊ SABE DE ONDE VEIO A EXPRESSÃO " COMUNISTAS COMEM CRIANCINHAS" ?

Lênin, a partir de 1919, iniciara uma política de confisco de grãos dos camponeses, que gradualmente levaria uma crise de fome em massa na população. A tentativa de planificar a economia, através do controle de distribuição de alimentos, mediante apropriação forçada dos grãos dos camponeses, a fim de abastecer as cidades, gerou não somente revolta e uma feroz guerra civil no campo, como uma diminuição gradual da produção de cereais na Rússia.

Os camponeses foram proibidos de vender livremente seus excedentes e os bolchevistas, exigindo cotas de produção acima das possibilidades do campo, empobreceu-os radicalmente, gerando escassez de alimentos.

Os bolchevistas, através de uma incrível violência, torturando, matando e saqueando os agricultores, não somente confiscavam tudo que o camponês tinha, como não poupavam nem os grãos guardados para a o replantio de novas safras agrícolas. As regiões mais ricas da Rússia, como Tambov e outros arredores de Moscou, outrora grandes exportadores de cereais, por volta de 1920, ameaçava perecer pela fome.

Os comissários da Tcheka, em memorandos direcionados a Lênin e Molotov, relatavam a incapacidade dos camponeses de oferecem seus grãos, já que não somente o campo tinha se desestabilizado, como simplesmente a produção agrícola decaído.

No entanto, sabendo dessas informações, Lênin radicalizou o processo, obrigando cada vez mais os camponeses a darem suas cotas de produção onde eles não existiam mais.

Antonov-Ovsenko, em uma carta sincera a um correligionário do partido, dizia que as exigências bolcheviques para a agricultura, em milhões de puds de cereais, eram tão além das expectativas da população, que ela simplesmente morreria de fome.

E, de fato, foi o que ocorreu. Por volta de 1921 e 1922, 30 milhões de russos foram atingidos por uma crise de fome monstruosa, prontos a perecerem. O país caiu num caos completo. Rebeliões explodiam por todo a Rússia e arredores. Os marinheiros de Kronstadt se rebelaram e fizeram alianças com os camponeses insurretos e esfomeados. E a fúria da população era tanta, que os " comissários do povo" perdiam o controle de várias cidades russas, já que eram massacrados pela turba enraivecida.

Numa dessas cidades, os grãos de alimentos confiscados apodreciam na estação ferroviária, enquanto a população morrendo de fome, enfrentando os tiros dados pelos soldados do exército vermelho, saqueavam tudo quanto viam.

Em algumas cidades como Bachkiria, Pugachev e Novouzenki era comum pessoas se alimentarem de cadáveres roubados nos cemitérios e até mesmo de cadáveres de parentes que haviam acabado de morrer.

Nos arquivos da Revolução Russa de 1917 o pesquisador Orlando Figes, da Universidade de Cambridge, encontrou o seguinte relato:

"...um homem condenado após ter devorado várias crianças confessou: -Em nossa aldeia ,todos comem carne humana, apenas não revelam. Há inúmeras tavernas na vila e todas, servem pratos à base de crianças. Em Pugachev havia bandos de canibais e de negociantes de carne humana, que davam, preferencia à carne de crianças por ser mais tenra...".