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sábado, 29 de agosto de 2015

As redes sociais e a caça às bruxas

Em tempos de delação premiada, nas Redes Sociais, rola a denúncia gratuita, infundada e difamatória. Eu já fui vítima dessa atitude no Google+.
É elementar. Considerando as características intrínsecas e inexoráveis do miserável comportamento humano, simplesmente, você é denunciado porque o bípede, bímano, irracional, não vai com as tuas postagens. Já não posso dizer "com a tua cara" porque está muito fora de moda. 
As expressões idiomáticas têm que ser urgentemente revistas. As expressões do meu vocabulário pessoal fazem parte de um mundo que não existe mais. Para mim, o meu mundo acabou no ano 2000.  Eu sou um zumbi que paira na atmosfera tóxica da pós-modernidade líquida.
Voltando às denúncias. Na grande maioria das vezes, os responsáveis pelas Redes Sociais não procedem à necessária e obrigatória averiguação dos fatos e muita gente inocente é punida injustamente. Eu já fui punido e continuo sendo punido pelo Google+. Os mentores do politicamente correto são os novos inquisidores devidamente atualizados nas atualizações automáticas made in U.S.A.
O virtual reproduz e piora o real. No virtual, as pessoas ainda conseguem ser mais "cara de pau" por estarem ocultas no seu avatar. ("Cara de pau" também não  se usa mais neste mundo sofisticado e cruel.) Para substituir esta caduca expressão proponho "cara de monitor".  
E é isso, compatriotas virtuais. Neste mundo de denúncias e mais denúncias fica muito difícil cultivar as boas amizades. Neste sentido, as Redes Sociais perdem a sua função precípua e só servem para espantar o tédio de quem ainda se assusta demais com a banal,  corriqueira e ancestral angústia da condição humana. 
Apêndice
A caça às bruxas foi uma perseguição política e social que começou no século XV e atingiu seu apogeu nos séculos XVI e XVII principalmente em Portugal, na Espanha, França, Inglaterra (chamada de Normandia), na Alemanha, e na Suíça em menor escala. As antigas seitas pagãs e matriarcais , de fundo e objetivo Político, eram tidas como satânicas, de domínio popular com objeto diferente do religioso, sendo organizações diferentes do que costumam pregar a Bíblia, Alcorão e outros livros santos, tendo uma conotação de domínio político de Poder. O mais famoso manual de caça às bruxas é o Malleus Maleficarum ("Martelo das Feiticeiras"), de 1486.
No século XX a expressão "caça-às-bruxas" ganhou conotação bem ampla, sua verdadeira conotação se auto-revelou se referindo a qualquer movimento político ou popular de perseguição política-arbitrária, com o objetivo de Poder, muitas vezes calcadas no medo e no preconceito submetiam a maioria, no que hoje poderíamos chamar de Terrorismo, como ocorreu, por exemplo, durante a guerra fria, em que os EUA perseguiam toda e qualquer pessoa que julgassem ser comunista, seja por causa fundamentada e comprovada e/ou não, por medo do Terrorismo. Dessa forma, teve lugar a caça às bruxas comunista dos EUA, como também ao sul do Brasil aos chamados Nazi-comunista por Getúlio Vargas, antes da Segunda Guerra Mundial, de 1922 a 1942 quando entrou na Guerra efetivamente ao lado dos aliados, em que esses elementos sabotavam as organizações militares e governamentais de forma geral, principalmente aos Bancos, para angariarem fundos, se infiltrando nelas.

domingo, 23 de agosto de 2015

Parem de falar mal da solidão

O indivíduo é expulso de si próprio desde a mais tenra infância. Todo o investimento educacional é feito no sentido de nos tornar um sucesso de convivência social. Alega-se que só quem tem bom relacionamento social pode ser feliz. Nunca vi estupidez mais crua e revoltante em toda a  minha vida.
Muito ao contrário, quem é um sucesso de convivência social é mais propenso à infelicidade. Para que sejamos populares e bem quistos somos obrigados a mentir e ser hipócritas. Mentira e hipocrisia, a despeito das vozes dissonantes, não combina com felicidade. Está  quase todo mundo muito enganado.
A educação estimula a mentira, a dissimulação e o ardil como armas de defesa na guerra social. A educação tradicional é uma bomba atômica lançada sobre a possibilidade de ser feliz. A felicidade não é um encontro com os outros; a felicidade é um encontro consigo próprio.
A premissa e a perspectiva geográfica estão dramáticamente erradas. Não é lá fora. Não é com o  Google Earth que encontramos a ambicionada felicidade. Não é mesmo. Não é viajando o tempo todo  como fugitivos de nós próprios que alcançaremos esse bem-estar geral chamado felicidade. 
A criança deve ser encorajada pelos pais e educadores a um contato com ela mesma e não exclusivamente com os outros. Muito poucos são estimulados à introspecção e à reflexão. A sociedade abomina a solidão em favor da improbabilíssima festa social. O que mais há no grupo humano são conflitos expostos ou inconfessos.
Não estou propondo viver nos limbos do pacífico, nem a imitação de Robinson Crusoe; defendo a solidão contra a injúria da maioria pois sei muito bem que a vida social como único e grande objetivo, é fonte inesgotável de stress, aumento da pressão arterial e morte precoce.
A sociedade difama a solidão porque quase tudo é feito em nome do grupo. Essa onda ridícula de auto-estima não me convence. Fala-se em auto-estima como um mais um meio de agradar à maioria. Hoje, ter auto-estima significa ter uma bela estampa, investir em cirurgias plásticas e artíficios de beleza exterior. Confunde-se amor próprio com a sedução do outro porque todos são induzidos a acreditar que a felicidade vem de fora.
Parem de caluniar a solidão. A solidão é o estado mais adequado e conveniente para a espécie humana. O bando é apenas uma intercorrência compulsória que oferece resultados muito duvidosos.
Faça uma viagem heterodoxa e volte para onde você nunca deveria ter saído; volte pra si mesmo.


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Sobre estar sózinho

Não é apenas o avanço tecnológico que marcou o inicio deste milênio. As relações afetivas também estão passando por profundas transformações e revolucionando o conceito de amor. O que se busca hoje é uma relação compatível com os tempos modernos, na qual exista individualidade, respeito, alegria e prazer de estar junto, não mais uma relação de dependência, em que um responsabiliza o outro pelo seu bem-estar.
A ideia de uma pessoa ser o remédio para nossa felicidade, que nasceu com o romantismo, está fadada a desaparecer neste início de século. O amor romântico parte da premissa de que somos uma fração e precisamos encontrar nossa outra metade para nos sentirmos completos. Muitas vezes ocorre até um processo de despersonalização que, historicamente, tem atingido mais a mulher. Ela abandona suas características para se amalgamar ao projeto masculino. A teoria da ligação entre opostos também vem dessa raiz: o outro tem de saber fazer o que eu não sei. Se sou manso, ele deve ser agressivo e assim por diante. Uma ideia prática de sobrevivência e pouco romântica por sinal.
A palavra de ordem deste século é parceria. Estamos trocando o amor de necessidade pelo amor de desejo. Eu gosto e desejo a companhia, mas não preciso, o que é muito diferente.
Com o avanço tecnológico, que exige mais tempo individual, as pessoas estão perdendo o pavor de ficarem sozinhas e aprendendo a conviver melhor consigo mesmas. Elas estão começando a perceber que se sentem fração, mas são inteiras. O outro, com o qual se estabelece um elo, também se sente uma fração. Não é príncipe ou salvador de coisa nenhuma. É apenas um companheiro de viagem.
O ser humano é um animal que vai mudando o mundo e depois tem de ir se reciclando para se adaptar ao mundo que fabricou. Estamos entrando na era da individualidade, o que não tem nada a ver com egoísmo. O egoísta não tem energia própria; ele se alimenta da energia que vem do outro, seja ela financeira ou moral.
A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa a aproximação de dois inteiros e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguirem trabalhar sua individualidade. Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva.
A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem. Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado. Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo e não a partir do outro. Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado.

Fonte: FLÁVIO GIKOVATE

Solidão também é bom


O pavor da solidão é algo presente em muitos de nós por razões que nem sempre são muito consistentes. Em primeiro lugar, ela costuma estar associada à dor que sentimos nos primeiros tempos depois de uma separação amorosa. É claro que nos habituamos ao aconchego que deriva de uma união, mesmo que problemática.
A dor derivada da ruptura não corresponde à solidão e sim a uma tristeza que deriva da transição de uma condição para a outra. A solidão corresponde ao estágio posterior, ou seja, ao modo como vivemos depois de ultrapassar essa turbulência, por vezes bem dolorosa, típica de uma transição que, num primeiro momento, nos parece ser para pior.
O outro motivo para que as pessoas sintam arrepios só de pensar na ideia de ficar só deriva do que isso significava até há algumas décadas, quando estar só era indício de incompetência, de não ter despertado o interesse de ninguém com o objetivo de estabelecer um elo conjugal. As mulheres eram chamadas de “solteironas” e os homens eram objeto de dúvidas acerca de sua virilidade. Esses, entre outros, eram estigmas próprios dos que ficavam sozinhos. É fato que eram poucos os que optavam voluntariamente por esse estado; e eles mesmos achavam que o fato de não ter um parceiro era indício de alguma incompetência.
De umas poucas décadas para cá, tudo mudou. O número de pessoas que se casa e se divorcia é muito grande e em muitas das grandes cidades do mundo, o número de pessoas que vivem sozinhas chega a 50% da população. Em São Paulo esse número é de mais de 15% e todos sabem que o tipo de habitação que mais se constrói e vende hoje são imóveis pequenos e centrais, próprios para quem quer viver só.
Hoje não existem estigmas que marcam os que estão sós, apesar da maior parte das mulheres ainda prefere ser divorciada do que solteira (ao menos houve alguém que as quis como esposa!). As pessoas frequentam as festas desacompanhadas sem constrangimento, viajam em companhia de amigos ou sozinhas sem ressentimentos, vão ao cinema e se entretêm com facilidade em casa com os múltiplos equipamentos eletrônicos que fomos capazes de inventar.
Os homens, antigamente muito pouco competentes para viverem sozinhos, hoje sabem se virar muito bem na cozinha – é fato que o microondas mudou totalmente a qualidade de vida de muita gente – e não se sentem mal por ir ao supermercado ou cuidar da própria roupa. As mudanças são dramáticas e aconteceram ao longo de muito poucas décadas, de modo que não espanta que muita gente ainda não consiga ver a condição de solidão como algo alegre e eventualmente muito mais gratificante do que o convívio, um tanto forçado, com criaturas com as quais não temos muita afinidade.
A grande questão é: dada a extraordinária melhora da qualidade de vida das pessoas solteiras, livres inclusive para terem prazeres eróticos sem as limitações próprias dos elos sentimentais, o casamento tenderá a desaparecer? Poderá essa instituição milenar competir em termos de geração de felicidade com a adorável vida que levam os solteiros?
Penso que o casamento, na versão que tem ocorrido ao longo dos últimos 100 anos, está com os dias contados. Acho que a ideia de complementos, de que um terá que ser a tampa e o outro a panela, de que um terá que ter as propriedades que faltam ao outro, é algo que não resiste ao crescente prazer que a vida individual vem nos proporcionando. Ou seja, a quantidade de concessões que as pessoas estão dispostas a fazer está diminuindo não só por força de um amadurecimento emocional maior como principalmente porque elas se deleitam cada vez mais facilmente com a vida sozinhas. Quem vive bem sozinho não se dispõe a fazer grandes concessões para viver a dois.
Vivemos uma transição, substanciada pelos ditos populares: deixamos de lado a metáfora da “tampa e a panela” e agora falamos em “almas gêmeas”. Isso pressupõe maiores afinidades, semelhanças de caráter, gostos e interesses. Afinidades maiores tornam o convívio mais fácil, com menos concessões e de certa forma, determinam um estilo de vida quase igual ao que se obtém vivendo sozinho. Ou seja, o convívio entre pessoas afins determina a possibilidade de uma síntese, de uma aproximação entre a qualidade de vida dos casais e dos que vivem sozinhos.
Assim, acho que chegaremos a um mundo novo, onde os casamentos existirão sim, mas serão muito mais respeitosos da individualidade das pessoas. É como se a qualidade de vida das pessoas solteiras se transformasse em nota de corte: os casamentos que forem de qualidade inferior à vida dos solitários tenderá a desaparecer; sobreviverão os que produzirem uma qualidade de vida melhor ainda!
Fonte: FLÁVIO GIKOVATE 
Obs: - Acho que o corte que Gikovate faz entre o passado e o presente é muito estreito e excludente. Ainda existem muitos elementos desse passado ao qual ele se refere no presente. No mais, é isso aí.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

A pose contínua

Ontem, ao observar certas e determinadas pessoas em plena atuação no teatro social, tive a certeza mais do que absoluta que existem indivíduos que não abandonam nunca o seu lugar social. São, os que eu poderia chamar de "civilizados sem alívio" ou "aculturados sem sossego nem hiato." Chega a me dar aflição. Não relaxam jamais. E esse comportamento fortemente influenciado pela onda nefasta do politicamente correto, está na moda.
Quem não abandona nunca o seu lugar social, o seu lugar profissional, o seu lugar familiar, o seu lugar conjugal, o seu lugar religioso, o seu lugar condominial, dificilmente terá fácil acesso ao seu próprio lugar. 
Quem não está em contato frequente com seu eu mais recôndito, está fadado a não ser feliz e viver as piores tempestades interiores. Então, relaxa um pouco, baby!

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Amai-vos uns aos outros?

Não pretendo de forma nenhuma macular a crença de ninguém, reivindico, no entanto, o direito de me exprimir livremente. O meu intento tem respaldo no artigo 5º da Constituição Federal nos seus diversos incisos.
Ao dar uma olhadinha dia  desses nas pessoas que cercam, achei que amá-las também seria demais. Amar essas pessoas insuportáveis que me assediam e das quais não consigo me desvencilhar é absolutamente impossível para quem é humano. Acho que algum extra-terrestre poderia amar essas pessoas, eu sou incapaz.
A proposta do Cristo não frutificou porque ele exagerou. O seu mandamento citado por João no capítulo 15, versículo 12, é inumano. Aliás, a propósito de citações, ainda não entendi como os religiosos se encontram na bíblia. É tanta contradição, tanta desorganização que acho que a bíblia é um bom livro para quem quer se perder de vez. 
O mandamento de Cristo é citado em outros evangelhos do novo testamento (em Marcos Capítulo 12, Versículos 30 e 31, há uma pequena variação do mandamento: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." e não, "Amais-vos uns aos outros como eu vos amo.") e no velho testamento sem os auspícios do Cristo óbviamente, já se falava em amar os outros. Acho lindo e maravilhoso, só que não funciona por ser um completo disparate. Sentimentos não se impõem a ninguém por isso o amor nunca pode ser mandamento.
Tenho toda a simpatia por visionários que querem mudar o mundo. Quem quer mudar o mundo, já é digno da minha admiração, mas sem blá blá blá, com muitas ações e trabalho. Blá, blá, blá, não dá.
Voltando a esse improvável e impossível amor, a que tipo de amor ele se refere? Ágape, Philos, Eros? Eros, é mole! Eros é o  amor com o maior número de adeptos por razões estritas e puramente hormonais. Amor, sem hormônio? Risos e mais risos e muitos risos, não vejo amiúde por aí.
O amor, apanhados os zeros do chão, não passa de um ilustre desconhecido neste planetinha de beleza inquestionável e aparente, mas povoado de demônios com todas as tonalidades do vermelho.
Então, para encurtar a crônica, vamos deixar mais barato esse amor esdrúxulo e inexequível. Vamos trocá-lo pela tolerância que já está de muito bom tamanho. 
Substituamos o discurso do ódio por alguma coisa possível. Os milênios e a história desta humanidade já provaram sobejamente que o amor como mandamento não deu certo. O antônimo do ódio é excessivo como terapia civilizatória porque simplesmente os pseudo-civilizados não possuem uma alma produtora de amor. A alma humana produz apenas 1 micrograma de amor Ágape para cada mil habitantes. É muitíssimo pouco.
Tolerarás o teu próximo como a ti mesmo. Numa época de atualizações, sugiro este upgrade do novo mandamento para os velhos evangelhos.
P.S. - As pessoas nem conseguem se tolerar e num contexto destes, têm a audácia de falar e propor o amor como solução. Isto é inominável!

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Agora é sem imagens

Caros amigos e amigas,
                                      Durante três dias passei o diabo para descobrir por  que razão o meu blog estava infectado. Revirei o blog pelo avesso, retirei todos os widgets, apaguei postagens, excluí gadgets e pedi uma análise ao Google. Aliás, foi o próprio Google que bloqueou o meu blog com todo o direito de fazê-lo.
Após longa reflexão descobri que algumas imagens das quais fiz upload estavam com malwares. Podem acessar sem problemas, o blog está limpíssimo.
Para os que me criticam e acham que eu exagero com este meu tom dramático, desencantado e pessimista, apresento-lhes mais um fato que sedimenta a força de toda a minha razão. Sinceramente gostaria de poder ter outra opinião sobre os meus semelhantes que nunca foram tão diferentes. Por favor, colabore com a minha "petite personne". Faça alguma coisa para que eu consiga me livrar de toda esta lamentação. Ajude-me a ter fé na espécie.
Agradeço ao Sandro pela solidariedade. Ando trôpego e exausto em busca de todas as exceções desta humanidade estúpida e infeliz para que sejam meus amigos de verdade. Desde criança, sempre me interessei apenas pelas exceções. Não gosto de aglomerações e lugares comuns.
Tive e tenho um desprezo incoercível e profundo por almas cegas. A pior desgraça de um ser humano é não conseguir enxergar a realidade que o cerca e nem sempre se trata de um ponto de vista. É por causa dos cegos de espírito que pioramos cada vez mais. É possível ver e ser feliz. A felicidade nunca esteve nem está na cegueira, na mentira e muito menos nos mitos e nos delírios. Reconcilhie-mo-nos pois, com a verdade.
E quanto aos cyber-criminosos, faltam-me as palavras certas da minha incomensurável indignação. 
Quanta agressão gratuita! Poucos se dão conta da carga de violência subliminar de que somos vítimas  para continuarmos vivos no planeta que gira. O Malware é uma surra que nos é dada todos os dias para podermos nos relacionar virtualmente. É assim que eu me sinto, chicoteado por gente que eu nem conheço mas que só cultiva a maldade. E estou até com febre. Afinal, sou muito mais sensível do que gostaria. 

terça-feira, 11 de agosto de 2015

9 histórias bizarras. Verdadeiras ou falsas?

Descubra quais histórias são inventadas e quais aconteceram de verdade.
A internet não para de nos surpreender. Quando achamos que já vimos de tudo, nos deparamos com aquela "história cabeluda" ou com imagens inexplicáveis até para as mentes mais criativas. Quem tem o hábito de navegar pela rede visitando blogs e sites aleatórios, certamente já viu alguma coisa em que custou acreditar que fosse verdade, ou foi mais uma das vítimas dos famosos boatos da internet.
O problema é que algumas vezes, por mais incrível que uma história possa parecer, um ser em algum lugar do mundo fez aquilo que você podia jurar que era mentira. Assim como algumas imagens reais que parecem Photoshop, algumas histórias bizarras realmente aconteceram de verdade, apesar de todas as evidências sugerirem exatamente o oposto.
Mas, com tanta coisa estranha por aí, você seria capaz de dizer o que é verdade e o que é mentira? Faça o teste: tente descobrir as bizarrices que realmente aconteceram e as histórias que foram inventadas. Você vai se surpreender.
O zoológico chinês que tentou enganar os visitantes trocando um Leão Africano por um cachorro
VERDADEIRO: difícil de acreditar, mas um zoológico na China tentou enganar os visitantes "disfarçando" um cão da raça Mastim Tibetano como leão. A farsa foi percebida por um pai que, ao tentar ensinar o som dos animais para o seu filho, ouviu o "leão" latindo.

Mulher perdida que se juntou ao grupo de busca para procurar por ela mesma
 
VERDADEIRO: a história é surreal, mas aconteceu na Islândia. Uma mulher trocou de roupa durante um passeio de ônibus, não foi reconhecida pelos outros passageiros quando voltou e foi considerada desaparecida. Após não reconhecer a própria descrição, resolveu ajudar na busca da "mulher desaparecida.
Cruzamento genético entre um Sapo e um Crocodilo
FALSO: apesar de realista, essa imagem não passa de uma montagem feita no Photoshop.
Homem que desenvolveu membranas entre os dedos por passar muito tempo na água

FALSO: mais uma bela montagem. O "homem-peixe" não existe ou pelo menos ainda não foi fotografado.
Furacões com nomes de mulher causam mais estragos que furações com nomes de homem


VERDADEIRO: pode parecer piada machista, mas estudos realizados pela PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences) confirmaram que "furacões femininos" matam mais que os "masculinos", provavelmente porque as pessoas acham que um furação com nome de mulher é mais inofensivo e não se previnem tanto quanto deveriam.
Mulher que atravessou o Oceano Atlântico em cima de um colchão inflável
FALSO: pelas outras histórias da lista, essa bem que poderia ser verdade, mas não passa de mais uma montagem bem feita. 
Mãe que teve filhas gêmeas de cores diferentes: uma branca e uma negra

VERDADEIRO: o caso é raro, mas não impossível. No Reino Unido, uma mãe foi surpreendida com filhas gêmeas, mas com cores de pele diferentes.
Mulher que perdeu a aliança e a encontrou 16 anos depois quando colhia cenouras no quintal
VERDADEIRO: uma mulher sueca é a protagonista dessa história incrível. Ela perdeu a aliança de casamento no Natal de 1995 e 16 anos depois a encontrou enquanto colhia cenouras em seu quintal. Isso é que é sorte!
Funcionários de uma construção brincando de jogo da velha com uma escavadeira no asfalto

FALSO: calma, as pessoas ainda não estão completamente malucas. A imagem tem uma aparência bem real, mas foi feita no Photoshop.
Fonte: Pure Break

domingo, 9 de agosto de 2015

Os inimigos virtuais

Eu já substituí a expectativa pela surpresa. E a surpresa é quase sempre terrível.
O demônio humano revela-se em qualquer ramo de atividade. É inelutável. Infelizmente, não há argumentos para refutar esta contestação. Gostaria profundamente de poder dizer o contrário, mas não posso sob pena de faltar com a verdade ou ser politicamente correto que ao fim e ao cabo é exatamente a mesma coisa.
Numa época em que a palavra "compartilhar" é irrefutávelmente a mais usada, nunca  se nutriram tantos egoísmos asquerosos.
Pelo fato de manter vários blogs na rede, pude ter o desprazer de ver a cara do diabo virtual. A calúnia, a difamação e a censura passam quase desapercebidos nestes domínios, mas são práticas criminosas que eu pretendo levar às barras dos tribunais. E sugiro que todos os que se considerem atingidos, façam o mesmo. Isso para não falar dos malwares (malicious software) que incluem vírus, worms e cavalos de tróia. O malware é a sofisticação e refinamento do mal.
As redes sociais que em princípio foram criadas para irmanar os seres, são um antro de conflito, maledicências, exibicionismos hediondos, mentiras compulsivas e difamação. 
Com as novas tecnologias, o ser humano continua a ser mesma aberração cósmica. As novas tecnologias só lhe forneceram instrumentos suplementares para exercer com maestria a sua abominável maldade.
Odeio tudo isso.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Os ladrões do nosso tempo

Precisas usar muitas vezes amarelo para teres a certeza de que o amarelo te fica muito mal.
Joaquim ESTEVES
Fico impressionadíssimo com a petulância dos jovens do neoliberalismo pós-moderno. Pontificam como se soubessem alguma coisa. E pior ainda, certos e determinados impúberes ainda pretendem te ensinar a viver. Inconvenientes da longevidade! Viver para ter que passar por isto!
Feito este sucinto preâmbulo, vamos ao assunto. Vou falar de roubalheira, gatunagem, subtração, como queiram.
Hoje, com a importância que o trabalho e a super atividade passaram a ter em detrimento do lazer e com a exaltação feita ao mito do crescimento, nunca na "história deste país" se surrupiou tanto o tempo. Trata-se de uma quadrilha gigantesca que assalta o nosso precioso tempo.
O ladrão número um é o Estado com as suas sórdidas, estúpidas e rigorosas burocracias. Depois, vem a família que nem sempre recompensa a contento o infindável tempo que lhe dedicamos. Ia colocar a famíla em terceiro lugar, mas ela venceu o campeonato da ladroagemn do tempo. Em seguida vem o patrão capitalista austero que representa o trabalho como um mister sagrado do qual ele é o supremo sacerdote intocável no  seu poder institucional e legalista de roubar tempo e dar umas gorjetinhas para disfarçar o furto. Não faltam ladrões, por isso é que nos falta tempo. Tempo para nós.
Existem outros ladrõezinhos baratos como os falsos amigos, os conhecidos, os colegas e as pessoas de uma forma geral a quem parece que sempre estamos a dever algo.
Nasci com a forte sensação de que devo alguma coisa pelo simples fato de ter sido  depositado neste inferno sem a minha autorização. E se você não consegue ver um inferno, passe nas óticas do povo, morou?!
Então é isso. Queria ter uma vida só para mim e para os que eu amo verdadeiramente. Não gosto que me roubem o tempo o tempo todo. Sou feliz mas não concordo e não estou satisfeito com esta roubalheira consentida e estimulada.
Gostaria muito que vocês um dia experimentassem a prazer ímpar de ter um domingo só para vós. É inefável, indizível e para não vos deixar sem um adjetivo, é maravilhoso. O domingo é um  dos dias mais roubados. E nem vou falar da segunda-feira.
No meio desta farândola, desta cáfila e desta chusma, sugiro que se o talento é para roubar, que  roubem a nossa dor. Faltam ladrões da  dor. Sempre sonhei com um mundo mais analgésico. E estou farto de aspirinas... 
P.S.-  Não acho que a vida seja curta em si. "A vida é curta" é uma expressão herdada de épocas em que a expectativa de vida era de 30 a 40 anos. A frase sobreviveu, prevaleceu e aindo hoje é repetida sem a mínima reflexão.
Setenta e três anos de expectativa média de vida é pouca coisa? É pouca coisa porque descontado o tempo que passamos dormindo, para nós mesmos, só temos 1/3 dessa  longa vida. Concluo pois que a vida só é curta por causa dos ladrões.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Livres e Incrédulos

Quase todos procuram ou são sutilmente induzidos a acreditar em alguma coisa. E eu não estou falando apenas da crença em Deus. Pode ser menos do que isso. Crer na família, no amor romântico, na perpetuidade dos sentimentos, no bem, no mal, na ordem, na disciplina, na amizade, no matrimônio, na procriação, no dinheiro, etc, etc.
Ter crenças é uma coisa boa porque aparentemente nos dá a sensação de segurança e principalmente de proteção. São raríssimas as pessoas que se permitem um ceticismo sem limites. Mas quem já se ferrou o necessário e o suficiente sabe muito bem ou ao menos suspeita que a incredulidade é que é a verdadeira proteção.
Falta coragem para um salto, para um mergulho em si próprio. Falta destemor para um abandono desenvolto à nossa essência. Falta lucidez e consciência para não afastar com força, repulsa e fanatismo o que chamam de carcinoma da alma humana e que é apenas a singela e já muito célebre solidão. Falta iniciativa para procurar poder nas nossas vísceras e não no discurso  alheio.
Liberdade é o poder que temos sobre nós mesmos e não sou eu que o digo é Michel Montaigne.
Procuro não fazer das minhas minguadas crenças uma prisão. Sempre amei o aroma mutante, envolvente e inebriante de uma liberdade que nunca consegui alcançar, mas da qual reconheço o rastro.