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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Amai-vos uns aos outros?

Não pretendo de forma nenhuma macular a crença de ninguém, reivindico, no entanto, o direito de me exprimir livremente. O meu intento tem respaldo no artigo 5º da Constituição Federal nos seus diversos incisos.
Ao dar uma olhadinha dia  desses nas pessoas que cercam, achei que amá-las também seria demais. Amar essas pessoas insuportáveis que me assediam e das quais não consigo me desvencilhar é absolutamente impossível para quem é humano. Acho que algum extra-terrestre poderia amar essas pessoas, eu sou incapaz.
A proposta do Cristo não frutificou porque ele exagerou. O seu mandamento citado por João no capítulo 15, versículo 12, é inumano. Aliás, a propósito de citações, ainda não entendi como os religiosos se encontram na bíblia. É tanta contradição, tanta desorganização que acho que a bíblia é um bom livro para quem quer se perder de vez. 
O mandamento de Cristo é citado em outros evangelhos do novo testamento (em Marcos Capítulo 12, Versículos 30 e 31, há uma pequena variação do mandamento: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." e não, "Amais-vos uns aos outros como eu vos amo.") e no velho testamento sem os auspícios do Cristo óbviamente, já se falava em amar os outros. Acho lindo e maravilhoso, só que não funciona por ser um completo disparate. Sentimentos não se impõem a ninguém por isso o amor nunca pode ser mandamento.
Tenho toda a simpatia por visionários que querem mudar o mundo. Quem quer mudar o mundo, já é digno da minha admiração, mas sem blá blá blá, com muitas ações e trabalho. Blá, blá, blá, não dá.
Voltando a esse improvável e impossível amor, a que tipo de amor ele se refere? Ágape, Philos, Eros? Eros, é mole! Eros é o  amor com o maior número de adeptos por razões estritas e puramente hormonais. Amor, sem hormônio? Risos e mais risos e muitos risos, não vejo amiúde por aí.
O amor, apanhados os zeros do chão, não passa de um ilustre desconhecido neste planetinha de beleza inquestionável e aparente, mas povoado de demônios com todas as tonalidades do vermelho.
Então, para encurtar a crônica, vamos deixar mais barato esse amor esdrúxulo e inexequível. Vamos trocá-lo pela tolerância que já está de muito bom tamanho. 
Substituamos o discurso do ódio por alguma coisa possível. Os milênios e a história desta humanidade já provaram sobejamente que o amor como mandamento não deu certo. O antônimo do ódio é excessivo como terapia civilizatória porque simplesmente os pseudo-civilizados não possuem uma alma produtora de amor. A alma humana produz apenas 1 micrograma de amor Ágape para cada mil habitantes. É muitíssimo pouco.
Tolerarás o teu próximo como a ti mesmo. Numa época de atualizações, sugiro este upgrade do novo mandamento para os velhos evangelhos.
P.S. - As pessoas nem conseguem se tolerar e num contexto destes, têm a audácia de falar e propor o amor como solução. Isto é inominável!

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