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sábado, 28 de outubro de 2017

Mais felizes sozinhos






Você é do tipo de pessoa que troca sem pensar duas vezes uma noitada com os amigos por uma noite em casa vendo filmes? Já pensou, mais de uma vez, em sair da cidade grande e ter uma vida mais tranquila no campo? Gosta de receber pessoas em casa, mas fica realmente feliz depois que as visitas vão embora? Talvez você pense que é antissocial, mas na verdade, você só é alguém inteligente.
É o que mostra uma pesquisa feita por psicólogos da London School of Economics que descobriu que pessoas mais inteligentes preferem interagir em círculos sociais menores.
Para a realização do estudo, os cientistas entrevistaram mais de 15 mil pessoas entre 18 e 28 anos de diferentes localidades e descobriram que pessoas que apresentavam QI mais elevado se sentem melhor interagindo em pequenos grupos e ficam mais confortáveis quando estão sozinhas.
Os cientistas também perguntaram se essas pessoas se sentiam felizes. E descobriram que aquelas que que viviam em áreas mais densamente povoadas, disseram se sentir menos felizes. No entanto, o contato com os amigos e pessoas próximas poderia influenciar de forma positiva na vida dessas pessoas, fazendo com que se se sentissem mais felizes.
Teoria da Savana
Apesar de sermos seres sociáveis, os cientistas acreditam que uma explicação possível para que as pessoas se sintam mais confortáveis em pequenos grupos é a Teoria da Savana, segundo a qual reagimos às situações como nossos antepassados e que nossos comportamentos psicológicos estariam associados ao período em que a sociedade vivia na savana.
Naquela época, de acordo com os pesquisadores, os grupos sociais eram compostos por no máximo 150 pessoas. Apesar da evolução, nosso cérebro não teria se adaptado ao estilo de vida moderno. Isso explicaria o motivo de nos sentirmos mais confortáveis em um círculo social reduzido.
Originalmente em Minha Vida (Correção e adaptação)

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Fichados no Facebook

Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) foi um órgão subordinado ao Exército, de inteligência e repressão do governo brasileiro durante o regime inaugurado com o golpe militar de 1964. Na época, dizia-se: "Esse está fichado no DOPS."Hoje, por termos perdido o hábito de ver, quase ninguém percebe que estamos todos fichados. O modismo das redes sociais promove um fichamento voluntário sem precedentes na história da humanidade. Estamos auto-fichados no Facebook, no Instagram, no Google+, no Twitter, etc.
A vigilância que esses mecanismos promovem é avassaladora. A ingerência de todas essas plataformas eletrônicas na vida das pessoas chega a me causar indignação. E o pior que não sabemos quem nos controla. Os controladores não dão as caras e não se consegue falar com eles diretamente.
Esta crítica é também uma autocrítica, visto que eu participo das redes sociais e sirvo-me delas para me exprimir sempre com medo de ser censurado, bloqueado e até mesmo proibido.
Abdicamos do precioso direito ao anonimato para sermos conhecidos? Conhecidos para quê? Queremos ser famosos por alguns segundos. Para que serve exatamente essa celebridade meteórica? O anseio por fama e reconhecimento não passa de mera exposição gratuita e sem sentido. Não seria melhor preservarmos a nossa boa e sagrada privacidade?
Junte-se a este estado de coisas, o fichamento em prédios públicos e a miríade de câmeras que nos vigiam todos os dias. Pedem-nos para sorrir  para disfarçar o que realmente está sendo feito: espionar, controlar, supervisionar e fiscalizar. É impossível sorrir nestas circunstâncias. Também dizem que as câmeras existem para a nossa segurança. Por acaso, os bandidos deixaram de agir intimidados pelas câmeras?
Não satisfeitos em nos ficharmos alegremente nas redes sociais, ainda estamos sujeitos a todas as formas de denuncismo barato, característica de todos os regimes de exceção, vide nazismo, fascismo, stalinismo, etc. O controle sistemático do Estado e do Grupo sobre o indivíduo, é sempre muito mais eficaz quando existe o mundo inteiro disposto a nos delatar. 
Redes sociais, câmeras por todos os lados, apreensão, medo e denúncias de todos os tipos que na maioria dos casos não passam de calúnia e difamação, este é o estado do mundo em outubro de 2017.
P.S. - Em 1947/1948, George Orwell já pressentia tudo isto, Aldous Huxley, anos mais tarde confirmou a suspeita que agora é pura realidade.