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sábado, 15 de janeiro de 2022

Os verdadeiros culpados

O criacionismo chega a ser ridículo e o evolucionismo não consegue ficar em pé. O que nos resta são novas especulações.
Quem foram os irresponsáveis que criaram o ser humano? Quem foram os levianos insensatos que conceberam um erro que não acaba nunca? Estou colocando no plural porque um ser único seria incapaz de tamanha trapalhada.
Simpatizo com as tábuas sumérias em escrita cuneiforme. Só alguém muito imprudente e insensível podia implantar um cérebro tão sofisticado num corpo primitivo e animalesco. O cérebro é incompatível com o corpo dos humanos.
Eu sei que vocês não prestam atenção nessas coisas. Eu presto e isso me interessa muito. 
Estou cansado de falar mal do ser humano que no final das contas, é a maior vítima desses deuses enlouquecidos.

sábado, 11 de dezembro de 2021

Os otimistas compulsivos

Esse otimismo a qualquer preço transpira desespero. Até o desespero para quem é otimista patológico, tem outros ares e outras cores. Os malucos do otimismo, alicerçados na mais pura doença mental, nunca leram a história da humanidade e muito menos avaliaram as evidências do cotidiano.
Os otimistas não param. Reproduzem o erro porque são inferiores. O mundo é o que é por causa dos otimistas.
Só a lucidez do que é real pode nos levar a  conter esta torrente de equívocos.

Aos procriadores


sábado, 4 de dezembro de 2021

A era da presunção


A presunção está na base de quase todas as asneiras. Atualmente, não faltam sabichões que conhecem a receita exata para ter sucesso em tudo.
Há por toda a parte na internet quem saiba rigorosamente o que fazer para emagrecer de forma definitiva, quem ensine como investir e enriquecer, quem conheça a cura para a pior doença, quem dê as sugestões mais precisas e infalíveis para conquistar uma mulher, quem trace o melhor itinerário para a viagem dos sonhos, quem possua truques mágicos para aprender com profundidade uma língua em apenas um mês e até quem revele como ter talento para escrever um inesquecível best-seller.
Eu poderia continuar esta lista de sandices, mas poupo os poucos que me leem de tamanhas brutalidades. Ah, tudo se realiza em passos. Passo 1, passo 2, passo 3, etc.
A mentalidade vigente é tóxica e provoca muitos infortúnios e eu só escapo deles porque me afasto para sorver o pouco oxigênio que ainda nos resta.

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

O caminho insano das vinganças impossíveis

Todos, sem exceção, já foram golpeados nas suas almas. A alma ferida só precisa de curativos. Não se pode reverter uma ferida através de vinganças quiméricas. A vingança não pode demorar muito tempo a ser executada. Acredito piamente no poder redentor da réplica, da refutação e da desforra.
Quando já não se sabe onde estão os carrascos ou se já morreram, é muito melhor tentar curar a ferida. Se não houve coragem para uma resposta imediata e à altura, só nos resta acariciar e embalar a nova chaga. Aprimore também a sua capacidade de revide e não tenha medo de ficar só.
Desenvolva a habilidade de tratar de lesões anímicas porque são muito frequentes, considerando que o mundo é uma máquina de dilacerar.
Há os que não levam desaforo pra casa. Você até pode levar alguns desaforos pra casa, mas procure nunca deixá-los entrar na sua alma.

sábado, 6 de novembro de 2021

Os prazeres da modernidade

A pós-modernidade perdeu o refinamento, as nuances e as sutilezas de outras eras. Sinto saudades de sentimentos mais sofisticados. É chocante depararmo-nos com o animal humano em estado puro.
A voracidade no comer e a crueza no sexo caracterizam este momento que teima em não desaparecer. É o horror dos MasterChefs e a pornografia a céu aberto.
Parece que as almas feneceram e só sobrou a besta fera escondida no politicamente correto. Todas estas práticas culturais associadas às novas tecnologias, dão-me ânsias incoercíveis de vômito. Desculpem, acabei de vomitar e não pedirei licença para vomitar outras vezes.

A super utopia

Já fomos enganados por várias utopias. A utopia não tem a intenção de iludir, entretanto, descobrimos a posteriori que fomos redondamente ludibriados. Quando a utopia é criada parece possível e até real.
Desde a República de Platão, passando pelo cristianismo, pela revolução francesa, pelo romantismo, pela revolução Bolchevique, não cansaram de nos enganar.
Hoje, com as profecias distópicas de Aldous Huxley e George Orwell praticamente confirmadas, paradoxalmente nasce um super utopia, a maior de todos os tempos. 
Pretende-se que numa atmosfera distópica se realize uma hiper utopia. Pretendem os ignaros que o mundo seja justo e livre de preconceitos na marra.
Vive-se uma espécie de tirania da ultra utopia. Quem discordar desse devaneio perigoso está condenado à execração pública.
Para os super utópicos o mundo não pode ter uma réstia de racismo, de misoginia, de machismo, de homofobia, etc. É lindo, porém é falso, assustador e impossível.

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

As vísceras expostas do mundo

Vísceras não são bonitas. Sempre apalpei as vísceras hediondas do mundo. Sabia que eram acessíveis ainda que a maioria as negasse. 
Sou apaixonado pela anatomia do mundo  e agora nem preciso imaginar. As redes sociais e esse despudor da modernidade expõem os bastidores metabólicos do bando. Que nojo! 
Pra disfarçar sobram utopias extemporâneas. A cambada desvairada diz que sonha e luta por um mundo perfeito, sem racismo, sem machismo, sem misoginia, sem homofobia, sem injustiças e sem  preconceito nenhum. É próprio das legiões violentas, sonâmbulas e variadas impor fanaticamente aos ajuizados as suas demências mais terminais.
P.S. - Antes de ser contra os preconceitos, sou contra os delírios sem decoro nem decência.

terça-feira, 5 de outubro de 2021

O varejo das almas - Crônicas

 

Este livro é uma continuação desordenada e aleatória do meu primeiro livro “Na Jugular – Dissecando Vivos.”
Como no livro de 2016, discorro sobre tudo o que me indigna. Poderia classificar de forma inédita, a minha literatura como “uma literatura indignada e catártica”.
A “minha literatura”, pelas suas características didáticas, objetivas e frontais, está condenada ao descaso e ao esquecimento. E isso é um bom sinal.
Os best-sellers preferem tergiversar e não dizer nada. As massas que nunca leram nada, absolutamente nada, sucumbem ao encanto fátuo dos que cultivam lugares comuns.
A humanidade não caminha. Está sempre no mesmo lugar. E o que me apaixona não é a geopolítica, nem ciência e muito menos a economia. O que sempre me moveu foi e é a metafísica.
Gosto de grandes almas. Não dessas alminhas mesquinhas que atrapalham e poluem o varejo e ao que parece, é ao que eu estou condenado e é o que me resta.
Para os que acharam as minhas palavras muito fortes e contundentes, saibam que são palavras de um inocente.

“Acho que um livro deve ser uma ferida, deve mudar a vida do leitor de uma forma ou de outra. Um livro deve derrubar tudo.”
Émil Cioran

Livro de 2021 - O varejo das almas

 Servindo-se de ensaios e crônicas, o autor tendo como pano de fundo a atmosfera inconsistente da modernidade líquida, critica duramente as práticas culturais das duas últimas décadas.
Amparado por uma escrita veemente, incisiva e indignada, direciona as suas armas mais fulminantes, de maneira vigorosa e repetida, contra o politicamente correto, a hipocrisia institucionalizada, o crepúsculo do humanismo e a psicologia insensata das massas.
Todavia, a essência do seu discurso neste contexto insano, tem como projeto e desígnio primordial a busca e o encontro da felicidade por meio de caminhos alternativos, inusitados e muito impopulares.