À PROCURA DO POSSÍVEL
Manuel Soares percorreu léguas e consumiu décadas, preso nas teias do romantismo. Um belo dia, num rasgo de coragem e despreendimento, encontrou uma brecha no delírio.
O romantismo stricto senso ou seja o romantismo hormonal - homem x mulher, é uma espécie de religião planetária que promete salvação e felicidade aos seus fiéis seguidores. Em geral, esse sectarismo redunda em fracasso. O romantismo também uma questão de fé.
Encontrar a alma gêmea num produto cultural díspare, é impossível. Homens e mulheres, além de naturezas muito diferentes, são produtos culturais dissonantes. O folclore e o festival de publicidade que assola a "Bola Louca" e gira em torno do mito romântico, faz com que até pareça possível a um homem achar a sua alma gêmea numa mulher e vice versa. Aliás, eu nem acredito em almas gêmeas. Estou repetindo o que a insanidade coletiva gerou.
Para não dizerem que sou insuportável, posso até admitir a existência de eventuais almas primas de segundo grau. Todavia, estou farto da apelação que fazem ao músculo cardíaco afogado em testosterona e estrogênio. É o que se poderia chamar de amor infartado. Esse amor fajuto regado a hormônios já está me dando nojo.
Manuel Soares, dia desses, surpreendeu-me um pouco dizendo-me que a sua alma gêmea era o Sebastião. Manuel é um homem casado com filhos e lúcido. Sebastião, também é casado, tem uma filha e é síndico do prédio de Manuel. Qualquer insinuação sexual entre Tião e Manuel neste caso, é absolutamente descabida, desnecessária e estúpida. Estou escrevendo sério. Não brinco em web sites.
Manuel admira Sebastião porque reconhece nele os seus próprios princípios, valores, pensamentos, ideias, atitudes e comportamentos. A mulher com quem é casado há décadas ainda é para ele um ser esquisito. E a recíproca também deve ser verdadeira.
E é assim com muita gente. Com muita frequência, homens e mulheres embora tenham uma inelutável e inexorável atração sexual, não se reconhecem como seres humanos compatíveis.
Muitas das bodas que comemoram por aí, são bodas de bijuteria barata sub-paraguaia.
Encontrar a alma gêmea num produto cultural díspare, é impossível. Homens e mulheres, além de naturezas muito diferentes, são produtos culturais dissonantes. O folclore e o festival de publicidade que assola a "Bola Louca" e gira em torno do mito romântico, faz com que até pareça possível a um homem achar a sua alma gêmea numa mulher e vice versa. Aliás, eu nem acredito em almas gêmeas. Estou repetindo o que a insanidade coletiva gerou.
Para não dizerem que sou insuportável, posso até admitir a existência de eventuais almas primas de segundo grau. Todavia, estou farto da apelação que fazem ao músculo cardíaco afogado em testosterona e estrogênio. É o que se poderia chamar de amor infartado. Esse amor fajuto regado a hormônios já está me dando nojo.
Manuel Soares, dia desses, surpreendeu-me um pouco dizendo-me que a sua alma gêmea era o Sebastião. Manuel é um homem casado com filhos e lúcido. Sebastião, também é casado, tem uma filha e é síndico do prédio de Manuel. Qualquer insinuação sexual entre Tião e Manuel neste caso, é absolutamente descabida, desnecessária e estúpida. Estou escrevendo sério. Não brinco em web sites.
Manuel admira Sebastião porque reconhece nele os seus próprios princípios, valores, pensamentos, ideias, atitudes e comportamentos. A mulher com quem é casado há décadas ainda é para ele um ser esquisito. E a recíproca também deve ser verdadeira.
E é assim com muita gente. Com muita frequência, homens e mulheres embora tenham uma inelutável e inexorável atração sexual, não se reconhecem como seres humanos compatíveis.
Muitas das bodas que comemoram por aí, são bodas de bijuteria barata sub-paraguaia.