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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

O OUTRO LADO DA NOITE FELIZ

  
Está comprovado que o "salvador do mundo" não nasceu dia 25 de Dezembro. (Leia link http://www.jugularesblogspot.com.br/2013/12/o-lindo-espirito-de-natal.html É mais uma das muitas armações da cristandade, aniversário sem aniversariante. Mas o importante não é isso. Essas considerações de caráter astronômico e histórico não fazem a mínima diferença.
O  importante é o espírito de natal que nos invade e nos traz a paz, a concórdia e o amor, esse não poderia faltar. Não é mesmo? Todo mundo fazendo compras estressadíssimo, todo mundo muito bêbado e arrotando peru com bacalhau, engarrafamentos por todos os lados, os acidentes automobilísticos triplicados, gente nervosa no trânsito, gente apostando expectativas estúpidas nesta data maravilhosa e se frustrando, gente mal humorada por falta de sono, a família finalmente reunida para lavar quilos de roupa  muito suja, as emergências dos hospitais cheias de gente que levou porrada porque o natal é tranquilo e maravilhoso, gente que aproveita a verdade trazida pelo álcool (In vino veritas) para dar um pé na bunda do parceiro(a), gente que acha o nascimento do messias tão fundamental para a humanidade, que aproveita o ensejo e se suicida, gente que chora copiosamente porque se lembra de muitas merdas nesta data tão sublime e falaz, gente que toma uma cartela de antidepressivos para aguentar a beleza da noite feliz.


Na verdade, é uma data muito espiritual. Todo mundo no shopping rezando a Nossa Senhora do Bom Crediário. Milhões de pessoas se endividando para darem satisfações a uma data fake. E o Papai Noel suando em bicas, neocolonialista, obeso mórbido e sem a menor noção de geografia. Coitado! Ho, Ho, Ho!


O Natal só é bom mesmo para as crianças. Falo de crianças que ainda não sofreram as sevícias do processo civilizatório. Para elas é legal. Ganhar presentes, rir e brincar. É um engano profícuo.

O pior é que também querem infantilizar gente adulta. Isso é grave. E quando fingimos que acreditamos no carnaval armado com luzinhas made in China e presépios tecnológicos, somos bem vistos pela sociedade. Mas quando, sabendo que se trata de uma descomunal farsa comercial, participamos dela com reservas, somos chatos. Eu sou chato pra cacete!


Então para todos os que me leem e nunca se identificam (Têm receio de serem associados a um blog tão heterodoxo) e especialmente para os meus amigos da Malásia e dos Estados Unidos, um "Feliz Natal" sob protestos.


Espero que o Natal passe logo, para poder voltar à realidade. Não gosto de histórias para boi dormir e muito menos de alegria com hora marcada, prefiro todos os inconvenientes da realidade. Feliz Realidade para você.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

DE CARA LIMPA

Raras vezes consegui encontrar pessoas de cara limpa. Todo mundo Chapadão. Em outros termos, ninguém fica em pé sobre as próprias pernas. É um mundo de aleijados. Quase todo o mundo tem a sua muleta ou muletas.
Não sou capaz de admirar gente chapada ou cheia de muletas. Neste caso, o chapado é o consumidor de drogas lícidas recomendadas. Trata-se do chapadão civilizado com cara de normalóide. Nunca na história deste país e na história deste planeta se viveu tamanha crise de originalidade.
Para ficar em pé sobre as próprias pernas evitando assim as drogas culturais oferecidas, há que ter culhão. Já vivi num mundo de gente com culhões. Hoje, infelizmente, estão quase todos(as) emasculados(as).
Não estou falando de Rivotril nem da Skol que descia redondo, estou falando de ideias, conceitos, ritos e crendices estúpidas que deixam as pessoas em delírio constante. Uma das drogas mais vendidas e consumidas é Jesus, o Cristo. O papa é o maior traficante oficial com alvará e tudo. Edir Macedo não fica atrás. Ele, seus falsos bispos e pastores dominam a maior FAVELA ESPIRITUAL de que se tem notícia na história da Desumanidade. (Temos que criar uma U.P.P. na Igreja Universal.) Casamento e procriação são dois estupefacientes muito utilizados como panacéia para a solidão.  A acumulação e o materialismo também povoam as bocas de fumo civilizatórias. A hipocrisia é apreciadíssima porque deixa todo mundo com cara   de pastel. O Orgulho e o Preconceito são capazes de deixar o pessoal completamente bêbado. Vivemos uma grande crise de sobriedade.
E vou parar por aqui porque a leitura que não é nenhuma droga, muito pelo contrário, não é muito cheirada nem fumada por estas plagas.
P.S.- Só admiro quem tem a coragem de enfrentar o absurdo e a crueldade da condição humana de Cara Limpa.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

AS DONAS DO PEDAÇO

A história das mulheres ao longo dos séculos é a própria calamidade social. Vítimas de toda a sorte de preconceitos, humilhadas, injustiçadas, preteridas, agredidas, enfim, é um percurso sórdido para ser esquecido ou reparado. Ainda hoje, no mundo oriental, as mulheres são vítimas das piores velhacarias. Clitoredectomia, amputações e discriminações de toda a ordem. Tenho muita pena de todas as mulheres  que vivem em países muçulmanos. É inominável o que se faz com as mulheres.
Atualmente no mundo ocidental, vários paradoxos sobrevivem. No século vinte um,  pode-se dizer que a época mais tenebrosa para as mulheres já passou. Subsistem aqui e ali, algumas injustiças. Não se esqueçam que o Brasil é quase uma Ginecocracia.
Ao longo dos tempos, a mulher sempre usou o seu sexo como arma para controlar o macho. O que se compreende perfeitamente pois era a única coisa que lhe restava. Sempre manteve o homem refém da sua genitália de maneira muito sutil. Fez greves de sexo e aprendeu através do seu hemisfério cerebral direito muito desenvolvido e do seu rico Corpo Caloso, a ter bem mais domínio sobre os seus desejos sexuais. Some-se a isso todos os dispositivos culturais colocados a serviço da repressão sexual da mulher.
O hemisfério direito do cérebro é o setor da arte, da imaginação e da criatividade. Contraditóriamente, não considero as mulheres muito afeitas à atividade artística; isso é coisa de homem que misteriosamente não tem o seu hemisfério direito muito desenvolvido. (A repressão acabou  e nem por isso vejo surgir grandes escritoras, grandes compositoras, grandes pintoras, no horizonte artístico pós-moderno.) Deixo para vossa reflexão. Tenho uma pista, no entanto. O hemisfério que poderia ser usado para artes, sempre esteve a serviço de estratégias vivenciais para fazer face à sua desvantagem em relação ao macho humano. Sempre se disse que as mulheres eram e são muito manhosas. A manha vem sem dúvida nenhuma do hemisfério direito.O ardil e a manha salvaram as mulheres da estupidez masculina.
Apesar de todas as conquistas das mulheres, elas ainda continuam a usar as velhas armas do passado. Basta observar uma mulher caminhando pela rua para se perceber que para ela, a vagina ainda é uma arma. A maneira de olhar, de andar, de se comportar, a sua apropriação exagerada do ato sedutório, o seu compromisso extremado com a beleza física, dizem o seguinte para os mais intuitivos e mais sensíveis:- "Eu tenho aqui uma coisa que pode te levar ao êxtase, mas eu é que mando. Eu é que determino se libero ou não para você a porta estreita do paraíso."
A mulher continua apesar de todos os avanços, a ser o que chamo de Arrogante Genital. Que arrogância! Como é metida a besta! Achar que o Êxtase é uma vagina. E anacrônicamente, o homem continua a ser esfaqueado por essa arma na sua lamentável infantilidade. O homem continua sendo o que eu chamo de Pré-Babaca Genital. É a arrogância contra a pré-babaquice. Conclamo os homens no sentido de suplantar essa pré-babaquice genital elementar. Assim, ficaremos em pé de igualdade com as donas da sexualidade humana, sem os traços da nossa previsibilidade primária.
Está na hora de abandonar essa velha arma e lutar com armas mais convencionais e modernas nestes tempos muito igualitários.
Para mim, é um enigma. Como é que alguém que foi premiada pela natureza com a sexualidade mais exuberante e forte de que se tem notícia, usa essa mesma sexualidade para obter vantagens não sexuais? ( Por exemplo, a prostituição feminina em todos os níveis e situações, é uma mina de ouro; a masculina é um fracasso retumbante. Só funciona para gays.) Por que não usufruir dessa máquina sexual maravilhosa pura e simplesmente? Não se esqueçam que isso é perfeitamente possível graças aos métodos anticoncepcionais disponíveis. Só um estudo muito minucioso do passado histórico das mulheres pode elucidar mais adequadamente esse quebra-cabeças.

sábado, 13 de dezembro de 2014

INCOMODANDO OS INFELIZES


Tudo pode ferir um infeliz. A tua voz, a tua maneira de andar, o teu sorriso, o teu senso de humor que ele nem consegue detectar,( o infeliz está tão absorto na sua miséria existencial que ele não faz nem entende mais as metáforas) a tua cultura geral, (que quase ninguém mais possui nestes tempos bicudos e muito especializados) a tua competência, a tua contundência no trato da psicose líquida da pós-modernidade, a tua autenticidade, a tua espontaneidade, enfim, tudo pode ferir um infeliz. O infeliz é a pessoa mais suscetível do planeta. O infeliz não entende nada; vive por imitação e comparação. Herdou posturas e comportamentos e não questiona nada porque pensa muito superficialmente e por isso não consegue realizar as melhores sinapses. Refugia-se em figuras míticas como Jesus, Maomé, Buda e se confunde com elas num imbróglio existencial sem precedentes. Os infelizes deixam os outros atônitos e confusos.
O infeliz  adota inconscientemente uma agressividade gratuita ou recorre à difamação que não considera crime, mas uma forma legítima de expressão. O número de infelizes tem aumentado consideravelmente. Não se fazem mais infelizes como antigamente. Agora a infelicidade é um misto de perdição e loucura.
Quem vive em sociedade acompanha de forma inevitável os movimentos existenciais dos outros. É impressionante como existe gente perdida aos 40, 50, 60 e até 70 anos. Espero e admito perdição na juventude. Loucura e perdição caduca, eu não aguento mais.
Em muitos casos a infelicidade crônica entremeada por alguma crises ridículas de alegria, é caso para a psiquiatria. O tratamento psiquiátrico também não é garantia de felicidade, considerando que a felicidade é um estado de espírito único, criado pelo próprio indivíduo no interior de si mesmo.
O que mais está associado à infelicidade crônica é a inveja. Todo o invejoso é infeliz. Certas e determinadas pessoas cultivam esse sentimento mórbido como se fosse um credo. Ao contrário do que dizem e imaginam, a inveja não é deletéria para o invejado. A inveja prejudica e devasta o invejoso.
Como não incomodar os infelizes se eles integram a maioria da população? A maioria das pessoas que conheço não são felizes. Apoiam-se em coisas exteriores para se manterem excitadas, entusiasmadas, alegres e até parecem felizes, mas quebram com facilidade. Compram, casam-se, viajam excessivamente, arranjam um(a) novo(a) namorado(a), ganham dinheiro, consomem exageradamente, bebem, trepam compulsivamente e disso depende o que elas chamam de felicidade. Estou careca de dar pistas de felicidade no meu blog. Mas, Na Jugular é um Blog Maldito porque não repete as veleidades que todo mundo vomita todos os dias e que não servem para nada. Na Jugular não posta um montão de flores de todas as formas e cores porque quem se cobre só de flores com certeza está morto ou muito desesperado. Por isso, Na Jugular é chato, pretensioso e insuportável.
Outra característica dos infelizes são as penosas e constantes variações de humor. Coitados! Mas o que esperar desta civilização que induz as pessoas à infelicidade? Valores truncados, falsas expectativas, apostas furadas, contos de fadas, superficialidade compulsória, mentiras e mais mentiras, hipervalorização do dinheiro, disputas risíveis por nada,  depuração das maldades em ascensão, campeonatos mundiais de futilidades, visões cataráticas de mundo, etc, etc.
Concluo que é inevitável incomodar os infelizes, a não ser que  cresçam e sejam finalmente felizes. Aliás, esses são os meus mais sinceros votos; que  todos sejam felizes. Não queria incomodar.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

VOCÊ TAMBÉM PODE TER UMA SUPERVAGINA

 PARA HOMENS E MULHERES

Não fazia nenhuma pesquisa na internet. Saí do meu e-mail e invadiu o meu campo visual míope a seguinte manchete: "Tenha uma Super  Vagina."  Pensei imediatamente que esse artigo não era para mim, claro. Mas fiquei curioso. Como seria ter uma super vagina? Coitado de mim, eu que só conheci vaginas. Li o artigo e gostei do estilo da articulista;  muito objetivo, vigoroso, feroz e sem meias palavras. Adorei  a autora do texto que se intitulava Professora de Ginástica Íntima. Que beleza! Afinal tudo era mesmo passível de malhação, inclusive a própria. Certamente, ela era detentora de uma Super VA GI NA. Uma razão a mais, para admirá-la, pasmar e babar desbragadamente..
Depois desse artigo, carimbei precocemente o meu passaporte para a terceira idade. Estou ficando caduco. O que haveria de fazer, eu que não tenho mais o viço e o verdor da juventude, diante de uma Super Vagina? Chega a ser assustador.
A professora de ginástica heterodoxa dava quinze conselhos para turbinar o mecanismo. Usar espelho para poder vê-la, trocar de calcinhas, (evitar calcinhas muito usadas), trabalhar a elasticidade com um bom vibrador, fazer com que os homens  conhecessem a vagina em todas as suas minúcias e idiossincracias, encontrar logo o ponto G, masturbar-se com alguma frequência, trabalhar os músculos pubococcígeos e circinvaginais para manter a libido em alta. Falava em feromônios e dizia também que a vulva única, é como uma impressão digital (neste ponto, pensei besteira, pensei em substituir a velha e surrada biometria pela vulvometria, desculpem. Foi sem querer.) Falava em lubrificação, em aparência, em beleza vaginal, nos multiorgasmos, enfim, li até ficar quase tonto. Parecia uma operação de guerra para se chegar à Super Vagina.
Apesar do choque que tive com a leitura da Super Vagina, acho que já está mais do que na hora de popularizar a super vagina. Há séculos que falam no super pênis e passam a vida inteira ocupados em espetaculizar o pinto, por que não promover também o show da perereca?
Atualmente não basta mais ter um reles orgão sexual. Isso é muito pouco. Temos que turbinar, bombar, aumentar, anabolizar tudo o que temos. Vivemos um período de "déjà vu." Todo mundo exala um fastio bocejante de tudo. Está todo mundo de saco cheio. São poucas as coisas que comovem verdadeiramente. Sobra tédio e repugnância pelo que já somos. Nada parece ter mais graça. Fabricam-se novidades para manter um certo nível de entusiasmo e evitar a famigerada depressão. Tudo tem que ser Super e Mega, com certeza, para disfarçar a pequenez das almas perdidas e inseguras.
O simples, o prosaico, o comum é repudiado e excluído. Cá pra nós, que ninguém nos leia. Então, não basta ter uma vagina? Não chega? Tem que ser Super? Para que serve tanto malabarismo? Se pelo menos as pessoas conseguissem ser felizes com os seus super pênis e suas super vaginas! Mas nem isso!
O que está acontecendo, hein?!

sábado, 6 de dezembro de 2014

OS SUPLÍCIOS DO AMOR ROMÂNTICO

Se você estiver apaixonado(a), por favor não leia este texto. Você ainda não está em juízo perfeito para ler textos deste gênero. Espere um pouco. O efeito dessa droga também vai passar. Eu garanto.
 A ANTOLOGIA POÉTICA DO TESÃO
Quem já se desintoxicou dessa droga perigosa chamada amor romântico, vai poder entender o que eu vou dizer. Quem ainda está viciadão nessa maconha emocional, não vai entender nada. Eu não me preocupo. Estou acostumado a não ser entendido. Aliás, não ser compreendido é o meu verdadeiro ofício.
Será que o encantamento ou estado hipnótico recíproco provocado pela química dos hormônios é razão suficiente para que dois seres vivam juntos? Será que o complexo impulso sexual pode ser chamado de amor? Amor? O que mais se observa é competição e disputa para ver quem consegue tirar mais do outro. Os verbos que mais caracterizam o amor romântico são: usufruir, subtrair, esconder, chantagear, mentir, trapacear, aproveitar, beneficiar-se e trepar. O último verbo é geralmente usado para apagar todos os ressentimentos e toda a raiva acumulada. É uma contenda inglória de dominadores e dominados.
O que se observa, salvaguardadas as exceções de praxe, é uma guerra emocional nojenta com todos os ingredientes da guerra suja que inclui principalmente por parte da mulher toda a sorte de estratégias sexuais. As mulheres são hábeis negociadoras genitais. Apesar de algumas evidências em contrário, a vagina continua superfaturada e o pênis, reles legume enrugado de fim de feira.
A química hormonal associada a vícios culturais herdados por homens e mulheres ao longo de séculos promovem essa coisa tediosa que é o amor romântico. Quanta literatura, quanta música, quanta pseudo-arte monocórdia já se rendeu a essa falácia impropriamente chamada de amor. E virou epidemia. Tudo responde pelo nome de amor. Tudo é amor, quando na verdade tudo é apenas tesão. Sugiro a consulta regular do dicionário no sentido de se achar as palavras adequadas para o que eu chamo agora de "tesão florido." Quantos jardins já foram plantados na genitália dos, ia dizer amantes, mas a expressão certa é "dos sequestrados pelo tesão."
Poderíamos respeitar um pouco mais o amor. Não coloquemos esse sentimento raríssimo da espécie em lugares tão inadequados. O amor não cabe nas partes baixas.
Só se fala em amor romântico quando há sexo. Conclui-se que é um fenômeno estreitamente ligado  à atividade sexual. Por consequinte, amor é uma palavra muito impertinente neste contexto.
Reivindico mais objetividade, clareza e maturidade ao abordar a questão sexual humana. Abomino  as derivações alucinadas do instinto sexual a que são submetidas as pessoas pois isto traz muito conflito e sofrimento inútil. E nem vou me aprofundar nas canções fastidiosas, grandes causadoras de estafa mental  e na miríade de filmes temperados na mais pura babaquice que têm o amor romântico como único tema. E basta.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

INFANTILIZAR PARA DOMINAR

Na sociedade perduram as histórias da carochinha.  Jesus te ama, a vida é bela, o bem sempre vence, Deus está vendo, só o amor constrói, sempre vale a pena, etc, etc. Coisas deste naipe, mergulham certas criaturas numa produção em série de esperanças absolutamente vãs. E esses contos de fadas são tão importantes que as pessoas são capazes de se matar para tentar assegurar de alguma forma a veracidade dessas falácias. Um banho de realidade levaria essas pessoas covardes ao suicídio. É melhor, não. Matenhamo-nas assim na mais preguiçosa alienação.
Com a onda insana do politicamente correto, as coisas pioraram. As palavras usadas pelos malucos do Politicamente Correto, supõem que todo mundo tem no máximo 5 anos de idade. Até parece que não estamos neste planetinha há várias décadas e que não sabemos como a banda toca por estas plagas.
Subestimam a nossa prodigiosa inteligência e tentam e conseguem por vezes, manipular os adoradores de Papai Noel.
Tudo vai bem menos os nossos ânus. Com esses discursos eufemísticos quem sofre o nosso cu. Quanto mais eufemismos mais o reto padece.
Insistem em fazer publicidade de um mundo que não existe mais ou que nunca existiu. Querem nos convencer a qualquer custo que a vida é uma grande dádiva e que viver é um privilégio único. Eu entendo a estratégia. Se não fosse assim, sem essa propaganda massiva e oficial do Sistema gritando e berrando as vantagens do existir, essa merda toda acabava. Mantendo o pessoal com crenças de primeira dentição, não há questionamentos e a dominação esfacela como dentes de leoa. O curioso é que apesar desta insuportável propaganda, esta merda vai acabar mesmo. Não só para os que morrem. Um dia esta bola desrespeitada e maltratada vai explodir e vai ser um espanto atrasado e autista pra todo o lado.
Os bons meninos e as boas meninas não ganham nada com as suas posturas exemplares. Eu já cansei há muitas décadas de ser bonzinho e de me foder. Felizmente ainda não consegui me juntar aos vários bandos podres que empesteiam a galáxia.
Conto com os avanços da ciência para que me avisem com uma hora de antecedência pelo menos  que vai tudo pelos ares. Vou gozar olhando para os cornos dos otimistas tolos e alegres e pedir desculpas sinceras a todos os gênios desprezados e aviltados pelo planetinha dos chimpanzés monoteístas.
Entschuldigung, Mozart.
Será um prazer inefável comemorar com Moët & Chandon o fim de um caso perdido.

sábado, 29 de novembro de 2014

COMO DEUS SALVA VIDAS



 UMA HISTÓRIA REAL
Esta é a história de Sara. Sara trabalhava demais. Depois que o seu namorado foi para os Estados Unidos, Sara se enfiou no trabalho. Nunca entendi muito bem a cabeça de Sara. Aliás, pouco entendo da cabeça das pessoas. Deixa p'ra lá . Levei meio século para entender a minha. É muito compreensível não compreender os outros.
Sara era professora de inglês. Adorava ir para Miami e fazer cirurgias plásticas. Dizia que fazia plásticas porque se amava. Eu sempre achei que ela  se odiava profundamente. Quem se ama mesmo não fica tão preocupado assim com a aparência. Para quem se ama minimamente, a opinião dos outros perde a relevância. Tanta plástica  para despertar o amor dos outros. Sara não sabia que o amor dos outros é possível mas muitíssimo improvável. Coitada! Tomou tanta anestesia, sofreu tantos cortes e lipoaspirações para não conseguir intuir que tudo que há de melhor no mundo estava dentro dela. Pobre Sara! Falava tanto em Deus, mas só queria atrair o Capeta. E é assim mesmo. Quanto mais as pessoas me falam em Deus mais elas se parecem com o Diabo.
Certo dia, Sara faltou ao trabalho. No dia seguinte à sua ausência veio a terrível notícia. Sara estava no C.T.I. entre a vida e a morte. Espantou-me a indiferença geral diante de fato de tamanha gravidade. Hoje está todo mundo assim, insensível. Acho que a carga desses dois milênios deixou as pessoas em coma existencial. Ninguém permite mais que o coração tome a dianteira. Parece um planeta de zumbis. E as coisas começaram a piorar com hora marcada, na virada do milênio. Acho até que o mundo acabou mesmo. Diziam que o mundo ia acabar no ano dois mil. Não é que acabou mesmo! Há 14 anos que sabemos que há vida depois do fim do mundo; uma vida de merda.
Sara lutou três dias no C.T.I. e foi transferida para o quarto no quarto dia. Espalhou-se a notícia que ela estava fora de perigo.
Sara chegou ao hospital com febre  e sentindo-se muito fraca. Foram feitos os exames de praxe e a tomografia constatou que algo de muito estranho estava acontecendo na sua vesícula. Foi operada de emergência  e antes da operação o médico disse-lhe que se ela não fosse operada naquele instante ela morreria. Sara pôs-se a chorar. O plantão do referido médico já tinha acabado e ele preparava-se para ir para casa. Abortou a saída, operou-a, retirando cálculos de uma vesícula completamente supurada. A septicemia era o próximo capítulo. Correu tudo bem e quinze dias depois Sara voltou ao trabalho ainda convalescendo.
Foi então que travei com ela o seguinte diálogo:
- E aí Sara? Que barra pesada! Escapou de boa, hein!. A vida é uma caixinha de surpresas.- disse
- É Joaquim, fui salva por Jesus. Deus me concedeu um livramento. Eu sabia que Deus não ia me abandonar. Deus não abandona os seus filhos. Deus é fiel. Senti a presença de Deus o tempo todo.
- Que Deus legal, hein! Muito legal. Fico até comovido. Agora se você foi salva por Deus por que você deixou aquele filha da puta daquele médico te operar? Por que você não deixou ele ir para casa? Já tinha acabado o plantão dele.  Que cara inconveniente! Não só não foi para casa como ainda abriu a tua barriga, costurou a tua vesícula e te mandou para o C.T.I. Que viado! Da próxima vez não permita que pessoas como ele atrapalhem a salvação de Deus. 

sábado, 22 de novembro de 2014

BRINCANDO DE FAZER CRIANÇAS

UMA BRINCADEIRA DE MAU GOSTO

Em primeiro lugar, gostaria que soubessem que o mundo não é uma cozinha. Na busca pela felicidade não há lugar para receitas culinárias. Ao contrário da gastronomia barata, a vida é o próprio tratado da imprevisibilidade.
Mas quem terá sido o idiota ou a circunstância que induziu as pessoas a pensar que para ser feliz basta seguir a receita? Claro, parece mais fácil misturar os ingredientes sugeridos pelos outros do que encontrar a sua própria  mistura.
Aos sábados à tarde, todas as igrejas do Rio de Janeiro estão repletas de leitores passivos de receitas que prometem o sucesso existencial. Apesar das evidências em contrário, o pessoal não para de se casar. É uma falta grave de imaginação e criatividade. Considero o casamento uma atividade social aberrante. Como é possível que dois seres humanos enganados pelo impulso sexual, se condenem a viver juntos até que a morte os separe? Isso é que é a verdadeira prisão perpétua, o resto é  apenas privação de liberdade. (E não venham me falar de amor romântico. Isso é mais uma balela cultural para humanizar, enriquecer e amenizar a  crueza atividade sexual humana. O pequeno detalhe revelador é que só existe o pretenso "amor" romântico quando também existe vida sexual. Não é sintomático? )
No bojo desse anacronismo, vem a procriação. Dizem que o destino biológico das mulheres é procriar. Duvido e faço muito pouco. ( Se p'ra você se sentir mulher você precisa recorrer ao expediente da maternidade, você não tem  a mínima noção das consequências dos seus atos. Você é um poço profundo de egoísmo.) A grande maioria dos habitantes deste planeta, está aqui por mera falha anticoncepcional. Em geral, o casamento vira uma bosta a dois e para dar algum sentido a esse excremento cultural, valem-se de um inocente para viabilizar a chamada vida conjugal.( O tiro também pode sair pela culatra; o nascimento do bebê acaba com a encenação consentida.) 
Por vezes, nem chega a ser assim. A irresponsabilidade diante do impulso sexual faz com as pessoas povoem este mundo de vítimas.  Não podemos usar uma vida por incompetência existencial ou para seguir padrões culturais.
Somos muito civilizados, cheios de cerimônias e etiquetas, mas na hora de trepar, trepa-se como  chimpanzés ou bonobos. Se somos civilizados, temos que ter alguma responsabilidade face ao apelos irresistíveis dos hormônios. Vamos insistir. Mas por enquanto a camisinha é um lamentável e estrondoso fracasso mundial.
Ninguém se preocupa com a pobre criatura que vai habitar este planeta nefasto. Os pais só estão preocupados com eles e com o seu respectivo Tesão. Ninguém pensa na vítima Metafísica que vem morar no planeta da Dilma. Ninguém pensa em porra nenhuma, só em foder. E quem tem consciência mínima das coisas sabe que a vida não é exatamente um "cadeau".
Deveriam fazer uma campanha de abrangência planetária para que a foda passe a ser responsável. E tanto é criminoso e inominável que se as condições não forem propícias para os fodedores compulsivos, matam a pobre criatura e chamam isso de aborto. Dispõe do mistério da vida como se fossem deuses, abortam a operação trepada.
As ditas famílias deveriam falar de pênis eretos e vaginas lubrificadas todos os dias na hora do jantar para educar e instruir os adolescentes intoxicados de testosterona. O Homo Sapiens  é tão prodigioso que a até a testosterona pode ser domesticada. Reivindico que se é para civilizar (e  tanto enchem o saco com esta merda de civilização, o politicamente correto e o escambau) que se civilize também essa droga deletéria chamada testosterona. O que não pode mais acontecer é povoar este planeta de maneira aleatória, criminosa e animalesca e depois fazer a apologia ultra-babaca da maternidade. Que fofo! Que lindo! Lindo pra quem Cara Pálida?

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

INSANIDADES PÓS-MODERNAS

Não sei  se tem a ver com a minha idade, com a minha maturidade, mas eu nunca vi tanta insanidade na minha vida. Pode ser também que graças à Internet eu tenha mais acesso à insanidade. Antigamente, a insanidade não conseguia ser tão difundida. A insanidade sempre esteve na ordem do dia, hoje no entanto, ela invade os nossos cotidianos e violenta as nossas esperanças em dias melhores.
Escolhi alguns textos que garimpei na internet para ilustrar o que digo. Primeiro, escolhi algumas frases que achei interessantes sobre o tema.

Quando uma pessoa sofre de um delírio, isso se chama insanidade. Quando muitas pessoas sofrem de um delírio, isso se chama religião.
Robert M. Pirsig
E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.
Friedrich Nietzsche 
Estar apaixonado é estar mais próximo da insanidade do que da razão. 
Sigmund Freud
Insanidade em indivíduos é algo raro - mas em grupos, festas, nações e épocas, ela é uma regra.
Friedrich Nietzsche 
Hitler não era mau, foi apenas um louco, mau foi o povo que aclamou sua insanidade.
Luqui Vlad Zavroiëviski
Quem ganha o premio antes da luta, perde motivação pela vitória.
Insanidade Lírica
Seguem três textos que revelam a insanidade de nossos dias.

No Irã, sair com cão na rua poderá ser ofensa a Maomé

Para muçulmanos, cachorro
é considerado animal impuro


Legisladores conservadores do Irã apresentaram projeto de lei que, se aprovado, passará a considerar como ofensa a Maomé levar cachorro para passear em lugar público, como ruas e praças. No caso, o dono do animal terá de pagar multa ao equivalente a R$ 800 a R$ 8.000 ou levar 74 chibatadas.
Um grupo mais radical quer proibir a posse do animal.
Para o Islã, o cachorro é um animal impuro. Algumas raças do animal são consideradas demoníacas, embora as duas citações sobre cachorro no Corão não sejam negativas.
Contudo, na interpretação de muçulmanos mais conservadores, os cães são malditos porque, em uma oportunidade, o anjo Gabriel não encontrou Maomé porque um filhote de cachorro tinha estado na casa do profeta.
O anjo Gabriel teria dito: “Nós anjos não entramos em uma casa em que há um cachorro ou uma foto”.
Entre os ditos esparsos de Maomé, há um em que o profeta teria ordenado a matança de cães, mas a credibilidade de tal ordem é contestada por estudiosos do islamismo.
O projeto de lei ressaltou que, além de ser “contra a cultura islâmica”, passear com cachorro e macaco em lugares públicos é prejudicial à saúde.
Antes da elaboração do projeto, a Polícia Moral do Irã já vinha pressionando donos de cães a entregá-los para sacrifício.
No Irã, quem tem cachorro é uma minoria, constituída principalmente de pessoas ricas.
Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2014/11/no-ira-sair-com-cao-na-rua-podera-ser-ofensa-a-maome.html#ixzz3IQzAguHT


Universal é condenada por agredir epilético em exorcismo



Aposentado teve convulsões

A Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus) vai ter de indenizar em R$ 50 salários mínimos (R$ 23.250,00) o aposentado Higino Ferreira da Costa, que foi agredido em uma sessão de exorcismo durante um culto. É o que decidiu o STF (Superior Tribunal de Justiça), confirmando uma sentença do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo. A informação é do site do STF.
Costa sofre de epilepsia e teve convulsões quando passava diante de um templo. Ele conta que foi carregado por pastores e obreiros para o altar e lá agredido, em um ritual para livrá-lo do Satanás.
Depois, ele foi levado para um banheiro onde levou socos e pontapés e em seguida desmaiou.
Costa disse que os pastores também ficaram com o dinheiro que ele tinha sacado um pouco antes em um caixa eletrônico.
O juiz de primeira instância negou o pedido de indenização. O aposentado recorreu ao TJ, e o caso foi parar no STJ, com decisão favorável a Costa.
Para o ministro Luis Felipe Salomão, do STJ, Costa foi submetido a violência física e a humilhação. Cabe, portanto, no entendimento daquela Corte, disse Salomão, uma indenização por danos morais.
Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2009/08/universal-e-condenada-por-agredir.html#ixzz3JQoCR8Ok


A insanidade chega ao reino animal.
Focas estupram pinguins e pesquisadores não sabem o motivo

Agência O Globo


O fenômeno recente tem sido observado entre as jovens focas na ilha Marion no Atlântico Sul e o alvo são os pinguins-rei.
RIO - De acordo com estudo publicado na revista “Polar Biology” deste mês, focas estão estuprando pinguins e os cientistas não conseguiram entender o porquê. O fenômeno recente tem sido observado entre as jovens focas na ilha Marion no Atlântico Sul e o alvo são os pinguins-rei.
A equipe sul-africana responsável pela pesquisa - Ryan Reisinger, William Haddah, Tristan Scott, Marthán Bester e Nico de Bruyn - documentou três incidentes de focas na ilha abusando sexualmente os pinguins. Houve outros incidentes registrados nos últimos 30 anos.
- Em termos humanos, você chamaria isso de estupro - disse Reisinger ao jornal “Times Live”. - Os pinguins reagem como se o predador estivesse tentando matá-los, pois eles inicialmente lutam por suas vidas, mas as focas são muito maiores e mais fortes, de modo que eles facilmente dominam os pinguins.
Em uma ocasião, uma foca tentou copular com um pinguim, e, em seguida, o comeu. Os pesquisadores não têm certeza do que está levando os animais a esse comportamento. No início, pensou-se que era parte do comportamento predatório normal das focas com relação aos pinguins.
O comportamento altamente incomum pode ser aprendido, “mas não sabemos o que pode ser a recompensa por aprender esse comportamento”, disse Reisinger.
Outra teoria é que a concorrência pelo sexo feminino tem feito com que alguns machos mais jovens atacassem os pinguins.
- É um pouco desconcertante, chocante e, estranhamente, um pouco embaraçoso ver, mas não há definitivamente nada de engraçado nisso - alertou De Bruyn.