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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Violência doméstica contra homens


A violência doméstica praticada contra homens é um assunto pouco debatido em nosso país. Entretanto, estamos diante de uma dura e triste realidade, a cada dia mais e mais perceptível.
Há dificuldades para se identificar essa violência. Também há resistência e até mesmo vergonha de muitos homens para admitir serem vítimas dessa espécie de violência.
De fato, à semelhança do que ocorria com as mulheres, os homens tendem a esconder ou disfarçar essa situação.
Considera-se violência doméstica todo e qualquer tipo de agressão, seja ela física ou psicológica, ou ainda, conduta controladora, frases insultantes, frases depreciativas, ameaças, tapas, pontapés ou golpes.
Podemos citar, de forma não exaustiva, alguns exemplos de violência doméstica:
a) insultos, utilização de nomes vulgares atingindo a auto-estima do seu companheiro;
b) atitudes ciumentas ou possessivas;
c) ameaças, com violência ou grave ameaça;
d) agressões físicas (empurrões, chutes, tapas, choques ou quaisquer outras ações que possam machucar o companheiro, seu patrimônio, objetos, filhos, ou animais de estimação); e
e) prática de relações ou atos sexuais contra a vontade do companheiro.
O homem, vítima de violência doméstica praticada pela sua companheira, em geral, apresenta pouca auto-estima, vergonha e até sentimento de culpa pelo acontecimento.
As consequências dessa espécie de violência são gravíssimas podendo inclusive, devastar uma relação, face aos danos físicos e psicológicos que causa.
Alguns estudos apontam o ciúme como uma das principais causas dessa violência.
Eduardo Ferreira Santos, em sua obra “Ciúme, o lado amargo do amor” define a pessoa ciumenta da seguinte forma:
“A pessoa ciumenta é tida como alguém que interfere na vida do outro, alguém que cerceia as liberdades individuais, pois o ciumento realmente vasculha bolsos e bolsas, acha-se no direito de abrir correspondência “suspeita”, revisa os números de telefone discados pelo outro, procura ouvir conversar na extensão e muito mais.”
Atualmente no Brasil inexiste norma específica que trate da violência doméstica praticada contra homens, ao contrário do que ocorre com as mulheres, desde o advento da Lei 11.340/06, também conhecida como Lei Maria da Penha.
Muito se discute quanto à possibilidade de extensão e aplicação dessa Lei aos homens vítimas de violência doméstica.
A princípio, temos que a Lei Maria da Penha buscou tutelar de forma específica a mulher vítima de violência doméstica, familiar e de relacionamento íntimo, instituindo tratamento jurídicociúme diverso daquele contido no Código Penal, porque delimita, quanto à sua aplicação, o sujeito passivo das modalidades de agressão, que só pode ser a mulher.
Todavia, interpretando-se de maneira mais profunda os termos dessa Lei e a teor do que dispõe o § 9º do art. 129 do Código Penal, que não faz restrição a respeito das qualidades de gênero do sujeito passivo, pode alcançar ambos os sexos.
Luis Flavio Gomes entende por essa extensão desde que se constate alguma analogia fática, impondo-se a analogia in bonam partem.
Pessoalmente, este articulador partilha da opinião daqueles que entendem que os benefícios dessa Lei devem ser estendidos a todos os homens que solicitarem proteção ao Judiciário, caso a caso, pois há interesse de agir, e o Judiciário não pode negar a prestação jurisdicional.
De qualquer forma, temos que a extensão da aplicação dessa Lei aos homens ainda encontra um posicionamento iniciante em nossa jurisprudência que, apenas em casos isolados, beneficiou e os protegeu contra as arbitrariedades cometidas por suas companheiras. 
 Yves Zamataro

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A decepção é inevitável

Com toda a publicidade que as pessoas fazem de si próprias, somos induzidos ao erro. Ninguém tem defeitos, todos são o máximo. Sempre falta falar da fraude que a grande maioria das pessoas representa.
Esperar pouco, não é desistir; é um acautelamento.
O amontoado macrabro de decepções é proporcional ao otimismo, ao deslumbramento, ao romantismo maionézico, à dependência e à carência afetiva piegas de todos nós. Decepção não mata, mas causa danos ou até pode ajudar a virar a mesa, a viver sem mesas e a comer no chão.
O mundo está repleto de fraudes bípedes, bímanas e "racionais" e de psicopatas. E ainda assim, todos sem exceção, são encorajados a cair na arapuca dos sonhos. E ai de quem disser que sonho não é para todos! Essa democracia do sonho é uma furada que só dura o tempo necessário para você acender outro sonho como se acendesse mais um "bagulho".
"Molduras boas não salvam quadros ruins". Não multiplique expectativas. Não vai acontecer nada de tão interessante. O que você tem é o prato já muito conhecido do meio-dia. Não vá muito além disso, se você não quiser se ferrar demais. E o prato comum do meio-dia é bom, alimenta, dá segurança e alguma paz. O prato prosaico do meio dia é o que você tem de mais certo, mas não dá para alucinar, berrar, vibrar, nem ter larica.
E não venha me falar de grandes aventuras porque endorfinas e adrenalina, são coisas que apenas passam pela sua corrente sanguínea.
Louve os seus inimigos pois eles nunca vão te decepcionar. Desconfie dos seus amigos porque eles podem ser os responsáveis pela tua frieza, pela  tua indiferença e pela tua placa de "FODA-SE" toda iluminada, nas curvas e nos melhores trechos do teu caminho.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

As 9 mulheres mais poderosas de todos os tempos


Cleópatra

Cléopatra foi a última governante do Egito Antigo. Brilhante estrategista, a rainha se associou com os imperadores romanos Júlio César e Marco Antônio, inclusive como amante, para garantir que se manteria no trono de um Egito independente. Isso porque, no auge da consolidação do Império Romano, as terras próximas ao Rio Nilo eram consideradas valiosas. Ela teve êxito até à conquista de Roma por Otaviano, que culminou no suicídio de Marco Antônio e da rainha Cleópatra, aos 39 anos de idade, em 69 a.C.

Imperatriz Viúva Tseu-Hi 

A Imperatriz Viúva Tseu-Hi nunca foi coroada governante da China, mas se tornou regente em 1861, por um desvio na linha sucessória. Concubina do imperador Xiangfeng, foi a única a gerar um filho — o imperador Tongzhi, herdeiro do trono. Xiangfeng morreu, seis anos depois, e o menino foi coroado. Tseu-Hi seguiu no poder mesmo após a morte de seu herdeiro, em 1875, ao emplacar seu sobrinho menor de idade como Imperador. Deixou a função em 1908, depois de um papel de destaque na resistência chinesa à dominação britânica, principalmente no Levante dos Boxers (1900-1901).

Catarina, a Grande

Catarina, a Grande nasceu na Prússia, região que hoje pertence à Alemanha, e chegou ao trono da Rússia por um golpe de estado que matou seu marido, Pedro 2°, após a Guerra dos Sete Anos (1754-1763). A czarina foi responsável por um período de bonança no país que se tornou uma das grandes potências europeias. Ela incentivou a modernização russa, seguindo os passos do marido. Hoje, é sabido que Catarina trocou correspondências com o filósofo francês Voltaire sobre os principais temas em voga durante o Iluminismo e chegou a abrir uma faculdade para mulheres na Rússia.

Elizabeth 1ª

Elizabeth 1ª era filha do rei Henrique 8°, criador da Igreja Anglicana, com Ana Bolena. Após o nascimento da herdeira, o rei acusou a esposa de conspiração e a matou. Quando Elizabeth ascendeu ao trono, em 1558, decidiu não se casar — contrariando a prática comum na época, de casamentos arranjados para consolidar alianças entre reinos. Um de seus principais êxitos políticos foi a humilhante derrota imposta à Armada da Espanha em 1588, quando os ibéricos tentaram conquistar as ilhas britânicas. Elizabeth 1ª morreu em 1603, aos 69 anos.

Vitória

A rainha Vitória teve o reinado mais longo de toda a história da Inglaterra, de 1837 a 1901. Mãe de nove filhos, que se casaram com diversos monarcas europeus, ela foi apelidada na época de "A avó da Europa". Vitória foi a rainha que conduziu o Reino Unido ao seu período de maior riqueza, com a conquista de colônias por todo o mundo e expansão do império ao Oriente, para regiões como a Índia e a China. O período vitoriano também teve implicações na cultura, na arquitetura e nas artes, marcadas pelo conservadorismo estético e nos costumes.

Maria Teresa da Áustria

O rei Carlos 6° da Áustria passou boa parte da vida tentando assegurar que sua filha, Maria Teresa, herdasse a coroa. Contudo, após sua morte em 1740, a França e reinos germânicos repudiaram a decisão e iniciaram a Guerra de Sucessão Austríaca, que durou nove anos. Vitoriosa, Maria Teresa promoveu a agricultura, reformas financeiras e de educação (inclusive introduzindo o ensino da língua alemã) e reorganizou o exército. Ela, porém, não permitiu liberdade de culto além do catolicismo. Maria Teresa foi mãe de Maria Antonieta, rainha da França retratada no filme homônimo, da cineasta norte-americana Sofia Coppola.

Wu Zetian, imperatriz chinesa 

Wu Zetian nasceu no ano de 625 e foi a única mulher a ocupar oficialmente o trono chinês em mais de quatro mil anos de história. Oriunda de uma família próxima aos círculos do poder, ela se tornou imperatriz em 690, desafiando os confucionistas. Por causa disso, um de seus grandes legados foi a difusão do budismo na China, doutrina que legitimava sua permanência no trono. Ela fundou sua própria dinastia, Zhou, e ficou conhecida como Imperatriz Wu. Os registros históricos mostram que o reinado dela foi pautado pela crueldade e perseguição aos opositores.

Imperatriz Teodora

Mesmo com a queda de Roma, o império romano seguiu forte na sua porção oriental, em Constantinopla (atual Istambul). Em 527, subiu ao trono o Imperador Justiniano, que deu poderes de regente à esposa, a Imperatriz Teodora. Bizâncio se tornou uma das mais ricas e modernas capitais imperiais à época. Sob o comando de Teodora, a cidade foi renovada — a Basílica de Santa Sofia é uma das construções do período. Teodora foi determinante na ascensão da atual Turquia como uma nação poderosa mundialmente, condição que manteve até o fim do Império Otomano.

Isabel de Castela

Isabel de Castela, ao contrário da rainha Elizabeth 1ª, usou o casamento para consolidar sua posição de poder na Europa. Ela se casou com Fernando, rei de Leão, e a aliança permitiu importantes feitos. Um deles foi a expulsão dos mouros de Granada, em 1492, que permitiu a unificação do país com limites parecidos com os que conhecemos hoje. Os "reis cristãos", como eram conhecidos, também financiaram a esquadra de Colombo que encontrou a América naquele mesmo ano. Isabel teve um papel decisivo na história ao contribuir para a expansão do império espanhol, cujo apogeu foi no século 16.
Fonte: eHow - Brasil

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O complô dos canalhas

Aproveitando-se desta frouxidão na escala de valores que já vigora há largas décadas, todos os canalhas do Brasil que já povoam o maior covil de ladrões de que se tem notícia, foram arrancados dos seus esconderijos ao mesmo tempo.
É tanto dejeto, tanto excremento, tanto fedor, que vivemos uma das maiores indigestões morais da história do Brasil.
Detesto chover no molhado e para não dizer o que muitos já disseram, acrescento apenas que agora tenho certeza absoluta que certas almas também defecam. O espírito humano evolui a tal ponto, que na pós-modernidade, até adquiriu a capacidade de soltar flatulências e evacuar. E quem não tiver ânsias de vômito está com a alma doente.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Tolerar não é respeitar

Comecemos pelas definições.
Respeito é um substantivo masculino oriundo do latim respectus que é um sentimento positivo e significa ação ou efeito de respeitar, apreço, consideração, deferência.
Na sua origem em latim, a palavra respeito significava "olhar outra vez". Assim, algo que merece um segundo olhar é algo digno de respeito.  Por esse motivo, respeito também pode ser uma forma de veneração, de prestar culto ou fazer uma homenagem a alguém, como indica a expressão "apresentar os seus respeitos". Ter respeito por alguém também pode implicar um comportamento de submissão e temor.
Tolerar - Verbo Transitivo - Permitir de forma tácita, deixar passar. Suportar,  admitir, consentir.
Há muita coisa que eu gostaria de respeitar, mas não consigo; eu só tolero. Raramente se respeita uma opinião dissonante. O máximo que as pessoas conseguem fazer, neste caso, é tolerar, embora, digam respeitar, por vício, imitação, convenção e falta de originalidade.
Apesar da palavra respeito, ser a primeira que vem à boca da grande maioria, com muita frequência, não passa de tolerância. Conseguir tolerar já é bom, mas respeitar é muito mais que tolerar.
Eu não consigo respeitar a virgindade de Maria, os que são induzidos ao suicídio para usufruírem  de 72 virgens no paraíso, (que coisa cansativa e grotesca!) a ressureição de Jesus, a reencarnação, as vidas passadas e as vidas futuras, a salvação existencial através do amor romântico, a noção pequena de pátria, a busca da felicidade pelo consumo, a superioridade intelectual dos acadêmicos, etc,etc.
Estas e muitas outras coisas, eu não respeito, eu apenas tolero. Então, que se use a palavra correta e que se continue a tolerar.

Egus monumentalis

O latim é por minha conta e risco. Ego, aqui, não tem nenhuma conotação psicanalítica. 
A competição nunca parou. Desde que se nasce não se faz outra coisa senão competir. A competição é intrínseca e inexorável. Entretanto, mudaram muito, as formas e os conteúdos da competição.
Eu já fui obrigado a competir no campeonato da humildade, da generosidade, da sinceridade, da autenticidade, da honestidade, da verdade, do altruísmo, da abnegação e do amor.  Não alcancei as primeiras posições nesse campeonato obsoleto, mas foi razoável. Egus inflatus, tudo bem. Egus monumentalis, eu não aguento. É demais.
Hoje, em face dos arquitetos profissionais do ego, ocupo as últimas posições. Hoje, o campeonato é outro. Compete-se em hipocrisia, orgulho, presunção, mentira, preconceito, frivolidade, irreflexão, superficialidade, estupidez e mediocridade. Neste campeonato, faço esforços hercúleos para não cair na zona de rebaixamento.
Os que nasceram por estes dias são peritos na construção de monumentos ao Ego. Todos são os melhores em tudo. Quem ouve um adolescente falar, pode ter a impressão que está diante de um especialista em quase tudo. Os consulentes de oráculos tecnológicos, assumem destaques de semi-deuses e não sabem porra nenhuma.
Nessa olimpíada de monumentos, não vou fazer o jogo da maioria porque desprezo a maioria, não vou construir um monumento, vou fazer um puxadinho e não vou valorizar nem um pouco essa empáfia ridícula.
Monumentos não se relacionam. Monumentos, se alisam, se lustram,  se enganam, se estranham e nada mais.
Egos monumentais nos condenam à solidão, à masturbação e ao delírio psicopata de que somos muito importantes quando não somos merda nenhuma.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Os 10 livros brasileiros mais lidos

Os livros brasileiros mais lidos de todos os tempos
O Menino Maluquinho 

O escritor, jornalista e ilustrador Ziraldo é muito querido pelas crianças e um dos mais importantes autores infantis, com uma série de livros publicados e premiados. Suas histórias são divertidas e mexem com a imaginação. Sua criação de maior sucesso é "O Menino Maluquinho", com mais de 100 edições e 3 milhões de exemplares vendidos. A história de um menino traquina que é muito amado e se torna um adulto feliz virou filme, material escolar, especial para a TV, jogos e originou novos livros.

O Alquimista

Paulo Coelho é o autor brasileiro mais lido no exterior. "O Alquimista", lançado em 1988, é seu maior sucesso e entrou para o Guinness Book (Livro dos Recordes), por ser o livro mais traduzido (em 69 idiomas). A obra conta a história de um jovem pastor e sua longa viagem da Espanha ao Egito à procura de um tesouro perdido, anunciado a ele através de um sonho. O percurso acaba sendo uma busca de respostas para mistérios existenciais. O livro incentiva a não desistir dos sonhos e a identificar os sinais que aparecem ao longo da vida.

Iracema

"Iracema", a "virgem dos lábios de mel", é o romance histórico-indianista do escritor brasileiro José de Alencar, publicado em 1865. O livro aborda o amor entre uma índia e o colonizador português Martim, que simboliza a origem do Ceará, terra natal do autor. Dessa união de raças nasce Moacir, que representa o primeiro cearense. A história se passa no início do século 17 e caracteriza a fase nacionalista de José de Alencar, que ainda lançou mais dois romances indianistas: "O Guarani" e "Ubirajara".

Memórias Póstumas de Brás Cubas

Outro clássico da literatura brasileira é "Memórias Póstumas de Brás Cubas", escrito pelo mais consagrado autor brasileiro de todos os tempos: Machado de Assis. A história foi publicada em capítulos, durante 10 meses em 1880, numa revista. No ano seguinte, Machado transformou a obra em livro, narrado em primeira pessoa pelo personagem Brás Cubas, um homem já falecido, mas que escreve suas memórias póstumas do túmulo. O autor usa da isenção de um personagem morto para fazer uma crítica à sociedade do século 19.

Dom Casmurro

Outro livro de autoria de Machado de Assis que continua atraindo inúmeros leitores é "Dom Casmurro". A primeira edição foi lançada em 1899, mas sua narrativa é tão instigante que até hoje se discute o grande enigma: Capitu traiu ou não Bentinho? O casal tem um filho que se parece mais com Escobar, melhor amigo de Bentinho, do que com o próprio pai. Na obra não fica claro se tudo não passa de imaginação do personagem ou se Capitu realmente cometeu adultério, já que o autor mantém essa interrogação até o final.

Gabriela, Cravo e Canela

Jorge Amado é um dos nossos escritores modernistas mais lidos, com várias obras adaptadas para o cinema e a televisão. Um de seus livros mais conhecidos é "Gabriela, Cravo e Canela", publicado em 1958. A história se passa nos anos 1920 e mostra a hipocrisia da sociedade da época e as disputas políticas dos coronéis do cacau. O personagem Nacib se encanta por Gabriela, uma retirante que chega a Ilhéus. Mas ela também atrai a atenção dos senhores influentes da cidade. Traição, machismo, opressão da mulher, amores proibidos e intolerância são aspectos abordados na narrativa.

Reinações de Narizinho

Monteiro Lobato criou através de suas obras um mundo onde as crianças podem viajar na imaginação. Durante as férias no sítio da avó (Sítio do Picapau Amarelo), Narizinho e Pedrinho vivem muitas aventuras, que incluem Emília, uma boneca falante, a Cuca, o Saci e outros personagens ligados à cultura brasileira, mesclados com princesas como Cinderela e Branca de Neve. As histórias são tão interessantes que foram transformadas em seriado na televisão. Um de seus livros mais lidos foi "Reinações de Narizinho" (1931), a menina do nariz arrebitado e neta de Dona Benta.

A Moreninha

Joaquim Manuel de Macedo escreveu o romance "A Moreninha" em 1844, e a repercussão foi tão grande que o fez abandonar a carreira de médico. O livro faz parte do Romantismo brasileiro e conta a história da visita de quatro estudantes de medicina à casa da avó de um deles (Felipe), na Ilha de Paquetá. O rapaz aposta com um dos amigos (Augusto), que se algum deles se apaixonasse durante a permanência em Paquetá, ele escreveria um livro contando a história. E justamente Carolina, sua irmã, despertará a paixão do colega.

Senhora


José de Alencar escreveu o romance urbano "Senhora", publicado pela primeira vez em 1875. Esse é um dos livros mais lidos da literatura brasileira e foi também adaptado para a televisão. Trata-se da história de Aurélia que após ser rejeitada por ser pobre, recebe uma herança e realiza uma transação comercial para "comprar" justamente o homem que a rejeitou. O livro mostra os costumes da Corte durante o Segundo Reinado no Rio de Janeiro e faz uma crítica à sociedade norteada pelo dinheiro.

Capitães da Areia


O escritor baiano Jorge Amado tem uma vasta obra de sucesso, que o faz ser o segundo autor brasileiro mais vendido de todos os tempos, ficando atrás apenas de Paulo Coelho. Em 1937, publicou "Capitães de Areia", seu sexto livro e um dos mais lidos. A história se passa em Salvador nos anos 1930 e retrata a vida dura de um grupo de menores abandonados conhecidos por "Capitães da Areia", que sobrevivem de furtos e trapaças. Jorge Amado mostra a realidade dessa população marginalizada, tecendo uma crítica social e política.
Fonte: eHOW - Brasil

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A oficialização do preconceito

"Quem não tem preconceitos não tem cuidados linguísticos."
Joaquim Esteves 
O preconceito já foi um sentimento privado e inconfesso. Hoje, com esta onda avassaladora e mundializada do "politicamente correto", o preconceito passou à esfera pública, oficial e quase institucional.
Se o caro leitor, não tiver nenhum preconceito em relação a uma determinada condição por que razão irá usar de tantos e tão variados melindres lexicais para se referir a ela?
A nossa civilização é um viveiro de preconceitos. Quem se diz sem preconceitos está mentindo vergonhosamente. O combate ao preconceito é um trabalho interior, cerebral, íntimo e racional. Fiscalizar as palavras não resolve nem atenua o problema. O que pode mitigar o problema é corrigir os pensamentos, os comportamentos e as atitudes. Atacaram o mais acessível e o mais fácil: as palavras. Este ataque só engrendrou uma caça às bruxas subliminar, com censura, cortes e sanções estúpidas. Falta coragem, sanidade, lucidez, bom-senso e muito esforço para atacar as visões estúpidas de mundo, a ignorância que é o melhor sinônimo para mal e um apurado senso de justiça. Que se eduquem os preconceituosos. Modular a expressão é elementar, ineficaz, ridículo e hipócrita.
No que diz respeito ao preconceito o buraco é muito mais acima.

À espera do espetáculo redentor

Está todo mundo "conectado" à espera do grande acontecimento que trará calma, tranquilidade, paz, conforto, segurança, sucesso e sobretudo muita felicidade. Isso é tão improvável quanto o fim da corrupção no Brasil.
Por grande acontecimento, entenda-se casamento, procriação, promoções no trabalho, grandes viagens, festas de arromba, imbatíveis performances sexuais, popularidade, aventuras, etc.
A minha experiência pessoal, aponta para outras realizações. O que realmente me fez feliz e mudou a minha vida, foram pequenos gestos, momentos de solidão, frases curtas, certas entonações, imperceptíveis reflexões e ligeiras alterações de rota; nada de muito espetacular. 
O espetáculo se consome a si próprio. É só para ver.  É só para matar o tempo e o tédio. Não tem substância e serve apenas para impressionar os incautos.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

A história acabou

Quem ouve um jovem adulto ou um adolescente falar, tem a impressão que o mundo começou exatamente quando ele nasceu. Nada o precede. Ninguém o antecede. Ele é o marco indelével na história da espécie humana no planeta afável. 
Na nova criação do mundo, Adão mudou de nome e  se chama Bill Gates. E Eva? Não há notícias de Eva no Gênesis pós-moderno. Será que era o Steve Jobs?
As crianças produzem frases com inflexões de adultos. Discursam com autoridade e impressionam  toda a burguesia. Fico atônito com tantas certezas disseminadas no ar.
Eu, não sou quase nada. O que pode saber quem já viveu tantas décadas? O que pode saber quem já percorreu tantas léguas? E o que pode saber quem fez do sofrimento a sua melhor escola? Nada. Não sabe nada.
Os mancebos tomaram a sabedoria de assalto e realizam a proeza de pisar e dominar sem ter dinheiro, no reino do capitalismo indomável. É um feito digno da miracologia evangélica.
Antiguidade é posto, dizia-se no passado. Hoje, não há mais passado. A antiguidade é um estorvo e uma ignomínia. Só valem os músculos e a tez aveludada com Asepxia da Ultrafarma.
Só vale o que existe. Só interessa o que é. Poucas coisas preexistiram e o que foi, já era. "Deletaram" o percurso dos pioneiros e dos visionários "sinistros". "Deletaram" o respeito e a reverência. O poder são várias teclas ou uma só. A história acabou.