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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A era da comilança

Esta foto sintetiza muito bem a loucura atual. A loucura caracteriza o ser humano. Mas cada época tem  a sua loucura própria. Sem loucura, não há humanos. Sem humanos, a loucura ainda sobrevive. Usamos muita lógica inócua para falarmos de um absurdo cercado de mistérios -  a vida na terra.
Chegamos aos píncaros da hiper-valorização do corpo. Como se já não bastassem os cuidados excessivos com a beleza do corpo e os eventuais prazeres daí advindos, agora o corpo, sempre o corpo, também é requisitado para proporcionar uma variante nada inédita de prazer, o prazer gastronômico.
Por vezes, fico enojado com tantos apelos ao corpo.  O narcisismo, marca registrada do terceiro milênio, agora chegou à cozinha. A televisão está entulhada de programas dedicados à soi-disant, " bonne table". 
Não é arte o que se busca, mas o prazer dos sentidos. O que é que toda esta gente vai fazer com tantos orgasmos, tantos deleites e tantas sensações físicas?  Com certeza, vão tomar Rivotril para amenizar a depressão e a insônia. 

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