Domingo passado ficou muito claro pra mim que o amor entre homens e mulheres não passa de um delírio hormonal. Trata-se de uma elocubração sentimental feita de hormônios e químicas correlatas.
Ao escutar mais atentamente certas músicas americanas, descobri que as soi-disant cantoras dos Estados Unidos gemem mais do que cantam. O que é exportado como música romântica é na realidade, um gemedouro interminável. Um amor gemido assim, parece-me muito mais afeito à esfera puramente sexual do que a esse bem querer sem penetração que as pessoas rotulam de amor romântico.
As pseudo-cantoras brasileiras gemem menos. É sempre assim, as americanas são sempre as campeãs. A efervescência e os esguiços dos hormônios produzem sensações muito próximas do afeto, mas não é afeto. É um interesse momentâneo para produzir as inadiáveis descargas orgânicas, elétricas e não só.
Compreendo muito bem as confusões mentais e emocionais que os hormônios criam nas mentes dos mais jovens. Afinal, os jovens são os maiores produtores de ereções e lubrificações.
Nada como envelhecer um pouco, refletir um pouco, para concluir definitivamente que somos todos enganados pela natureza para procriarmos e reproduzirmos o erro.
É tudo muito mais tesão que outra coisa minha gente boa. É bom que o tesão não morra, mas esse tesão idiotizante, fissurado e avassalador que você sente agora também passará. O tempo se encarregará de te desintoxicar.
P.S. Como dizia o velho e desacreditado Sigmundo é tudo sexo.
P.S. Como dizia o velho e desacreditado Sigmundo é tudo sexo.