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sábado, 21 de setembro de 2013

O PARASITA INTELECTUAL DA INTERNET

O Homo Digitalis é o copista do século vinte um. Como dizem por aí, abunda a mesma opinião. Parece um macacódromo. Todo o mundo pensa e faz as mesmas coisas. É impressionante como a mesmice contagia.

A cópia não se limita ao copiar/colar, a cópia é de comportamentos e posturas. O ser humano sempre foi um macaco de imitação. Hoje, com os comportamentos mais expostos e as posturas mais ao léu, copiar virou uma epidemia. A internet é uma copiadora célere de gestos, atitudes e posicionamentos. (Pesquisa conduzida pelo Laboratório de Estudos da Emoção e do Autocontrole  da Escola de Psicologia da Universidade de Michigan revela que  a Redes Sociais formam um ser humano triste, solitário, invejoso e radicalizado pelos guetos virtuais.) Esse é o lado melancólico da internet. Também existem muitos aspetos positivos, é claro.
Com a aversão à vida privada. Com essa necessidade mórbida de se mostrar sempre nos mínimos detalhes, a cópia ficou mais fácil. Há um convite insistente à cópia. E para quem tem uma Carência Afetiva grave como uma Fratura Exposta, a cópia é irresistível.
Todos já tiveram um fundo de poço. Mas a maioria foi ao fundo do poço a turismo. De lá não trouxe absolutamente nada. Admiro os que foram ao fundo do poço e conseguiram trazer alguma coisa para a superfície. Infelizmente o fundo de poço da maioria foi uma excursão trivial inútil porque ninguém se demarca; todos copiam.
Admiro também os que sonharam e se espatifaram. Estraçalhar-se também faz parte da beleza do sonho. Os  que aterrissaram suavemente não sonharam; deliraram, alucinaram. Quem conhece o seu fundo de poço e quem sonhou de fato, não copia, tem identidade própria a despeito do circo e dos palhaços.

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