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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

A MANIPULAÇÃO DO SUCESSO


" Vincent queixava-se amargamente a Wil a Theo que um punhado de colecionadores endinheirados controlava o gosto artístico do público. No topo da lista vinha o tzar da Rússia, Alexandre III. cuja tendência estética - como a da maioria dos colecionadores da aristocracia europeia - era largamente inspirada pelo esnobismo. Ao lado dos grandes mestres italianos, como Leonardo da Vinci e Rafael, as obras de Courbet, Corot e Millet haviam se tornado colecionáveis logo após a morte desses artistas. Na base da pirâmide  dos colecionadores estavam os novos ricos."
AS MULHERES DE VAN GOGH-Página 112
DEREK FELL
E foi assim que Vincent dançou e muitos outros dotados de um talento inquestionável. Que humanidade é esta que só gosta de nós mortos, enterrados e em decomposição? O sucesso pós-morte é uma espécie de fetiche cruel e injusto. 
Quantas pessoas de grande valor são ignoradas pela grande mídia, pela massacrante multidão e pela história?
São cartas marcadas. É um desfile pomposo de injustiças. Foi assim com todos os gênios do planeta com honrosas exceções. Nem vou me dar ao trabalho de citar todos quantos foram vítimas da manipulação de grupos poderosos.
É assim que funciona: de repente, um cara ou dois caras ou um grupinho de merda que têm muita influência nos meios de comunicação de massa, decidem e determinam que Joaquim das Couves tem grande capacidade, talento, é bonito e é útil. Não dá outra: pode até levar um mês, mas Joaquim das Couves será um sucesso arrebatador. 
Por incrível que pareça, não são as pessoas que escolhem. Elas já não têm mais esse direito. O público, é sugestionado e até induzido pela força da propaganda(que por natureza é extremamente repetitiva e se presta perfeitamente à lavagem cerebral) que Joaquim das Couves é o máximo. E ai de quem tentar refutar esta obviedade!
Estamos carecas de tantos exemplos como o de Joaquim das Couves. Subitamente nasce um um ídolo. Pela qualidade dos ídolos podemos julgar sem medo de errar, o nível dos idólatras.

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Não diga besteira