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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

TODA A PROTEÇÃO CUSTA CARO

Eu não quero que ninguém me proteja. Prefiro a auto-proteção.

Joaquim ESTEVES

Não existe sensação mais deliciosa do que a de sentir-se protegido. Na maioria das vezes, a proteção nem é real, nem é efetiva; é uma ideia maravilhosa. Começa com a proteção de mamãe, que coisa linda! Continua com a proteção de deus, que coisa bela! E acaba na proteção do Estado, que coisa magnífica! Muita gente acha que isso é automático e gratuito. Nunca pararam para pensar no preço dessas pseudo-proteções. A do Estado, todo mundo sabe que custa muito caro por causa do tributarismo patológico, injusto e endêmico dos Estados. A proteção da família parece gratuita, aliás ela se apresenta como tal; gratuita, afetuosa e indispensável, todavia, poucos atentaram para o preço exorbitante da proteção familiar. Se você fizer o que o núcleo familiar determina, eles vão jurar que te protegem para o que der e vier. Agora, experimenta contrariar as posturas familiares que na maioria da vezes são tácitas. Faz isso, para veres onde vai parar a tua linda proteção.
Em relação à proteção de deus para você ter uma proteção muita da fajuta, você tem que respeitar ou fingir que respeita códigos, mandamentos, posturas, comportamentos, pensamentos, etc, etc. Você tem que abdicar ou fingir que abdica, de uma infinidade de coisas. É impagável.
Prefiro ficar sem proteção nenhuma. Sempre contei sem contar, com o acaso para efeitos protecionistas. Adoro as obras do acaso. E por favor, não me venha com esse papo caduco e insuportável de que nada é por acaso. (Odeio essa frase idiota: "Nada é por acaso." Como se quem a proferisse soubesse de alguma coisa.) Eu acho que pelo contrário, tudo é por acaso mesmo. E agora? Vai brigar comigo. Não brigue. Tudo é por acaso mesmo e tudo é mesmo uma grande bobagem.
Para não encher os teus olhos com muitas palavras, fica a reflexão sobre a proteção. Toda e qualquer proteção custa caro pra cacete. Até a proteção dos amigos.
De graça, só a graça das criancinhas. E olha que depende muito da idade. A graça está acabando cada vez mais cedo.

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