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sexta-feira, 15 de maio de 2015

A FRIA TERAPIA DA VINGANÇA

Não vejo a hora de me curar do mal que me fizeram.  E o mal já vem de muito longe. Data da minha primeira dentição. Agora que já tenho os quatro sisos, é chegado o grande momento. A cura do mal é a vingança.
Adoro escutar a doce canção do perdão. É uma das mais lindas canções da nossa espécie. É bela, sublime e perigosa pois estimula a repetição do erro e da maldade. 
Quando escuto a doce canção do perdão, fico triste e deprimido. Vem-me à mente a civilização crucificada, ensanguentada, piegas, alienada, cheia de pecados e de gente que geme e sofre.
Só um compositor seria capaz de compor a canção da vingança, Richard Wagner. Quando posso me vingar, alegro-me e sinto os acordes de Wagner no meu velho Mp3. 
A vingança lava as nódoas mais difíceis do meu pericárdio e nem preciso esfregar muito a indumentária do meu coração. A vingança é a marca de OMO ideal para quem já tem no íntimo um cesto de roupa suja e muita sede de justiça.
Para quem é incapaz  de esquecer e não conhece os mistérios e as sutilezas do perdão, vingar-se é um atalho maravilhoso e seguro. Cure-se.

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