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segunda-feira, 24 de junho de 2013

NO EXERCÍCIO DE UM AMOR MAIS VERDADEIRO


Susan Hendrick e Clyde Hendrick desenvolveram uma Escala de Atitudes Amorosas baseados na teoria de Alan John Lee, teoria chamada Estilos de amor. Lee identificou seis tipos básicos em sua teoria. Nestes tipos as pessoas usam em suas relações interpessoais:
  • Eros - um amor apaixonado fundamentado e baseado na aparência física
  • Psiquê - um amor "espiritual", baseado na mente e nos sentimentos eternos
  • Ludus - o amor que é jogado como um jogo; amor brincalhão
  • Storge - um amor afetuoso que se desenvolve lentamente, com base em similaridade
  • Pragma - amor pragmático, que visualiza apenas o momento e a necessidade temporária, do agora
  • Mania - amor altamente emocional, instável; o estereótipo de amor romântico ou apaixonado.
  • Ágape - amor altruísta; espiritual
De acordo com a pesquisa de Hendrick e Hendrick, os homens tendem a ser mais lúdicos e maníacos, enquanto as mulheres tendem a ser stórgicas e pragmáticas. Relacionamentos baseados em amor de estilos semelhantes tendem a durar mais tempo. Em 2007, pesquisadores da Universidade de Pavia liderados pelo Dr. Enzo Emanuele forneceram provas da existência de uma base genética para as variações individuais  verificadas na Teoria dos Estilos amorosos de Lee.
O Eros relaciona-se com a dopamina no sistema nervoso e a Mania à serotonina.

A despeito das classificações e dos altos estudos sobre o tema, tenho certeza que existe uma ciclópica indigestão de conceitos e valores causada  por  este sentimento. Este sentimento é possível, muito improvável e por isso mesmo raríssimo. Na falta de léxico, tudo responde pelo nome de amor. O amor é uma palavra que que atrai a atenção de todos, até pelo mistério e pela transcendência implícita no seu bojo. Infelizmente, o amor tornou-se um produto consumido sem questionamento e sem critérios. O mais ridículo e absurdo é o "amor à primeira vista.". Amor nunca é à primeira vista. À primeira vista é outra coisa, um pouco mais abaixo.
Não suporto mais a repetição obsessivo-compulsiva deste tema. Não aguento mais escutar música cantada. Este amor musicado é uma tortura. É uma completa falta de imaginação. Só falam disso. Chega de amor, vamos abordar outros temas. Só escuto música clássica ou instrumental. Basta!
A maioria acachapante do amor difundido no Baixo-Varejo é TESTOSTERONA BARATA ou outros Hormônios em Super Liquidação.
Dado que é difícil dizer o que o amor é; é relativamente fácil dizer o que o amor não é. Esses cantores e cantoras histéricos que gemem e urram em músicas consideradas românticas, com certeza que não falam de amor. O amor não passa pela histeria, isso é irrefragável. Esse festival de gemidos tem muito mais a ver com a relação sexual. Por coincidência são as Cantoras as que mais gemem. Romantismo não é amor; romantismo é gostar da ideia de amar. Casamento em geral não é amor; é a institucionalização do sexo e do afeto. Paixão não é amor, é uma combinação auspiciosa da Química Cerebral. Procriar nem sempre é um ato de amor; são acidentes contraceptivos que podem derivar para o amor. Pode também ser a multiplicação do egoísmo ou ainda, uma maneira horrível de se conseguir uma improvável imortalidade. Por vezes, a procriação é um modo irresponsável de dar sentido a uma vida vazia, por isso não é amor. Na dúvida, vale mais a pena ter um orgasmo gratuito.
A maior parte da humanidade vive mergulhada e às vezes afogada no charco do seu próprio UMBIGO - é o Nombrilismo. Até parece uma descompensação Neurológica. O individuo rodopia em torno do seu Eixo retorcido e se diz amigo e se diz afetuoso e amante. Quanta lorota!
Desconheço os rumos que o sentimento do amor pode tomar. A única coisa que sei é onde começa o Amor. O Amor começa  na tentativa de realizar o MAIS DIFÍCIL EXERCÍCIO HUMANO. Trata-se de tentar e eventualmente conseguir colocar-se no lugar do Outro. Estar onde o Outro está, onde Ele esteve e até onde Ele poderá vir a estar. Temos tantos elementos biográficos das pessoas que pretensamente amamos, mas quase nunca nos colocamos no lugar delas. Para Amar, você tem que ocupar, ainda que fugidiamente, o Lugar do Outro. Se você é incapaz de se afastar alguns centímetros do seu miserável umbiquinho, você jamais vai usufruiur da sensação maravilhosa de amar.

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